terça-feira, 16 de novembro de 2010

Grupo de “Quim” Ribeiro na cadeia

Lisboa - As autoridades policias prenderam, sexta feira última, quatro elementos conotados ao suspenso comandante provincial de Luanda, comissário Joaquim Ribeiro. De entre os detidos consta um elemento identificado por Caricoco apontada como o “mastermind” da execução do superintendente -chefe, Domingos Francisco João que investigava o envolvimento de responsáveis da policia que se apoderaram de volumes de dinheiros encontrados na residência de um funcionário do BNA.

Fonte: Club-k.net

Comandante suspenso nas “mãos” do SINFO
Caricoco, o “braço direito” de Quim Ribeiro é descrito como uma figura de duas facetas. É o chefe do combate ao crime do comando provincial de Luanda e igualmente a figura identificada com “execuções”. Outra figura central próxima ao comissário “Quim” Ribeiro é o comandante da divisão da policia de Viana, Augusto Viana. O seu paradeiro é dado como incerto. Viana esta incomunicável. A sua esposa é quem passou nos últimos dias atender o seu telefone alegando indisposição do mesmo.

A suspensão do comissário Joaquim Ribeiro do comando da policia nacional em Luanda, foi antecedida de uma discreta investigação feita pelos Serviços de Inteligência e Segurança de Estado (SISE). Estes teriam apresentado um parecer ao Presidente José Eduardo dos Santos recomendando a suspensão do mesmo. No decurso das investigações o SISE (Vulgo SINFO) colocou discretos aparelhos de captação de sons e imagens no gabinete de “Quim” Ribeiro e em áreas chaves das instalações do comando provincial de Luanda.

Em finais da Semana passada, Joaquim Ribeiro foi convocado pela procuradoria militar para prestar declarações. O mesmo terá caído em desmaio ao ser confrontado com vídeos das imagens que o SISE captou no seu gabinete.

As investigação feitas pelo SISE eram do desconhecimento do mesmo. Antes do dia 29 de Outubro, Joaquim Ribeiro estava convencido que seria promovido a comissário-chefe na cerimônia que foram graduados os seus adjuntos. Chegou a reunir os seus familiares próximos para festejar a suposta “futura promoção”. Desde então os seus próximos passaram a promover a idéia de que a suspensão provinha de uma campanha dos seus detratores destinada a afastá-lo da linha de sucessão ao cargo de comandante geral da policia nacional.

Na mesma semana da suspensão o mesmo falou a jornais privados em Luanda que iria provar a sua inocência. No Ministério do Interior teriam tomado as suas palavras como um desafio as “instancias superiores”. Na seqüência das suas declarações a imprensa, o novo ministro Sebastião Martins, advertiu-lhe para que se reserva-se ao silencio enquanto decorre o inquérito sobre o seu caso.

O comandante Joaquim Ribeiro é a nível do Ministério do Interior inquirido por uma comissão dirigida pelo novo inspector-geral do Ministério, Fernandes Torres Vaz da Conceição “Mussolo”. A ausência de elementos da DNIC na comissão de inquérito é justificada sob alegação de haver “muitos agentes” deste departamento ligados ao suspenso comandante provincial.

Algumas figuras do regime ligadas ao mesmo se abstiveram do seu caso. O Chefe da Casa Militar da PR, general Manuel Helder Vieira Dias “Kopelipa” que é identificado como uma das figuras do regime que terá apadrinhado a sua ascensão optara por manter-se neutro. O comandante geral da policia Nacional, Ambrosio de Lemos que nos últimos tempos, passou a ter uma relação privilegiada com “Quim” Ribeiro, foi excluído do acompanhamento do processo que envolve o suspenso comandante. Foi-lhe apenas informado que decorre um processo de suspensão.

Quando teve conhecimento que a sua suspensão teria sido ordenada pelo chefe de estado, José Eduardo dos Santos, o comissário Quim Ribeiro teria movido influencia para contactos com o irmão de JES, Avelino dos Santos a fim deste interceder sobre o seu caso.

Quim Ribeiro, e o seu grupo, para alem das conhecidas acusações que recaem sobre eles estão a ser agora conotados como tendo sido conivente com uma rede do narcotráfico em Luanda. Nas vésperas do CAN 2010, em Janeiro passado a policia apresentou na televisão a queima de drogas aprendidas. Ultimamente surgiram informações de que produto apresentando como estando a ser queimados/destruído não eram a cocaína que fora aprendida.

De entre todas as acusações o ponto mais assente é o assassinato de Domingos Francisco. Alega-se que em vida, Domingos Francisco deixou um bilhete dizendo que caso lhe acontecesse algo de mal, o responsável seria o comandante Joaquim Ribeiro. Informações não desmentidas alega que nas interrogações um dos responsáveis municipais da policia disse a procuradoria que “apenas” cumpriram orientações superiores.

1 comentário:

Anónimo disse...

esses filhos da mae devem aprodecer na cadeia porque ai e o lugar de gente sem escruplo