sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Alunos portugueses são incapazes de explicar ideias simples


Os alunos portugueses são incapazes de estruturar um texto ou de explicar um raciocínio básico, revela um estudo do Ministério da Educação realizado em 1700 escolas.

As conclusões são do Relatório 2010 do Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE) e traçam um quadro preocupante quanto às capacidades dos estudantes entre os 8.º e 12.º anos para expressarem por escrito ideias ou conhecimentos adquiridos nas aulas.

A equipa do GAVE avaliou o conhecimento de alunos de 500 escolas secundárias e em 1200 do 3.º Ciclo, nas disciplinas de Matemática, Língua Portuguesa, Matemática A, Física, Química A, Biologia e Geologia.

"Não é um dado novo, nem sequer é um dado exclusivamente nacional. Tem de ser pensado um trabalho de fundo ao nível da superação das dificuldades", disse Hélder Diniz de Sousa, director do GAVE, em declarações à Lusa.

"Mais do que aprender e ser capaz de reproduzir conhecimentos que gera resultados no imediato, é muito importante perceber quais as aprendizagens que ficam por se fazer", acrescentou o responsável que defende uma mudança de atitude por parte das famílias

"A par da preocupação com os resultados é muito importante estarmos preocupados com o que aprenderam. Se a sociedade fizesse o processo ao contrário, preocuparmo-nos com a qualidade do que se aprende, os resultados apareceriam certamente", explicou.

No relatório do GAVE, mostra-se que os alunos portugueses têm mais facilidade nas respostas que requerem selecção, revelando mais dificuldade nos itens de construção.

Há menos de um mês, num relatório do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), Portugal surgiu como tendo registado uma evolução "impressionante", aproximando-se da média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

O director do GAVE considera não haver contradição entre os dois relatórios. "É impossível estabelecer paralelismos entre um estudo e outro. O PISA é um estudo de longa data, que mostra evoluções com intervalos de tempo consideráveis. Este relatório mostra o diagnóstico do que se passa em concreto, nas nossas escolas, no dia-a-dia", justificou Hélder Diniz de Sousa.

Diário Digital / Lusa

As eleições em África não são democráticas. – D. Jaime Gonçalves à Voz da América


“Há democracias que se concebem como democracias de um só partido, mas Democracia implica multipartidarismo, uma sociedade pluralista.” – Arcebispo da Beira

Pretória (Canalmoz) - O arcebispo da Beira diz “ser sabido que os processos eleitorais em África são processos que, de facto não são democráticos”, mas adiantou haver em Moçambique “ideias novas que talvez não tenham a força da eficiência, mas que são, em grande parte, fundamento para optimismo da vida nacional”.
Numa entrevista exclusiva ao jornalista Filipe Vieira da VOA, o arcebispo Dom Jaime Gonçalves nota que “há democracias que se concebem como democracias de um só partido, mas “democracia – acrescenta - implica multipartidarismo, uma sociedade pluralista”.
D. Jaime Gonçalves, um dos obreiros do Acordo Geral de Paz celebrado, em 1992, entre a Frelimo e a Renamo, convidado a analisar o processo democrático em Moçambique, no ano que agora termina, disse que, “avaliar a democracia num país africano, num ano, significa dizer algumas coisas, mas omitir outras, porque o sistema democrático abrange muitos sectores da vida nacional”.
Sobre as manifestações dos dias 1 e 2 de Setembro, o arcebispo da Beira entende que “as desordens de Maputo e da Matola resultaram de desordens provocadas da situação financeira internacional, havendo razões que nos escapam”.
O arcebispo da Beira refere-se ainda, nesta entrevista, aos investimentos estrangeiros em Moçambique que não levam em conta os interesses legítimos das populações. D. Jaime Gonçalves refere-se, nomeadamente, a alguns mega-projectos que têm levado ao deslocamento forçados das populações.

(Redacção / VOA) 2010-12-31 05:07:00

Togo critica justiça angolana


Togo - Diversas personalidades do Togo insurgiram-se esta quinta-feira contra o desfecho do julgamento ao ataque à sua seleção de futebol, em janeiro, que resultou em duas mortes em Cabinda, Angola, classificando-o uma farsa.

Fonte: Jornal Record CLUB-K.NET

Do atentado ao autocarro da seleção, que ia disputar a Taça das Nações Africanas (CAN), resultou ainda a morte do motorista: foram detidos oito elementos, mas apenas um foi condenado pelo tribunal de Cabinda, António Puati, que vai passar 24 anos na prisão.


"Houve muita ligeireza no tratamento deste caso, que foi pouco realista. Não acreditamos na sinceridade dos angolanos", criticou uma fonte da federação de futebol do Togo, citada pela France Press.

A associação de jornalistas desportivos não foi mais branda: "Temos a sensação de que as autoridades angolanas queriam apresentar culpados por qualquer meio, sem fazer uma verdadeira investigação para deter os verdadeiros autores do ataque".

O antigo futebolista internacional Espoir Yedi Bawona garante que a sentença "não satisfaz os togoleses, pois não acabou com as dúvidas suscitadas pelo ataque sofrido pela seleção".

"O Togo, como país, e os familiares das vítimas devem fazer com que avance a denúncia judicial contra a frente da Libertação do Enclave de Cabinda - Posição Militar (FLEC-PA), federação e governo de Angola para que os verdadeiros autores e os seus cúmplices sejam detidos e castigados", vincou.

A Costa do Marfim está à beira de um genocídio, – diz representante de Ouattara na ONU


“Esperamos que as Nações Unidas sejam confiáveis e que as Nações Unidas impeçam violações e impeçam que as eleições sejam roubadas da população”, disse Youssoufou Bamba

Pretoria (Canalmoz) - O novo representante da Costa do Marfim na Organização das Nações Unidas (ONU), Youssoufou Bamba, alertou que os conflitos internos no país podem gerar uma série de matanças. “[A Costa do Marfim] está à beira do genocídio", disse o diplomata, noticiou ontem a BBC.
Segundo ele, houve graves violações de direitos humanos com o resultado dos confrontos políticos após as eleições.
O presidente derrotado da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, continua a recusar-se a deixar o governo e entregar o poder ao adversário vitorioso nas últimas eleições, Alassane Ouattara.
O oposicionista foi reconhecido internacionalmente como o vencedor das eleições presidenciais de Novembro. Mas os dois candidatos se declararam vencedores e participaram de cerimónias de posse quase simultâneas.
Youssoufou Bamba, o novo embaixador do país na ONU, foi indicado por Ouattara. Ele assumiu ontem o posto dia 29. Em uma entrevista, disse que 172 pessoas foram mortas nas últimas semanas “simplesmente porque queriam protestar, queriam falar, queriam defender a vontade do povo.”
Citado pelo África 21, disse: “Achamos que isso é inaceitável. Logo, umas das mensagens que eu tento passar nas conversas que conduzi até o momento é que estamos à beira de um genocídio", disse Bamba. Segundo ele, algumas casas foram marcadas de acordo com a origem tribal do morador.
Em seguida, citado pelo mesmo site brasileiro, Bamba afirmou: “Esperamos que as Nações Unidas sejam confiáveis e que as Nações Unidas impeçam violações e impeçam que as eleições sejam roubadas da população”, apelou o novo embaixador.
O chefe das Forças de Paz da ONU na Costa do Marfim, Alain Le Roy, criticou a conduta da rede estatal de televisão do país, a RTI – que está sob controle de Gbagbo. “As declarações que ouço na RTI nos deixam preocupados e chocados porque elas claramente incitam a população contra a Onuci [Missão das Nações Unidas na Costa do Marfim]”, disse ele.
Le Roy afirmou que o incidente em que um de seus homens foi ferido com um facalhão (catana) quando seu carro foi cercado por uma multidão. “Foi consequência directa de todo o incentivo ao ódio, mentiras e propaganda anti-Onuci”.
Apesar do apoio internacional, Alassane Ouattara e seu primeiro-ministro, Guillaume Soro, continuam presos em um hotel em Abidjan, protegidos por tropas da ONU. Partidários de Gbagbo conhecidos como “jovens patriotas” ameaçaram invadir o hotel.
O líder do movimento juvenil pro-Laurent Gbagbo apelou já aos seus apoiantes para assumirem o controlo do hotel em Abidjan onde o presidente eleito Alassane Ouattara instalou provisoriamente o seu gabinete.
Charles Blé Goudé é ministro da juventude do proclamado governo de Laurent Gbagbo e é também líder dos Jovens Patriotas, um movimento juvenil que sempre apoiou o presidente derrotado nas últimas eleições.
Blé Goudé disse a um jornal da Costa do Marfim que o presidente Alassane Ouattara tem que abandonar o mais tardar até Sábado o hotel Golf de Abidjan.

