quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Construtoras portuguesas pedem a Moçambique "quotas especiais" na contratação de mão-de-obra


Pretoria (Canalmoz) - A Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas de Portugal (AICCOP) considera "um êxito" a missão empresarial a Moçambique, mas apela às autoridades moçambicanas para "aplicarem quotas especiais" para empresas que queiram investir no país, refere o OJE citando a Lusa.
O presidente da AICCOP, Reis Campos, disse à Lusa que "muitas empresas portuguesas", de um total de duas dezenas, "estão muito interessadas" em investir em Moçambique, mas os empresários portugueses da área de construção civil depararam-se com a exigência de quotas para trabalhadores estrangeiros por parte do governo moçambicano, dado que a lei do trabalho no País estabelece tectos no número de contratação da mão-de-obra estrangeira, admitindo somente a entrada destes trabalhadores desde que não haja nacionais qualificados ou em número insuficiente para preencher o quadro de pessoal.
Citado pela Lusa, Reis Campos disse ter apresentado ao executivo de Maputo uma proposta de aplicação de quotas especiais para as empresas que entrem em Moçambique.
"Neste momento, precisamos nas nossas empresas que este número não seja tão díspar, pelo menos no início", disse Reis Campos à Lusa.
Numa pequena e média empresa a lei moçambicana admite apenas a contratação estrangeira em 10% da totalidade dos trabalhadores, o equivalente a um trabalhador estrangeiro num universo de 10 moçambicanos. Reis Campos sugere no entanto que "podiam ser dois ou três".
A AICCOP, segundo a LUSA, considera Moçambique "estratégico" para a internacionalização do empresariado português, assinalando "a aliança" com as construtoras moçambicanas como importante para o crescimento dos dois países.

(Redacção / OJE / Lusa) 2010-12-01 05:31:00

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