– alerta a vice-ministra dos Transportes e Comunicações, Manuela Rebelo
Maputo (Canalmoz) - O cidadão que não tiver passaporte biométrico pode ter a sua liberdade de viajar, hipotecada. É que os diferentes Estados do mundo, devido a questões de segurança, já não aceitam conceder vistos de entrada nos respectivos países, a indivíduos que não apresentam os novos modelos de documentos de viagem que contêm dados biométricos. Quem alerta para esta situação é a vice-ministra dos Transportes e Comunicações, Manuela Rebelo, em entrevista ao Canalmoz, à margem do Seminário Sobre os Documentos de Viagem de Leitura Eléctrica - “Passaportes Biométricos”, que decorre em Maputo desde ontem.
O seminário de peritos da Organização Internacional de Aviação Civil versa sobre “elevados padrões de segurança e outras garantias de eficácia que os biométricos oferecem no processo de tráfego, sobretudo no ramo da aviação civil”, Conta com a participação de delegados de países da África, do Médio Oriente e da Ásia.
A ministra disse ao Canalmoz que é de grande interesse do Estado moçambicano que os cidadãos possam obter este novo modelo de passaporte, sob pena de serem privados de viajar para o exterior.
“Nós sabemos que agora, por causa do terrorismo, um grande problema dos países que não têm documentos biométricos é a proibição dos seus cidadãos de entrar noutros países. Então, aderir neste tipo de documentos é abrir mais as portas para os cidadãos nacionais”, disse a vice dos Transportes e Comunicações.
Entretanto, a ministra disse desconhecer as metas do Governo em relação à abrangência deste documento a todos os cidadãos, mas disse também que “pouco a pouco todos os cidadãos têm de aderir a este passaporte”, que, entretanto, é considerado inacessível para a maioria dos moçambicanos, devido ao seu custo elevado. (NR: Ver outra peça nesta edição)
O seminário sobre os passaportes biométricos congrega várias instituições, entre as quais a IATA, Associação Internacional de Transporte Aéreo, CANSO – Organização de Navegação Aérea Civil, AFCAC – Comissão Africana de Aviação Civil, BAD – Banco Africano de Desenvolvimento, Banco Mundial, União Europeia, instituições financeiras e de outras índoles regionais, para além dos representantes de todos os países africanos e do Médio Oriente. Os trabalhos iniciados ontem, terminam amanhã.
(Borges Nhamirre) 2010-11-25 05:33:00
Imagem: wikipedia
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