(Redacção / BBC / África 21 / VOA) 2010-12-31 04:55:00
Imagem: PÚBLICO

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Governador de Benguela rejeita audiência ao presidente do Bloco Democrático


Benguela – Governador da província de Benguela, Armando da Cruz Neto, negou esta segunda-feira 27, uma audiência solicitada pelo Bloco Democrático, ao seu Presidente Justino Pinto de Andrade.

Fonte: Club-k.net

O Secretariado Provincial do partido, endereçou uma carta no dia 20 de Dezembro ao governador solicitando uma audiência, a margem do 1.º Conselho Nacional do Bloco Democrático, que se realiza na província de Benguela.

Um dia antes da data agendada para a audiência, o Senhor José Filipe, Director do gabinete do governador respondeu a solicitação do partido numa carta em que informava “.... que por compromissos já assumidos na sua agenda de trabalho, nesta data não será possível conceder a audiência solicitada”.

Justino Pinto de Andrade, presidente do Bloco Democrático, considera que este é um acto que retrata a forma como os nossos governantes encaram os parceiros políticos.

Preocupações do BD

A direcção do Bloco Democrático, pretendia cumprimentar o governador de Benguela, e levantar uma serie de preocupações como afirma o seu Presidente “eu gostaria de saber porque que aqui em Benguela há constrangimentos na liberdade da expressão das pessoas? Gostaria também de saber porque que aqui em Benguela volta e meia há violações dos direitos humanos, porque que o senhor governador não intervém e não explica ao país e ao mundo, porque que nós temos aqui por um lado algumas pessoas que têm estado a ver as suas vidas melhorar sistematicamente e temos um grande mar de gente que esta também a ser marginalizada no processo de desenvolvimento do nosso país, eu penso que é por ai, essas questões são as questões que eu ia colocar ao senhor governador.”

Droga que sai do Brasil financia Al-Qaeda em África. - diz "O Estado de S. Paulo", jornal brasileiro


Grupo do norte da África ligado à rede de Bin Laden cobra pela passagem de carregamentos idos do Brasil com destino à Europa, conclui governo da Argélia.

Pretória (Canalmoz) - A droga que sai do Brasil para a Europa é um dos pilares do financiamento da rede terrorista Al-Qaeda. Isso é o que revela uma investigação feita pelo governo da Argélia. Ele mostra que, cada vez mais, o norte da África tem-se transformado em um dos motores das finanças do grupo terrorista, refere um jornal brasileiro que acrescenta que entre as maiores fontes de renda hoje da organização está a cobrança de " pedágio " para os carregamentos de drogas vindos dos portos brasileiros, que têm a Europa como destino final, noticia "O Estado de S. Paulo".
A informação, segundo o ‘África 21’ vem no mesmo momento em que o grupo ‘WikiLeaks’ torna pública a constatação da diplomacia americana de que a África e alguns de seus governos se transformaram nos últimos anos no principal centro de apoio e de distribuição da droga sul-americana, tanto para a Europa como para o próprio mercado africano.
Por décadas, refere o ‘África 21’, a droga que saía da Colômbia era embarcada directamente para a Europa, em navios ou aviões que chegavam a Espanha e Portugal. Mas desde que esses governos passaram a adoptar um controle mais rigoroso sobre as cargas e reforçar as fronteiras marítimas, o narcotráfico foi obrigado a buscar novas rotas.
Segundo a Interpol, essas rotas passam agora pelos portos brasileiros, com a droga colombiana. Santos e os portos do Nordeste seriam os mais utilizados.
Em 2009, por exemplo, escreve o ‘África 21’, cerca de 10% de toda a droga que chegou à Europa de navio e 40% da que chegou a França usou o Brasil como rota, segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC).
Acrescenta o jornal brasileiro que “a caminho da Europa essa droga passaria pelo norte da África e, lá, encontra grupos dispostos a ajudar a fazer a mercadoria chegar até os europeus e um dos principais grupos que beneficia desse ‘serviço’ seria a AQMI, o Al-Qaeda no Magreb Islâmico. O grupo é relativamente pequeno, diz a publicação. “Tem cerca de 300 membros na cúpula da organização na Argélia, Marrocos e Tunísia. Mas vem ganhando espaço político, mediático e tem operações organizadas de forma cirúrgica para atingir seus objectivos”.

(Redacção / África 21 / O Estado de S. Paulo) 2010-12-30 05:41:00

Yuan bate recorde face ao dólar e já subiu 3% em seis meses


A moeda chinesa atingiu hoje o valor mais alto de sempre face ao dólar norte-americano, cuja cotação desceu para 6,62299 yuan.

O anterior recorde datava de 22 de novembro, quando o valor de um dólar foi cotado em 6.6247 yuan.

Durante dois anos, o yuan esteve praticamente indexado ao dólar norte-americano, o que os Estados Unidos e a União Europeia consideravam uma «artificial sub-avaliação» da moeda chinesa, destinada a favorecer as exportações da China.
Diário Digital / Lusa
Imagem: http://cmarinho.wordpress.com/2007/05/28/yuan-a-moeda-chinesa/

Dois ataques de ‘piratas’ repelidos ao largo da costa moçambicana


O petroleiro NS Africa, registado na Libéria, e o cargueiro Majestic, do Panamá, repeliram os dois ataques, que tiveram lugar na véspera e no dia de Natal a norte do Porto da Beira, indicou um porta-voz da Atalanta, Paddy O´Kennedy

Pretoria (Canalmoz) - Piratas tentaram atacar dois navios mercantes ao largo de Moçambique na véspera e no dia de Natal, anunciou ontem a força naval europeia de combate à pirataria Atalanta, noticiou ontem a Lusa.
O petroleiro NS Africa, registado na Libéria, e o cargueiro Majestic, do Panamá, repeliram os dois ataques, que tiveram lugar na véspera e no dia de Natal a norte do porto da Beira, indicou um porta-voz da Atalanta, Paddy OKennedy.
“Os navios foram atacados 19 graus a sul (do Equador), muito abaixo do que é habitual”, sublinhou o porta-voz em declarações por telefone à agência France Presse.
Seis piratas tentaram abordar os navios a bordo de embarcações ligeiras, indicou. O NS Africa escapou ao ataque com uma manobra evasiva e o Majestic ripostou aos tiros dos assaltantes.
Estes incidentes revelam que os piratas, muitas vezes somalis, estão a atacar mais a sul do que é habitual.
Até agora o ataque de piratas mais a sul tinha decorrido a 10 de Dezembro ao nível da fronteira entre a Tanzânia e Moçambique.
Segundo um balanço da Atalanta, os piratas somalis detêm actualmente 26 navios e 609 reféns.

