quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Em Moçambique . Poluição marítima compromete reprodução de mariscos


A situação acontece também em outros países africanos banhados pelo oceano Índico e em consequência disso tem-se verificado a carência de camarão e peixe, revelou Ana Paula Samu-Gudo, vice-ministra para a Coordenação da Acção Ambiental

Maputo (Canalmoz) - Elevado índice de poluição marítima tem estado a contribuir para a redução acelerada da reprodução de pescado e mariscos no País. O camarão e o peixe são as principais espécies que têm registado uma grande baixa na reprodução no mar devido à poluição marítima.
Por consequência disso, nalguns meses tem havido carência de algumas espécies de peixe e sobretudo de camarão no mercado nacional.
A situação acontece sobretudo nas consideradas principais cidades do país, nomeadamente em Maputo, Beira, Quelimane, Nampula e Pemba. Esta informação foi revelada há dias, ao Canalmoz, por Ana Paula Samu-Gudo vice-ministra para a Coordenação da Acção Ambiental, mesmo sem avançar com dados numéricos.
A mesma situação acontece também em outros países africanos, pois é no âmbito dessa preocupação que vários países deste continente banhados pelo Oceano Índico estiveram reunidos há dias, em Maputo para debater as estratégias de melhorar a gestão do Oceano indico sobretudo no que toca à questão de poluição marítima.
No evento denominado protocolo de “Nairobi” foram discutidos assuntos sobre gestão do oceano Índico no que toca a questões ambientais.
Falando especificamente sobre a situação de Moçambique, durante abertura da reunião, a vice-ministra disse que o maior desafio para Moçambique é conseguir fundos suficientes para elaboração de programas que visam reduzir os índices de poluição marítima ao longo do Oceano índico nas áreas de foco de actividades pesqueiras.

Erosão atinge índices alarmantes

A erosão costeira foi outro principal tema da conferência sobre o protocolo de Nairobi que aborda questão de ambiente. A vice-ministra para a Coordenação da Acção Ambiental revelou que em Moçambique a erosão costeira está a atingir níveis alarmantes pelo que já está comprometer as metas dos programas de preservação ambiental. Ela revelou ainda que a situação de erosão costeira acontece sobretudo nas cidades de Maputo, de Nampula, e sobretudo da Beira.
Em relação a esta última, a número dois do Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental revelou que o governo já conseguiu financiamento para reposição dos solos, sendo que o projecto deverá arrancar nos meados do próximo ano.
A fonte que temos vindo a citar justificou que o governo decidiu escolher Beira devido à situação alarmante em que a zona costeira se encontra em relação à erosão. (António Frades)
Imagem: poluição em Bilene. macua.blogs.com

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