«História repetida. Não é a primeira vez que propósitos caridosos são esgrimidos para justificar o saque aos recursos do continente. O colonialismo do século XIX foi impulsonado pelo discurso de que cabia aos europeus cumprir uma missão civilizadora na África, missão que seria, na expressão do poeta Rudyard Kipling – partidário fervoroso do imperialismo vitoriano – , o “fardo do homem branco”. Foram estes ideais filantrópicos que levaram Cecil Rhodes a iniciar o saque dos diamantes da Namíbia e da África do Sul, ainda hoje a principal fonte de sustento do monopólio fundado por ele, a De Beers, e da Anglo American. Um século depois, não são poucos os que se dispõem a seguir a trilha aberta por ele.
As companhias de petróleo estão entre os primeiros da fila. A crescente resistência antiimperialista no Oriente Médio faz com que a cobiça das corporações do setor e dos Estados aos quais elas estão ligadas volte-se para a África. Em sua Estratégia de Segurança Nacional apresentada em 2002, o governo estadunidense fala na necessidade de incrementar a exploração do petróleo africano. Hoje, aproximadamente 15% do petróleo produzido no mundo vem do Golfo da Guiné (que se estende da Costa do Marfim até Angola). Prevê-se que esta proporção chegará a 25% em 2015.
O interesse do imperialismo não se limita às matérias-primas. Monopólios do setor de telecomunicações disputam os mercados africanos. Nos dois primeiros meses deste ano, várias transações importantes ocorreram. A Sonatel, sediada no Senegal e pertencente à France Telecom, venceu a Global Voice, do USA, na disputa pela exploração da telefonia celular na Guiné Bissau. A Maroc Telecom (que pertence ao truste francês Vivendi e negocia suas ações nas bolsas de Paris e Casablanca), engoliu a até então estatal Gabon Telecom. Pouco antes, a mesma Maroc Telecom havia açambarcado a Onatel, ex-estatal de Burkina Faso, vencendo uma disputa com a France Telecom e a alemã Detecon. A empresa controla também, desde 2001, a ex-estatal Mauritel, da Mauritânia.» In tudosobreangola.blogspot.com
Sonhar, a nossa eterna liberdade.
A nossa concepção de vida é o sonho. Depois de muitos anos sonhados, sentimo-nos como um viajante do tempo futuro a olhar para a nostalgia do passado. Nós perecemos, mas os sonhos não.
E durmo e acordo para o próximo pesadelo que me atormenta: a pretensão universal do retorno à escravidão do regime comunista chinês. No fundo, a história da civilização é sempre um qualquer imperador sonhar em impor-nos o pesadelo da dominação na eterna escuridão.
O que devo mais fazer para que alguém aceite a minha amizade? Será porque apenas lhe posso oferecer a visão integral do conteúdo da degeneração mundial?
Chineses, brasileiros e outros malteses até já têm estaleiro e armazém nas traseiras dos prédios. Revejam o inferno complacente da actual conjuntura ali nas traseiras da Pomobel, ao Zé Pirão. Aquilo revela o rumo certo para onde nos querem obrigar a viver. Um rumo incerto sem governo, sem futuro, sem esperança. Isto está a ultrapassar a barreira do som.
E por detrás da miséria humana está sempre um banco. E por detrás de um acto terrorista está sempre um banco.
E criou-se outra empresa de recolha de lixo, faz concorrência feroz à sua congénere. Ainda ilegalizada, mas com nome: Os Esfomeados.
E por mais apelos que se façam aos Senhor, tudo se complica cada vez mais. Não é melhor pararem com isso de orarem ao Senhor por tudo e por nada?! Deixem mas é o Nosso Senhor em paz!
E lavaram a rua de carro e mangueira bem aspergida porque os Kassav nela circulariam rumo à Cidadela Desportiva. E também lavaram, isto é: arrestaram as mulheres que vendiam nas ruas mais os seus bens do que o petróleo não lhes dá. Os Kassav tinham que viajar, observarem e comentarem: «mas que ruas mais lindas, pintadas (só na parte frontal, porque nas traseiras é a selvajaria já instituída) e livres de miséria. Mas que país tão desenvolvido, livre de lixo, de miséria e de famintos. Sim senhor! É mesmo verdade, o PIB está muito crescido, muito desenvolvido.» Mas pelo contrário, o PIB eléctrico e o da água descem, e não se contabilizam ninguém sabe porquê.
E os crentes começaram a rezar fervorosamente: vamos erguer uma igreja ao Nosso Senhor dos Casebres para que ele nos ajude e não nos abandone.
O mais horrível que nos pode suceder é o disfarce da ditadura na falsa democracia.
Sugiro ao nosso Politburo que declare o estado de emergência nacional porque nada mais resta, a não ser o fingir que estamos e vivemos numa nação, que assim como foi, e como está nunca o será.
É apenas o que resta do largo da independência, a mina abandonada pelos libertadores agora sem pátria… dos expatriados. E a odisseia das três gargantas engasga Angola.
