quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Droga que sai do Brasil financia Al-Qaeda em África. - diz "O Estado de S. Paulo", jornal brasileiro


Grupo do norte da África ligado à rede de Bin Laden cobra pela passagem de carregamentos idos do Brasil com destino à Europa, conclui governo da Argélia.

Pretória (Canalmoz) - A droga que sai do Brasil para a Europa é um dos pilares do financiamento da rede terrorista Al-Qaeda. Isso é o que revela uma investigação feita pelo governo da Argélia. Ele mostra que, cada vez mais, o norte da África tem-se transformado em um dos motores das finanças do grupo terrorista, refere um jornal brasileiro que acrescenta que entre as maiores fontes de renda hoje da organização está a cobrança de " pedágio " para os carregamentos de drogas vindos dos portos brasileiros, que têm a Europa como destino final, noticia "O Estado de S. Paulo".
A informação, segundo o ‘África 21’ vem no mesmo momento em que o grupo ‘WikiLeaks’ torna pública a constatação da diplomacia americana de que a África e alguns de seus governos se transformaram nos últimos anos no principal centro de apoio e de distribuição da droga sul-americana, tanto para a Europa como para o próprio mercado africano.
Por décadas, refere o ‘África 21’, a droga que saía da Colômbia era embarcada directamente para a Europa, em navios ou aviões que chegavam a Espanha e Portugal. Mas desde que esses governos passaram a adoptar um controle mais rigoroso sobre as cargas e reforçar as fronteiras marítimas, o narcotráfico foi obrigado a buscar novas rotas.
Segundo a Interpol, essas rotas passam agora pelos portos brasileiros, com a droga colombiana. Santos e os portos do Nordeste seriam os mais utilizados.
Em 2009, por exemplo, escreve o ‘África 21’, cerca de 10% de toda a droga que chegou à Europa de navio e 40% da que chegou a França usou o Brasil como rota, segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC).
Acrescenta o jornal brasileiro que “a caminho da Europa essa droga passaria pelo norte da África e, lá, encontra grupos dispostos a ajudar a fazer a mercadoria chegar até os europeus e um dos principais grupos que beneficia desse ‘serviço’ seria a AQMI, o Al-Qaeda no Magreb Islâmico. O grupo é relativamente pequeno, diz a publicação. “Tem cerca de 300 membros na cúpula da organização na Argélia, Marrocos e Tunísia. Mas vem ganhando espaço político, mediático e tem operações organizadas de forma cirúrgica para atingir seus objectivos”.

(Redacção / África 21 / O Estado de S. Paulo) 2010-12-30 05:41:00

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