(Redacção / Lusa / France Press) 2010-12-30 06:03:00

África Ocidental. Guerras, corrupção e caos institucional facilitam narcotráfico


Pretoria (Canalmoz) - De acordo com o diário espanhol "El País", o combate à droga na América do Sul fez ressurgir outras plataformas mais cómodas para o envio da mercadoria para a Europa e Estados Unidos.
Abalados por guerras civis, asfixiados pela corrupção e o caos institucional, adianta o jornal de Madrid, os países da África Ocidental converteram-se nos últimos anos em centros de distribuição da droga sul americana e asiática.
Alguns países como Guiné Bissau “caíram nas mãos de organizações criminosas sofisticadas” e outros como a Serra Leoa ou a Libéria defende-se como podem “mas em conjunto o tráfico de droga está a aumentar e sem vontade política para o combater a África Ocidental será incapaz de deter esta perigosa tendência”, assinala a embaixada dos Estados Unidos em Serra Leoa num telegrama de Abril de 2009.

(Redacção / África 21) 2010-12-30 05:46:00

Em 2011. China garante apoio de 2,3 milhões/EUROS às Forças Armadas de Moçambique


Pretoria (Canalmoz) – O Governo chinês disponibilizará, no próximo ano, 2,3 milhões de euros para assistência, e aquisição de diversos equipamentos para o bloco operatório do Hospital Militar de Maputo e para alojar as tropas das Forças Armadas de Defesa de Moçambique.
O auxílio faz parte das doações anuais que o executivo de Pequim dá a Moçambique para o sector de defesa.
Segundo um comunicado ontem divulgado em Maputo, a República Popular da China vai conceder assistência militar no âmbito de um acordo rubricado hoje em Pequim, capital chinesa, entre os governos dos dois países.
Em Abril último, a China doou ao exército moçambicano material para actividade agrícola no valor de quatro milhões de euros, incluindo camiões, tractores, alfaias agrícolas, ceifeiras e motorizadas.
A cooperação entre a China e Moçambique é crescente e faz-se sentir nos mais variados sectores de actividade, mas com realce para a construção civil, comércio de bens, matérias-primas e defesa.

(Redacção / Lusa) 2010-12-30 05:57:00

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Teixeira Duarte assina contrato com a Escom para a construção de edifícios em Angola


Teixeira Duarte assinou um contrato com a ESCOM – Espírito Santo Imobiliária para a construção de três edifícios em Angola. Uma operação avaliada em 180 milhões de euros.
O contrato entre as duas entidades foi assinado no dia 23 de Dezembro e visa a “realização da Empreitada de Construção da Restante Estrutura de Betão Armado e Acabamentos Gerais Finais dos Edifícios Sky Residence 1, Sky Residence 2 e Sky Business, situados na Rua Marechal Brós Tito, em Luanda, Angola”, refere a Teixeira Duarte em comunicado enviado para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

29 Dezembro 2010 | 07:46
Jornal de Negócios Online - negocios@negocios.pt

“A empreitada é composta por três edifícios, com uma área de implantação de 5.125 m2, sendo que cada um deles tem em comum uma cave com oito pisos abaixo do solo, destinados a estacionamento e zonas técnicas e, acima do solo, entre 22 e 25 pisos destinados a comércio, escritórios e habitação”, adianta a mesma fonte.

“O valor do contrato é aproximadamente de 180 milhões de euros, sendo o prazo previsto para execução da obra de 24 meses”, acrescenta a Teixeira Duarte em comunicado.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Continua a procura de água no planeta Luanda


Uma nação sem água é um deserto.
Luanda, é um planeta muito engraçado, não tem água, só tem petróleo, não tem mais nada.

E dispuseram muitos milhares de barris de petróleo para que a NASA encontre água no deserto gelado de Luanda.
Os empresários governamentais, os únicos com autorização de facturação, financiaram sonda atrás de sonda, para que a NASA descongele a água no planeta de Luanda.

E ainda não se esgotaram os trina e cinco anos de pesquisas no solo luandino.
As últimas descobertas dão conta que existiam muitos edifícios clandestinos, talvez pertencentes a um clã familiar, como o actual, que ainda há bem pouco tempo colonizou o planeta Luanda.

E que a água era só para eles, assim como numa espécie de sacerdotes fundamentalistas, onde só eles vivem sujeitando a população a constantes rituais da morte, na tentativa supérflua de transformar o sangue em água. No fundo, um oportunismo vampiresco.

Finalmente, uma equipa arqueológica descobriu mais algumas edificações, que pelo formato revelam que a classe dirigente desse tempo construía prédios, muitos Dubais, e neles acumulavam a água, num plano diabólico para que a exterminação da população finalmente acontecesse.

Hoje, o planeta Luanda recebe muitas visitas de estrangeiros que vasculham o seu solo, rasgando-lhe crateras naquilo que ainda alguém lhe chama de espaço terreal, que na verdade correcta é chamar-lhe de espaço sideral.

Hoje, no planeta Luanda já ninguém procura água. Ela deixou de existir porque redescobriram um líquido muito mais valioso: o petróleo.

E das populações do planeta Luanda restam as ossadas. Todas elas nos ossos das mãos, elevados, um recipente a suplicarem água. Acabaram com os povos, secaram-nos com a mais horrível das mortes: a sede.

E havia uma organização internacional que ainda chamavam de ONU, e que depois do extermínio das populações angolanas, invocou a tomada de medidas em seu auxílio.

Angola diz não estar presente militarmente na Costa do Marfim


Quando todo o mundo já reconheceu Alassane Ouattara como o novo presidente eleito na Costa do Marfim, Angola, que tem um presidente no poder há 32 anos, acusa a comunidade internacional de estar a “empurrar” a Costa do Marfim para a guerra.