Tantas portas do tempo que já abri para te reencontrar, ó Angola! Receio o vaguear na tua eterna procura. Ainda não te achei!
Isto é uma mina de petróleo e de diamantes e os escravos não trabalham, nela perecem. E os estrangeiros proclamam que ela é a economia mais forte da região. Que é uma potência militar de contenção, de dissuasão. Que se consolida no concerto mundial das nações. E a hipócrita democracia ocidental apoia a morte democrática dos mineiros angolanos. A subtil exploração e rapina continuam: antes tinha o nome de colonialismo, agora tem outro: democracia africana. Não é possível uma democracia existir e conviver com a sua população na miséria, no sofrimento da fome. É ainda um estado de direito com leis da revolução socialista, esta Angola, o sonho que se transformou no inferno.
E neste momento, como se pretendia, o angolano serve como reserva de mão-de-obra escrava. É a única alternativa que os independentistas lhe prometeram. Independência total e completa, já! Que traduzido dá: petróleo e diamantes só para nós, já! E nova escravidão total e completa da população, já! O tristemente célebre artigo 26, ilustra a África selvagem, ou Angola é dirigida ou inspirada por chineses? É que parece haver muitas semelhanças.
Luanda com muito petróleo, mas sem energia eléctrica e água. As construções da especulação imobiliária anárquicas abundam e provocam-nos estas terríveis carências. Os cortes anárquicos repetem-se. Este caos está pesado, mais denso que chumbo na sintonia da incompetência. Revelam-nos os cortes do nosso futuro muito pior.
Angola ainda não está independente. Houve uma tentativa, a que apelidaram de luta de libertação nacional, que não funcionou. Aguarda-se pelo genuíno motor que arranque e liberte Angola ainda do colonialismo em que se encontra. Angola continua colonizada.
Os mineiros da luta de libertação nacional minam a mina 11 de Novembro, e dela extraem os seus minérios, as suas riquezas apenas para si. A pior coisa que nos pode acontecer, é não vermos, termos, ficarmos sem futuro. Ainda mais quando ele é hipotecada. E é necessário colocar um anúncio internacional assim: Luanda, precisam-se electricistas para reparação e manutenção da rede eléctrica de Luanda. Apetece gritar: viva o caos! E entretanto os cortes sucedem-se. Mais parece um jardim infantil onde as crianças brincam ao apaga e acende da luz. Os que os brancos construíram, e bem, os libertadores negros destroem. Significa que o petróleo não resolve nada, só complica, como é muito curioso verificar que o petróleo é a desgraça, é a miséria, a ruína, a fome de Angola. O nosso mestre é a miséria, por isso mesmo seguimos muito bem direccionados. Já ultrapassámos o abismo do inferno, e agora não sabemos mais onde estamos, o que fazer. Só restam escombros de uma revolução que nos deixou sem pão. Agora vivemos na liberdade dos democratas de ocasião.
Donde sai tanto dinheiro que sustenta tantas amantes a peso de ouro? Da mina 11 de Novembro, pois claro! Entretanto a epidemia dos Sem Futuro, os jovens extremamente possuídos pelo alcoolismo, deliciam-se em estrondosos e mortais acidentes com os seus carros loucos no rumo certo do futuro da morte.
Torna-se abominável consentir que grupos de pessoas dominem países sob a forma de governos, e neles brinquem à governação. Num mundo dominado pela tecnologia de ponta, a miséria extrema-se. As companhias petrolíferas têm biliões de dólares de lucros. E a miséria das populações continua sem um dólar. O petróleo destrói as populações e o planeta. Dá imensos lucros e colossais prejuízos no meio ambiente. As igrejas e os bancos igualam-no, detêm poder ilícito. Como se chama um país com a vigarice sempre presente como uma nascente? Quem não tiver cartão de contribuinte a sua conta bancária é encerrada e o dinheiro reverte para o banco. Esta é a melhor de todos os nossos tempos. «É necessária uma declaração da empresa onde trabalha.»
O dinheiro nunca chegará para pagar as despesas de um governo megalómano. E se juntarem as forças policiais sempre reforçadas, é uma loucura. Angola ainda não está independente mas está dependente do terror. Aos olhos do desenvovimento cientifico actual, a religiaõ, a Igreja, não passam de uma anedota. Aida não viram este paradoxo?! Além de nos roubarem a riqueza, também nos roubam a pobreza. Dantes ainda se parendia alguma coisa com o povo angolano. Agora, ensinam-nos o que é vivwer na miséria. Sobretudo, nunca esquecer que a actual situação de mis´weria extrema que nos invade, é fortemenet apoiada por alguns anteriores e actuais governanates portugueses. Que saudosos do passado, para angola fortemenet se transladam, não se importando absolutamente nada, com uma notável indiferença: a espoliação sistema´tica digna de na tanho. Como ainda permanece que o negro foi criado pelo demónio, então tudo e todos se legalizam para voltar ao mar das hordas da civilização cristã e ocidental. Pilhar, a pilhar, a escravizar.
Imagem: mais.uol.com.br
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