Washington - Angola é um “gigante com pés de barro” porque apesar do seu crescimento económico é um país marcado por um crescente “esquadrão de pobres” e com uma “governabilidade fraquíssima”.
Fonte: VOA
A opinião é de Carlos Pacheco que acaba de publicar o livro “Angola: Gigante com Pés de Barro”.
Pacheco, historiador e autor de vários estudos publicados sobre os primórdios da luta armada em Angola e sobre o processo colonial disse á Voz da América que a corrupção de que tanto se fala se instalou em Angola logo após a independência.
Para além disso a governação foi assumida na independência por dirigentes do MPLA que “não conheciam Angola” e que ignoraram ou mesmo perseguiram uma elite “euro-africana” que estava disposta a cooperar e a fazer parte da nova Angola, disse Pacheco.
O colonialismo português contudo “não foi auspicioso” e é acusado pelo autor de culpabilidade pela “catástrofe” que se deu em Angola após a independência. O colonialismo português, disse o autor, deixou o país sem uma “inteligência” e uma classe empresarial nativa. Mas, disse Pacheco, Angola independente herdou uma das melhores economias de África que foi destruída sistematicamente pela “incapacidade” e ignorância dos novos dirigentes quanto às realidades angolanas.
Na sua entrevista António Pacheco defendeu a criação de um tribunal internacional contra a corrupção para julgar dirigentes corruptos “ de onde quer que eles sejam”.
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