Pretoria (Canalmoz) - O governo angolano desmentiu que forças angolanas estejam a operar na Costa do Marfim ao lado do governo de Laurent Gbagbo, noticiou ontem a Voz da América.
Num comunicado, o governo angolano descreveu as notícias que o colocavam na linha de apoio ao presidente derrotado na Costa do Marfim, como sendo “difamatórias”.
O Governo do presidente do MPLA José Eduardo dos Santos, que se encontra na chefia do Estado Angolano há 32 anos, acusou que a “difamação” se insere “na habitual estratégia de interferência externa nos assuntos do continente”. Diz também que a “difamação” tem como objectivo “manipular uma vez mais a opinião pública para justificar a inevitabilidade da guerra”.
A notícia da presença de forças angolanas na Costa do Marfim tinha sido dada por uma rede de televisão francesa que referiu na altura tratar-se de mercenários (vsff nossa edição de ontem).
Subsequentemente alguns especialistas disseram que provavelmente se tratava de membros do exército angolano.
No seu comunicado o governo angolano disse estar apreensivo pelo facto de “todas as medidas tomadas até aqui pela comunidade internacional estarem a empurrar a Costa do Marfim irremediavelmente para a guerra”.
Para Angola, segundo a VOA, é “estranho que tenham já sido tomadas medidas radicais e extremas …sem que em primeiro lugar todas as reclamações do próprio pleito eleitoral tenham sido atendidas e devidamente aferidas”.
Angola diz opor-se à guerra como solução do problema que considera pode e deve ser resolvido pacificamente.
O governo angolano apelou no seu comunicado á União Africana para assumir a responsabilidade da liderança nas tentativas de solução da crise marfinense para se “evitar que o presente conflito resvale irreversivelmente para uma catástrofe humana”.
Entretanto foi anunciado que o Presidente de Cabo Verde, Pedro Pires, e os seus homólogos do Benin e Serra Leoa deslocam-se hoje a Abidjan com a missão de convencer Laurent Gbagbo a abandonar o poder na Costa do Marfim.
O anúncio foi feito ontem à tarde à agência de notícias francesa AFP pelo ministro dos Negócios Estrangeiros do Benin, refere a Voz da América.
Na sexta-feira, a CEDEAO avisou Laurent Gbagbo de que irá recorrer à força para afastá-lo da Presidência, caso não passe o poder a Alassane Ouattara.
A generalidade da comunidade internacional, incluindo a ONU e a União Africana, reconhece Ouattara como vencedor das eleições, derrotando o anterior Presidente, Laurent Gbagbo, que se recusa a deixar o poder.
Segundo os seus seguidores, 745 pessoas morreram e mais de mil ficaram feridas desde o início dos conflitos pós eleitorais, em resultado de acções que atribuem aos apoiantes de Gbagbo.
Entretanto, o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados anunciou que cerca de 14 mil marfinenses fugiram para a vizinha Libéria para escapar à onda de violência pós-eleitoral e que alguns estão a ser impedidos de atravessar a fronteira por grupos armados.

(Redacção / VOA) 2010-12-28 05:44:00

China: salário mínimo sobe 20% para 133 euros mensais



O salário mínimo em Pequim vai subir cerca de 20 por cento a partir de 01 de janeiro, para 1.160 yuan (133 euros), tornando-se o mais alto da China, anunciou hoje a imprensa local.

É o segundo aumento em apenas seis meses, coincidindo com a subida da inflação, que em novembro atingiu o valor mais elevado dos últimos 28 meses (5,1 por cento).

Até agora, Xangai tinha o salário mínimo mais elevado do país, no valor de 1.120 yuan (128 euros).
Diário Digital / Lusa

China tem tido um papel “vital” na consolidação económica de Angola


– afirmou o investigador Phillippe Asanzi, da universidade sul-africana de Stellenbosch

45% do petróleo angolano tem como destino a China, a grande economia que mais tem aumentado o seu consumo petrolífero

Pretoria (Canalmoz) - O investimento chinês em Angola está a ter um papel “vital” na consolidação da economia do país, além de um impacto positivo nas condições de vida de muitos angolanos, afirmou o investigador Phillippe Asanzi, da universidade sul-africana de Stellenbosch.
Na mais recente edição do boletim do Centro de Estudos Chineses daquela universidade sul-africana, China Monitor, Asanzi afirma que o sucesso de Angola na gestão recente das suas políticas macroeconómicas não se deve só aos investimentos de Pequim, mas está fortemente ligado a eles e às importações de petróleo angolano pela China.
“A avaliação geral é que os investimentos chineses tiveram um impacto positivo considerável na economia angolana. Nos últimos anos, a China tornou-se num grande actor na indústria petrolífera de Angola”, refere o investigador. Hoje, sublinha, 45 por cento do petróleo angolano tem como destino a China, a grande economia que mais tem aumentado o seu consumo petrolífero.

(Redacção / macauhub) 2010-12-28 05:41:00

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Zimbabweanos com receio de Eleições em 2011


Pretoria (Canalmoz) - O Zimbabwe parece estar em vias de retorno a crise política. A ZANU-PF quer eleições, mas maioria dos zimbabweanos diz não querer eleições no próximo ano. A população receia que a actual relativa estabilidade política e progresso económico do governo de unidade nacional venha a ser interrompida por violência eleitoral se a ZANU-FP e o MDC forem a eleições em 2011.
O Robert Mugabe e o Primeiro-ministro Morgan Tsvangirai do Movimento Democrático para a Mudança, tem vindo a analisar as possibilidades para a realização de eleições.
Segundo a Voz da América, conversas de rua em Harare são muito diferente das declarações que chegam dos líderes políticos.
Blessings Sibanda, trabalhador de uma companhia de insumos agrícolas, diz no ano de 2010, desde o início da crise política e económica há uma década, houve melhorias ligeiras. “Assistimos a uma ligeira melhoria, com o aumento das capacidades do governo, o que significa que a período das festas vai ser mais alegre.”
Sibanda disse à VOA que com a aplicação das medidas de estabilidade económica muitas pessoas dispõe actualmente de mais rendimentos e poderão comprar mais prendas, especialmente comida, para os seus familiares durante a época festiva. Quanto a eleições tanto Sibanda como outros dizem que“vai ser aborrecido, logo depois a esta época festiva ir as eleições, e isto pode fazer perder os benefícios obtidos com esta estabilização.”
No início deste ano o primeiro-ministro Morgan Tsvangirai, do MDC, e o presidente Robert Mugabe pareciam mais cordiais em relação ao presente.
No mês de Setembro em Joanesburgo, Tsvangirai tornou publico as suas frustrações no governo de unidade nacional, mas ressaltou que a situação era bem melhor em comparação do período antes da entrada em funções do seu governo.
O primeiro-ministro tornou-se mais ríspido quando o presidente Mugabe nomeou para altos cargos do Estado, vários membros do seu partido a ZANU-PF, em vez dos do MDC como está previsto no acordo político de partilha de poder que vigora no Zimbabwe e permitiu aliviar a grave crise política.
Eldred Masunungure, que é professor de ciências políticas na Universidade do Zimbabwe disse a propósito das crispações políticas mais recentes: “Posso dizer que o governo de coligação está num estado perigoso e o casamento ente o antigo regime da ZANU-PF e os seus parceiros da coligação, as duas facções do MDC, está chegar a um momento irreversível de erupção.”
A situação é tão preocupante que o próprio PM Tsvangirai está a terminar o ano de 2010 a falar de eleições. Disse pretender a segunda volta das presidenciais porque foi realizada sob um clima de violência durante as ultimas eleições de 2008.
A realização de eleições poderá entretanto significar o fim do governo de unidade nacional.
Entretanto os aliados de Mugabe estão a fazer de tudo para preservarem o seu poder económico e de influência política. Ministros da ZANU-PF no actual governo fizeram adoptar uma controversa lei no início deste ano impondo que nas empresas nacionais de mais de meio milhão de dólares de capital social, os negros zimbabweanos devem ter a maioria das acções. Na altura e por causa de contestações do MDC a lei foi revogada, mas está a ser ressuscitada através de ameaças dos líderes da ZANU-PF.
Numa recente conferência do Partido de Robert Mugabe, a VOA refere que o presidente relacionou a questão racial às sanções impostas pelos Estados Unidos e União Europeia contra os dirigentes da ZANU-PF.
E diz ainda a emissora americana que apesar das ameaças de Mugabe tendo como pano de fundo o racismo e nacionalismo, o governo de unidade nacional conseguiu vender para estrangeiros 53 por cento das acções da companhia nacional de ferro e aço.
A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral – SADC – que mediou e conseguiu a implementação do acordo de unidade nacional, não comentou até ao momento as declarações tanto de Tsvangirai como Mugabe sobre a realização das eleições.
A SADC indicou no mês passado que iria organizar uma reunião em Janeiro para debater o progresso do governo de unidade nacional na implementação do acordo político que conduziu a sua criação.
O governo de unidade nacional do Zimbabwe não tem limites de anos de mandato, mas a constituição diz que as eleições devem ser realizadas de cinco em cinco anos, ou seja, o mais tardar até Março de 2013.

