Uma nação sem água é um deserto.
Luanda, é um planeta muito engraçado, não tem água, só tem petróleo, não tem mais nada.
E dispuseram muitos milhares de barris de petróleo para que a NASA encontre água no deserto gelado de Luanda.
Os empresários governamentais, os únicos com autorização de facturação, financiaram sonda atrás de sonda, para que a NASA descongele a água no planeta de Luanda.
E ainda não se esgotaram os trina e cinco anos de pesquisas no solo luandino.
As últimas descobertas dão conta que existiam muitos edifícios clandestinos, talvez pertencentes a um clã familiar, como o actual, que ainda há bem pouco tempo colonizou o planeta Luanda.
E que a água era só para eles, assim como numa espécie de sacerdotes fundamentalistas, onde só eles vivem sujeitando a população a constantes rituais da morte, na tentativa supérflua de transformar o sangue em água. No fundo, um oportunismo vampiresco.
Finalmente, uma equipa arqueológica descobriu mais algumas edificações, que pelo formato revelam que a classe dirigente desse tempo construía prédios, muitos Dubais, e neles acumulavam a água, num plano diabólico para que a exterminação da população finalmente acontecesse.
Hoje, o planeta Luanda recebe muitas visitas de estrangeiros que vasculham o seu solo, rasgando-lhe crateras naquilo que ainda alguém lhe chama de espaço terreal, que na verdade correcta é chamar-lhe de espaço sideral.
Hoje, no planeta Luanda já ninguém procura água. Ela deixou de existir porque redescobriram um líquido muito mais valioso: o petróleo.
E das populações do planeta Luanda restam as ossadas. Todas elas nos ossos das mãos, elevados, um recipente a suplicarem água. Acabaram com os povos, secaram-nos com a mais horrível das mortes: a sede.
E havia uma organização internacional que ainda chamavam de ONU, e que depois do extermínio das populações angolanas, invocou a tomada de medidas em seu auxílio.
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