Ficou em
prisão preventiva o empresário chinês acusado de liderar uma rede de
branqueamento de capitais. Gao Ping foi detido em Espanha na semana passada,
juntamente com mais de 80 pessoas. As autoridades espanholas falam numa
operação histórica.
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A rede de
branquear dinheiro retirava de Espanha quatro a cinco milhões de euros por mês.
As investigações apontam para cerca de mil milhões nos últimos quatro anos.
O dinheiro
era transportado em carrinhas com destino a paraísos fiscais. Muitos dos
veículos passavam por Portugal ou seguiam para Itália, onde existirá outra
rede.
Noutras
ocasiões, o destino era diretamente Andorra, onde o dinheiro era depositado e
enviado para a China por transferência bancária.
Para o
transporte de dinheiro vivo utilizavam ainda contentores, usando os portos
espanhóis.
O cabecilha
do grupo, Gao Ping, conhecido como o "imperador", é um promotor de
arte e apesar de ser uma das pessoas mais poderosas da comunidade chinesa,
praticamente não tinha dinheiro no banco.
Andava na
mira da brigada do crime organizado há três anos.
O socialista
José Borras Hernández, já indiciado na concessão de licenças fraudulentas,
também foi detido, tal como o ator pornográfico Nacho Vidal, acusado de
utilizar uma produtora de vídeos para branquear capitais da máfia chinesa.
A operação
Imperador tornou-se numa das maiores contra o branqueamento de capitais e o
delito fiscal alguma vez feita em Espanha.
O centro das
atividades desta máfia chinesa era a zona industrial conhecida por "China
Town" madrilena - em Fuenlabrada.
O núcleo
duro da máfia, apanhada pela polícia espanhola, é composto por 15 pessoas
suspeitas de corrupção, prostituição, jogo ilegal, imigração clandestina e
tráfico de droga, além de branqueamento de dinheiro.
Imagem: Gao Ping, el capo de
la mafia china es la punta de lanza de la
cuatro.com
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