(Redacção / VOA) 2010-12-27 05:56:00

Costa do Marfim à beira da Guerra Civi. Presidente derrotado nas eleições não quer sair do poder



ONU, CEDEAO, União Europeia, Estados Unidos da América e França reconhecem Allassane Ouattara como novo presidente mas Laurent Gbagbo, insiste em não acatar o veredicto popular

Pretoria (Canalmoz) - Os líderes da África Ocidental (CEDEAO) decidiram reconhecer a vitória do candidato da oposição nas eleições presidenciais da Costa do Marfim, Allassane Ouattara. Advertem o presidente Laurent Gbagbo que insiste em manter-se no poder, que se não transferir o poder para o vencedor das eleições, enfrentará "força legítima".
Os Chefes de Estado de países da CEDEAO reuniram-se na capital nigeriana, Abuja, na sexta-feira para discutirem a crise eleitoral na Costa do Marfim.
Na Costa do Marfim, que já foi um dos países africanos considerados politicamente exemplar, está a passar por uma convulsão política pós eleitoral séria de que já há registados cerca de duas centenas de mortos, se bem que algumas fontes refiram muito mais.
Já estão a ser preparadas acções militares da CEDEAO contra o ainda presidente marfinense que insiste em manter-se no poder apesar de ter perdido as eleições.
A CEDEAO já suspendeu a Costa do Marfim de membro da organização equivalente à SADC.
A União Europeia e os Estados Unidos da América, entre outras potências estrangeiras, já apelaram para que Gbagbo se demita.
A Assembleia Geral da ONU já reconheceu formalmente o candidato da oposição Alasse Ouattara como o vencedor das eleições presidenciais realizadas na Costa do Marfim no dia 28 de Novembro.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Nigéria, Henry Ajumogobia, disse à VOA que o presidente nigeriano e actual líder da CEDEAO, Goodluck Jonathan, ofereceu apoio a Gbagbo caso este ceda o poder. Citamos: “Se se demitir, ele tem uma escolha. O presidente da Nigéria, Jonathan, ofereceu-se para lhe dar uma saída digna para Gbagbo à sua escolha. Se quiser continuar na Costa do Marfim ou se quiser partir, a Nigéria fará tudo ao seu alcance para lhe proporcionar uma reforma confortável”.
O Banco Central dos Estados Oeste Africanos aumentou a sua pressão sobre Gbagbo, na quinta-feira, bloqueando o seu acesso a fundos ali depositados. Aquele banco regional que congrega sete países afirma que apenas irá permitir a Ouattara acesso ao dinheiro, referindo-se a Ouattara como o “presidente legitimamente eleito”.
Gbagbo mantém-se, no entanto, desafiador. Os seus apoiantes, encabeçados pelo líder juvenil Charles Ble-Goude, acusou as potências estrangeiras de estarem a ameaçar a soberania da Costa do Marfim e prometeu lutar para manter Gbagbo no poder.
BLE-Goude afirma que os estrangeiros esmagaram a dignidade da Costa do Marfim e de África, desrespeitando as leis do país. Disse ele ainda que a França e as Nações Unidas estão a preparar um genocídio na Costa do Marfim. Perante tudo isto, disse Ble, a juventude da Costa do Marfim e de toda a África quer o respeito e a dignidade de África e a paz na Costa do Marfim.
Aquele líder juvenil, apoiante de Gbagbo apelou para a realização de uma manifestação, na próxima quarta-feira, em Abijan, para mostrar ao mundo que os países africanos querem decidir o seu próprio futuro.
O exército costa-marfinense manifestou o seu apoio a Gbagbo, na quinta-feira, um dia depois de Ouattara ter apelado à comunidade internacional para considerar o afastamento do poder de Gbagbo pela força.
A organização de defesa dos Direitos Humanos, Human Rights Watch emitiu um comunicado afirmando que as forças pró-governamentais estão a raptar apoiantes de Ouattara, fazendo-os “desaparecer”.
Observadores dos Direitos Humanos referem 90 casos de tortura e de tratamento abusivo, 24 desaparecimentos forçados e centenas de presos nos cinco dias que se seguiram às manifestações de protesto da oposição.
Ouattara continua retido num hotel de Abidjan, protegido por forças de paz da ONU e por antigos guerrilheiros.
A ONU afirma que a sua força de dez mil homens irá permanecer na Costa do Marfim, apesar das exigências de Gbagbo para a sua retirada do país.
Muitos observadores internacionais, incluindo o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moom, estão preocupados perante a eventualidade deste impasse político poder re-incendiar uma guerra civil, idêntica aquela que eclodiu entre 2002 e 2003.

(Redacção / Voz da América) 2010-12-27 06:05:00

TV francesa noticia. Mercenários angolanos na Costa do Marfim


Um jornalista português especialista em assuntos francófonos, Rui Newman, disse à VOA que os angolanos presentes na Costa do Marfim, não são mercenários, mas sim tropas das FAA - Forças Armadas de Angola. A porta-voz de Allassane Ouattara disse ao correspondente da VOA em Abidjan que os mercenários angolanos e liberianos foram contratados “para matar apoiantes de Ouattara”.

Pretoria (Canalmoz) - O canal francês de televisão TV Monde 5 noticiou a presença de mercenários angolanos na Costa do Marfim, ao lado das tropas leais ao presidente Laurent Gbagbo. De acordo com aquela emissora, os angolanos apoiados por um contingente da Libéria, asseguram o controle do palácio presidencial assim como a protecção pessoal de Gbagbo.
Guillaume Soro, primeiro-ministro do candidato presidencial declarado vencedor pela comissão eleitoral, Allassane Ouattara, acusou Gbagbo de contratar mercenários. E a sua porta-voz, Kandia Kamara, disse ao correspondente da VOA em Abidjan que os mercenários angolanos e liberianos foram contratados “para matar apoiantes de Ouattara”. Acrescentou que os mesmos são “claramente visíveis nas ruas de Abidjan”.
Um jornalista português especialista em assuntos francófonos, Rui Newman, disse entretanto à VOA que os angolanos presentes na Costa do Marfim, não são mercenários, mas sim tropas das FAA - Forças Armadas de Angola - recordando que os dois paises têm um acordo de cooperação militar. Lembra, por outro lado, que logo após as eleições marfinenses, Laurent Gbagbo enviou um emissário a Luanda. E adianta que, do outro lado da barricada política marfinense, Allassane Ouattara é igualmente apoiado por mercenários.
Recorde-se que a Comissão Eleitoral da Costa do Marfim declarou Ouattara o vencedor das eleições presidenciais. Horas mais tarde a Comissão Constitucional invalidou votos em vários bastiões de Ouattara e proclamou a reeleição de Laurent Gbagbo.

