quinta-feira, 29 de abril de 2010

Dantes era a ditadura, agora é a democracia. Os investidores estão “a sair da Grécia, Espanha, Portugal, Reino Unido e Islândia”,


Roubini diz que "a Grécia é só a ponta do iceberg"
Nouriel Roubini, professor da Universidade de Nova Iorque que previu a crise no crédito, considera que a crise na Grécia representa apenas a ponta do iceberg do problema da dívida soberana, que irá provocar uma alta na inflação e falências e pode chegar aos Estados Unidos.

Nuno Carregueiro nc@negocios.pt JORNAL DE NEGÓCIOS

Nouriel Roubini, professor da Universidade de Nova Iorque que previu a crise no crédito, considera que a crise na Grécia representa apenas a “ponta do iceberg” do problema da dívida soberana, que irá provocar uma alta na inflação e falências e pode chegar aos Estados Unidos.

Os investidores estão “a sair da Grécia, Espanha, Portugal, Reino Unido e Islândia”, afirmou Roubini durante uma conferência na Califórnia, acrescentando que “infelizmente, nos Estados Unidos os investidores ainda não estão a sair”.

O economistas mostra-se preocupado com a subida da dívida soberana em diversos países e adianta que se o problema não for combatido, os países vão entrar em incumprimento ou registar uma forte subida da inflação, uma vez que os governos irão monetizar a sua dívida e imprimir moeda para combater os défices orçamentais.

“Os mercados hoje estão preocupados com a Grécia”, mas a “Grécia é apenas a ponta do iceberg, ou o canário na mina de carvão, para problemas orçamentais de escala muito maior”, refere Roubini, acrescentando que aumentar impostos “não será suficiente” para resolver o problema.

Reiterou que a Grécia poderá ser forçada a sair do euro, o que tornará a moeda única uma divisa com menor liquidez e considerou que “fará sentido” constituir uma zona euro mais pequena.

Roubini prevê também que o problema da dívida chegue aos Estados Unidos. “O risco de algo de sério acontecer aos Estados Unidos no espaço de dois ou três anos vai ser significativo”, uma vez que “em Washington não há vontade de fazer nada”, a menos que sejam forçados pelos mercados.

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