(Redacção / VOA)
2010-12-27 05:58:00

Natal sangrento na Nigéria. Mais de 40 pessoas morreram em confrontes entre cristãos e muçulmanos


Maputo (Canalmoz) - O aproximar de Natal fez ressurgir conflitos religiosos entre cidadãos nigerianos. Como uma maioria cristã no sul do país e maioria muçulmana no norte, Nigéria vive momentos marcados por assassinatos, incendiamento de casas, destruição de bens públicos e privados, promovidos por extremistas religiosos.
Nas vésperas de Natal, a rixa entre cristãos e muçulmanos voltou a eclodir, fazendo mais de três dezenas de mortos.
Explosões que ocorreram na cidade de Jos, região central de Nigéria, principal palco de confrontos entre os religiosos adversários, mataram pelo menos 32 pessoas. Enquanto na sexta-feira, dia 24 de Dezembro, 6 pessoas foram mortas no norte do país. Os assassinatos foram atribuídos a fundamentalistas islâmicos que reivindicam o norte do país como região exclusiva de muçulmanos. Igrejas também foram incendiadas.
Segundo escreve a imprensa nigeriana, o porta-voz da polícia, Mohamed Lerama, disse que 32 pessoas morreram e pelo menos 74 ficaram feridas por quatro bombas que explodiram na noite da sexta-feira, em diferentes partes de Jos, cidade do centro do país, palco de grandes confrontos entre cristãos e muçulmanos.
A violência religiosa matou pelo menos 500 pessoas neste ano em Jos e em povoados vizinhos. A Nigéria, um país de 150 milhões de habitantes, está dividida quase em igual proporção entre muçulmanos, no norte, e cristãos, no sul.

(Redacção) 2010-12-27 06:08:00
Imagem: dialogospoliticos.wordpress.com

domingo, 26 de dezembro de 2010

Portal de «Intelligence» revela que JES sobreviveu a um atentado em Outubro


Sábado, 25 Dezembro 2010 23:51

Londres - Na sua edição N° 599 11/11/2010, o portal www.africaintelligence.com, editado na Inglaterra, trás uma breve matéria alegando que no passado dia 24 de Outubro, o Presidente José Eduardo dos Santos teria sofrido uma tentativa de assassinato quando um veículo tentou interceptar o seu carro, no momento em que o estadista regressava da praia com a sua família.

Fonte: Club-k.net

Escolta presidencial abriu fogo

O site conta que a escolta presidencial abriu fogo, matando dois passageiros no veículo e recolheram as armas que foram encontradas a bordo. De acordo com as primeiras conclusões de um inquérito, os agressores eram pessoas da África Ocidental que não foram identificados.

A informação do site que vimos citando é bastante breve. Pelo menos, não se fez circular nos órgãos privados em Angola nem muito menos em forma de rumores. O Club-K tentou escutar algumas individualidades para analisar o assunto mas as pessoas contactadas não dominam a materia. Suspeita-se que terá havido algum exagero quando ao recurso da expressão “tentativa de assassinato”. Acredita-se que terá sido um grupo de intrusos que cruzou coincidentemente com a caravana presidencial.

O suposto atentado calha numa altura em que o Presidente angolano denotava um certo a vontade. Uma semana antes tivera estado num restaurante da Ilha de Luanda, Esplanada – grill, para almoçar com a sua esposa que fez anos neste dia.

De recordar que o presidente angolano anda ladeado de um forte aparelho de segurança que compõe a sua escolta. A mesma passou a dispor de equipamentos de alta tecnologia avançada. Ultimamente é transportado em carrinhas blindades (com características de hammer). Uma das (6 ou 8 viaturas) é equipada com sensor de sinais que em movimento (rápido) distorce sinais de telefones e outros aparelhos de comunicação por onde ela passa (activar ou detectar bugs).

A viatura “especial” que acompanha a escolta trás também no seu interior uma câmara móvel que sai pela parte do campão permitindo vigiar o estadista fora dela, quando vai assistir enterros ou outros cenários.

A escolta presidencial passou a integrar sapadores do sexo feminino ao que coincide com outros elementos de informação que dão conta do aumento do recrutamento de raparigas no aparelho da segurança angolana que também passou a equipar-se de sofisticadas tecnologias (equipamento de raio de cerca de 500 metros que capta através de antenas satélites sinais e até ruídos de animais domésticos).

sábado, 25 de dezembro de 2010

Criança evacuada para África do sul não é operada por ausência de responsáveis da embaixada para pagamento


Sábado, 25 Dezembro 2010 08:33

África do Sul – Uma menina de 4 anos que na sequência do agravamento do seu estado de saúde foi evacuada, no passado dia 11 de Dezembro, pela junta medica de saúde, para a África do Sul vê-se impedida de dar seguimento ao tratamento médico por falta de alguém na embaixada angolana para efectuar pagamento ao hospital. A Chefe do sector de saúde da embaixada, que responde pelas movimentação das verbas deslocou-se a Luanda, no dia 14 de Dezembro, para gozo de férias natalina.

Fonte: Club-k.net

Filha de Papá Ngulo gravemente doente

A criança é filha do actor Nelo Jazz, o personagem de “Papá Ngulo”, e padece de um câncer na cabeça. Tão logo que chegou a este país, o especialista que assistiu a criança na clinica Montana em Pretória avisou aos pais que a pequenina teria de ser urgentemente operada. A cirurgia não ocorreu devido a indisponibilidade dos valores visto que a responsável da saúde da embaixada, Alda de Carvalho viajou a Luanda três dias depois da menina ter chegado a África do Sul. Por outro lado, face a demora do pagamento, o mesmo médico acabou também por viajar para férias da quadra festiva.

Devido o agravamento do estado de saúde da pequena, ela foi vista por outros médicos mas estes informaram que já não podem mais operar devido ao esgotamento do tempo limite. A pequena encontra-se em casa em estado debilitado junto com os familiares que oram por um milagre.

Quim Ribeiro acusado de manter runiões secretas com oficiais de sua confiança


Sexta, 24 Dezembro 2010 17:58

Luanda - Um mês depois de ter sido apeado compulsivamente do cargo de Comandante Provincial de Luanda da Policia Nacional e aguardar para responder em dois processos crime, Quim Ribeiro (QR) mantém ainda o controlo de algumas divisões, esquadras e postos policiais dos municípios do Kilamba Kiaxi e Samba.

* Paulo Lopes
Fonte: Club-k.net

Os oficiais da policia agastados com a governação de QR denunciam que este continua a manter encontros secretos com os respectivos comandantes e distintos oficiais de sua confiança nas suas propriedades em particular na sua quinta do Kikuxi, em Viana e na sua futura mansão no bairro Benfica, onde continua a baixar orientações que são fielmente cumpridas pelos responsáveis daquelas unidades policiais.

Do referido grupo, segundo a denuncia, destaca-se o esquadrão da morte chefiado por Francisco Diogo t.c.p. FBI, Inspector Chefe, cuja missão é montar a estratégia de actuação castrense do comandante exonerado.

Recentemente, QR foi citado em meios policias como estando a fazer circular em Luanda a informação que teria sido alvo de um atentado, quando na verdade, segundo contam “aproveitou da passagem coincidente de um inocente cidadão, no momento em que QR entrava na sua mansão no bairro Benfica, ordenando ao seu esquadrão a abrir fogo de metralhadora contra o referido cidadão que, para evitar o destino que teve “Joaozinho”, abandonou a viatura, segundo foi apurado.”

Segundo as fontes “Uma semana depois do alegado incidente, QR na sua forte imaginação, na calada da noite, às 23h00, dirigiu-se ao CPL, que julga ainda ser Comandante, para proceder a entrega de uma máquina de filmar, que alega serem os instrumentos do atentado. Vê-se mesmo que o Comandante QR está atordoado e perdeu o norte.”

“Pretendemos alertar ao senhor Ministro do Interior, Sebastião Martins e o Comandante Geral, Ambrósio de Lemos, da necessidade urgente de se desmantelar o esquadrão de QR que o escolta nos seus movimentos, conduzindo três viaturas de elementos fortemente armados, por ser uma ameaça à segurança pública e comportamento similar ao dos barões do narcotráfico e mafiosos, assim como, apelamos o desmantelamento dos protegidos de QR que ainda são manipulados a seu mando para manchar a corporação.”, fim de citação.
*Paulo Lopes

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

É hereditário


E o angolano forjou-se na hereditariedade da incultura alcoólica, e tenta desesperadamente espalhá-la pelo mundo.
Como se o mundo fosse um estrépito angolano, uma Costa do Marfim.

Cidadão angolano raptado por chineses para a pratica de sexo anal


Sexta, 24 Dezembro 2010 12:09
Lisboa – Um cidadão angolano foi raptado por chineses para supostas praticas de sexo anal. O insólito aconteceu no município do Lobito , na província de Benguela , esta Quinta-feira (23) quando eram 22 horas. O jovem Pinto Muaka residente na cidade das acácias rubras, foi encontrado a trabalhar numa obra, tendo sido interceptado no local pelos chineses que o agrediram por ter recusado a pratica.

Fonte: Club-k.net

Chineses com vícios de homens

Os acusados, segundo o comandante da policia no Lobito, José Cordeiro, em declarações a emissora provincial de Benguela, já se encontram nas mãos da policia nacional enquanto que o abusado está internado no hospital regional de Benguela em estado normal por conseqüência das agressões efectuadas pelo grupo por não conseguir os seus intentos.

De recordar que recentemente um jovem Kinguila foi morto e roubado 30 mil dólares americanos também por um grupo de chineses e até hoje a policia ainda não se pronunciou. O malogrado deixou três filhos e uma viúva. O episodio criou-se um clima de insatisfação por parte de muitos bengueleses, conforme apuração “in loco”. Tem rogado as autoridades para terem cautela na entrada de estrangeiros com realce aos chineses.

Explosão em reactor de avião da TAAG que perdeu peças em Lisboa


O avião que perdeu peças em Almada, há duas semanas, voltou a dar problemas, desta vez em Angola. O Boeing 777 da companhia aérea angolana TAAG foi forçado a uma aterragem de emergência, em Luanda, após uma explosão, seguida de incêndio, num reactor.

Sex, 24 de Dezembro de 2010 06:01
http://angola24horas.com/

A Administração da TAAG reuniu de emergência e decidiu manter em terra todos os Boeing 777, um modelo recente da empresa norte-americana, que compõe cerca de metade da frota da companhia angolana.

Os Boeing 777 vão ficar em terra até que sejam esclarecidas as causas dos dois incidentes, ainda por cima com o mesmo aparelho. Segundo o correspondente da RTP, que avança a notícia, em Luanda, Paulo Catarro, a suspensão vai durar por tempo indeterminado, dado que terão de ser os técnicos da empresa norte-americana a verificar as aeronaves.

Segundo a RTP, uma explosão num reactor, seguida de um pequeno incêndio, obrigou a uma aterragem de emergência. O avião, que já tinha dado problemas em Almada, seguia para o Dubai, com 32 passageiros a bordo, deu meia volta e regressou ao aeroporto de Luanda, para uma aterragem de emergência que decorreu sem problemas.

A TAAG pondera pedir responsabilidades à Boeing e à General Electric, também norte-americana, que fabrica os motores do 777, um modelo que tem dado problemas em frotas de outras companhias aéreas mundiais.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Manipulações eleitorais orientadas e assessoradas por brasileiros, franceses, portugueses, ingleses, financiadas pela China, África do Sul, Itália.


Canal de Opinião: por Noé Nhantumbo. 2010 – Ano de Assange e da Wikileaks?

Beira (Canalmoz) - Convenhamos que os últimos meses de 2010 foram sacudidos por revelações importantes, contundentes, diferentes, explosivas e intoxicantes. Não interessa olhar para casos isolados e relacionados com um determinado país e daí tirar conclusões sobre isto ou aquilo. O que se tornou evidente em todo o processo de revelações feitas pelo site da WikiLeaks é que a chamada diplomacia internacional, dos poderosos e a dos países emergentes, dos BRICs ou de simples países que são estados falhados na definição aceite por este dias, ditados e governados segundo processos tão insidiosos, com toda a capa de frescura, responsabilidade e dignidade de Estado, caiu por terra.
Muita podridão malcheirosa foi revelada como nunca havia acontecido.
Sem falarmos de consequências para a segurança ou uma suposta segurança de pessoas e países, factos preocupantes estão na posse dos cidadãos pela primeira vez.
Onde se esperava por comportamentos acima de qualquer suspeita e de acordo com padrões ético-morais correspondentes ao que em geral os governantes querem dar a entender, verificou-se que a podridão, o jogo sujo, as alianças e os golpes de estado e o seu fomento eram a óptica e o tema subjacente de muito do que era proposto como linha de acção.
Os interesses de alguns países e sobretudo de suas corporações tornaram-se os motores de relações internacionais e da definição de agendas governamentais.
Bush e Blair saem dos respectivos governos chamuscados e mesmo queimados por uma obtusa atitude unilateralista.
Os monarcas árabes cheios de petrodólares continuam a fazer o jogo de Washington a despeito de toda a evidência de que sem a sua activa participação em defesa de uma Palestina independente e livre, com as suas fronteiras internacionalmente reconhecidas, não haverá paz duradoura no Médio-Oriente.
Ninguém tem mais receio de uma Palestina democrática e republicana que os reis e sheiks árabes.
A Coreia do Sul e do Norte caminham a passos gigantes para uma confrontação a larga escala a menos que haja ponderação e intervenção da mais nova superpotência mundial, a China.
A Rússia teima em não abandonar o cenário e manifesta abertamente as suas potencialidades e possibilidades ao não permitir que a NATO se aproxime daquilo que ela considera sua esfera de influência geopolítica.
Em África andamos ao sabor de golpes de estado palacianos, manipulações eleitorais orientadas e assessoradas por brasileiros, franceses, portugueses, ingleses, financiadas pela China, África do Sul, Itália. Na procura de acesso privilegiado aos recursos naturais de África o que há muito já se fazia, eles se tornaram na moeda de troca de políticos pouco escrupulosos deste continente flagelado por guerras e doenças.
Pelo petróleo, diamantes, urânio, titânio, carvão ou qualquer coisa determinada como estratégica, vemos diplomatas semeando em águas turvas e pouco se interessando ou se importando com as consequências para os povos deste continente.
No cúmulo de tudo assiste-se a emergência de uma tendência de perpetuação no poder de governantes derrotados em escrutínios eleitorais em nome de uma suposta paz e estabilidade. São os governos de “Unidade Nacional” na ordem do dia sempre que um líder perde as eleições, ou as mudanças de constituição se façam sempre que convenha a um líder permanecer no poder.
Boa e necessária, a democracia está sendo despida de seus fundamentos e de sua lógica em benefício de interesses estranhos aos povos.
E no meio disto tudo descobre-se que afinal certas pessoas não são o que parecem e que querem vender aos seus cidadãos. Estamos no mercado formal e informal da política onde se vende “banha de cobra como se de porco” se tratasse.
O mérito para uns, de Assange e sua Wikileaks, foi ter desconstruído conceitos que se supunham indestrutíveis. Foi ter revelado que afinal os governantes do mundo inteiro colocam factos e procedimentos no domínio do secreto e da segurança nacional segundo critérios muitas vezes de conveniência conjuntural e privada.
Quando em certos quadrantes se defende a transparência governativa como único garante da democracia efectiva, os falcões contrariam e baseiam sua acção na espionagem a toda a escala. Tudo serve para construir uma base de dados a ser usada quando se julgar conveniente. Até bisbilhotar o quarto do adversário.
Para os cidadãos do mundo decerto que interessa mais a estabilidade, segurança e paz que possam ser alcançados através de um concerto de posições de seus governantes, do que através da espionagem em si. Que alguma da estabilidade se consiga por via da espionagem até pode ser aceite. Mas que os espiões utilizem suas informações muitas vezes artificialmente fabricadas e muito longe de serem factos, isso coloca esta actividade legítima dos estados, na esteira da defesa e protecção das “Haliburtons” (corporação ligada a Dick Cheney, ex-vice presidente dos EUA no mandato de Bush”) deste mundo. Como se sabe esta empresa foi uma das que mais lucro teve com a intervenção americana no Iraque.
Muita da acção do governo dos EUA tem sido de facto baseada em apreciações que são ditadas pelos seus “think-tanks” e estes são fortemente financiados pelas corporações do complexo bélico-industrial, das farmaceúticas, das indústrias de ponta na informática, telecomunicações e outras.
Quando se batem por patentes é para manter as vantagens comparativas, o lucro e pouco importam as consequências para biliões de pessoas no mundo inteiro. Aquela filantropia evidenciada em certos círculos americanos utilizando gente como Bill Clinton para dar a ideia de um cometimento para com os povos é contrariada pelas acções encetadas pelo governo dos EUA logo a seguir. Entre defender uma ofensiva científica e tecnológica financiada por governos de todo o mundo, pela descoberta de soluções viáveis para o tratamento de doenças como o HIV/SIDA, a malária, a cólera, a tuberculose, a escolha tem sido fazer vista grossa porque estes problemas ainda não são agudos na América ou no Ocidente. E os governantes dos países do Sul, caricatamente, fazem o jogo de seus parceiros ocidentais preocupando-se em gerir vantagens circunstanciais e promover a emergência de exércitos e forças policiais obedientes. Sua lógica governativa é colocar os interesses pessoais privados acima de qualquer agenda que traga aquele desenvolvimento que seus cidadãos necessitam e a que aliás têm direito. Assim e para satisfazer os seus apetites sempre crescentes, retalham e vendem os recursos naturais de seus países sem olhar para a legislação nacional nem para o conceito básico de que os países pertencem aos seus povos integralmente.
Os mandatos legítimos de governos estão sendo atropelados e em seu lugar emergem tendências perigosas de açambarcamento ilegal de prerrogativas que não pertencem aos executivos.
Devido a Assange e ao seu site vamos ter uma diplomacia internacional mais receosa e governos procurando descobrir instrumentos para aumentar o controlo e a censura do que a comunicação social faz.
Neste ano que está vertiginosamente caminhando para o fim há e prestar uma homenagem aos que se evidenciaram na defesa da humanidade e dos direitos humanos no mundo inteiro. Há que descobrir novos caminhos para a divulgação do que muitas pessoas de bem fazem em prol de um mundo mais pacífico, participado e significativo para os cidadãos.
Que 2011 seja aquele ano em que as coisas deixem de ser em função do que o jet-set político internacional quer e que a conjugação de esforços e vontades coloquem os interesses legítimos dos povos no topo da agenda internacional.
O modelo falhado da hegemonia unilateral, deve, à custa de uma batalha continuada de todos, abrir espaço para que o mundo se redescubra e avance por caminhos de tolerância, equilíbrio e desenvolvimento global.
Os famosos e ricos tem o seu lugar garantido neste mundo mas não pode ser à custa de sugarem o sangue de milhões de crianças.
A elite política internacional tem de entender que jamais poderá derrotar o terrorismo eleito ponto principal da agenda enquanto não houver participação integral de países como a Rússia e a China. Uma oposição à proliferação do acesso a armas nucleares tem de acontecer no quadro de uma acção que responsabilize todos e não coloque uns como merecedores de possuí-la e outros como potenciais criminosos perigosos, sem direito algum nesse domínio.
A reticência de falar e de questionar Israel sobre a arma nuclear, o terrorismo de estado por ele praticado, a protecção e financiamento de seu exército mesmo quando abertamente ataca escolas e outros alvos civis tira direito a palavra àqueles que impõem sanções aos que maltratam seus cidadãos.
Não se pode aceitar conviver com um Mugabe que abusa dos direitos humanos dos zimbabweanos ou de um presidente do Quénia ou Costa do Marfim que mesmo derrotados não querem sair do poder, mas ao mesmo tempo é contraprodutivo no âmbito dos esforços internacionais para vencer o terrorismo, abraçar e acarinhar um governo como o de Israel que quer impor a sua agenda e o que supõe que deveriam ser as fronteiras de um futuro estado Palestino.
A dualidade de critérios é produto de uma filosofia que já não tem qualquer valor no actual cenário internacional.
Só o desenvolvimento pleno dos países, de seus cidadãos é que irá diminuir o campo de manobra e de recrutamento de novos elementos para alimentar as forças terroristas.
Para que se ultrapassem as crises provocadas pelos telegramas revelados pelo Wikileaks e se reconfigure o relacionamento entre os governos há que aceitar abraçar novos critérios e sobretudo crescer-se no entendimento de que um mundo caracterizado pela existência de zonas de conflito eminente não oferece garantia de paz e estabilidade para ninguém.
Qualquer conflito na Península Coreana ou no Irão, na fronteira entre a Índia e o Paquistão, na RDC ou no Sudão, no Malawi ou em Moçambique vai arrastar vizinhos e outros para a guerra.
Convenhamos que este 2010 colocou algumas figuras internacionais a nu e isso até é benéfico para os cidadãos. Alguma falsidade e hipocrisia, alguma arrogância e orgulho infundados caíram irremediavelmente para o chão.
Até porque, afinal somos todos seres humanos. Ou alguém pensava que era especial?
Nem aqueles políticos na reforma que mergulharam na filantropia são especiais. Queremos a acção de todos eles hoje, na contenção dos abusos cometidos por seus sucessores. Essa é maior prenda que podem oferecer ao mundo ao invés de uma mediática filantropia visando alegadamente aliviar o sofrimento de seus concidadãos.
Uma enérgica e esclarecida acção no campo da agricultura no mundo vai tirar gente da fome crónica e das doenças. E tem muito mais valor do que aquela ajuda oferecida pelas fundações inteiras deste mundo.
Tem de ser hoje, entanto que figuras com relacionamento político válido e actual, que os “Clintons, Bushs e Blairs” deste mundo devem intervir no sentido de promover mudanças no relacionamento internacional, na lógica de governação deste mundo. Dediquem-se a isso que o mundo inteiro vos vai elogiar e história recordar. Temos de ver os nossos líderes africanos reformados ou no activo tomando conta das preocupações de seus cidadãos e não utilizando o poder para fazer crescer as suas contas bancárias ou construírem mais mansões.
É quase Natal e 2011 já bate a porta.
A vergonha em África e Moçambique em particular é que a maioria não tem nada para celebrar. A fome vai caracterizar as suas mesas se é que mesas possuem.
Nem os “leaks” das “referências” morais da ex-“Pereira do Lago” vão colocar frango ou bife na boca de milhões de moçambicanos… (Noé Nhantumbo)

2010-12-23 06:01:00