I° Encontro Nacional da Juventude Patriótica da
CASA-CE
Luanda 08 de Dezembro de 2012
Viva Angola
Viva a CASA
Viva a Juventude Angolana
Viva a Juventude Patriótica
Companheiros,
Quero em
primeiro lugar saudar os dirigentes da CASA aqui presentes e mais uma vez
agradecer por terem aceite o desafio desta empreitada que foi por Angola, mas
que não era nada fácil.
Quero saudar
todos os presentes em particular os jovens que acreditaram que todos juntos
podemos fazer uma Angola melhor para todos; quero igualmente transmitir
um cumprimento especial aos jovens que vieram das províncias, secretários
executivos provinciais da Juventude Patriótica, espero que deixaram as famílias
e todos os companheiros bem.
Sejam bem
vindos e faço votos que os vossos trabalhos decorram de forma frutuosa.
Agradeço
igualmente a presença do Secretário ou do Chefe do Conselho Nacional da
Juventude e do Representante do MPLA e de outros partidos, se cá também
estiverem.
Aplausos
Lançamos o
desafio por Angola e temos hoje o dever de transmitir um profundo agradecimento
a todos os angolanos e em particular aqueles que votaram na CASA.
Temos a
obrigação de reconhecer que foi maioritariamente a juventude que votou para a
CASA porque acreditou que podemos todos juntos devolver o sonho aos angolanos e
fazer com que cada um possa realizar em Angola o seu sonho. Durante muitos anos
quase era proibido sonhar, acreditar que podemos nos realizar. Ainda hoje o país
põe muitos travões àqueles que querem acreditar que se pode sonhar e se pode
realizar os sonhos.
A Juventude
Angolana e a Juventude Patriótica em particular, não pode deixar de sonhar
porque o país é o conjunto da realização dos sonhos de cada um de seus filhos.
Aquele que deixar de sonhar, perde parte relevante da sua natureza e
humanidade.
Afinal temos
mesmo todos que sonhar e temos também que acreditar que podemos transformar
nossos sonhos em realidade e eu apelo aos jovens da Juventude Patriótica:
“Sonhem e lutem para realizar os vossos sonhos”.
“As eleições de 2012 foram apenas o início do desafio que nos propusemos;
foram apenas um começo, um passo e temos que renovar hoje este compromisso de
todos juntos realizarmos aquilo que fez com que nós construíssemos a CASA”.
Angola já
tinha mais de setenta partidos e organizações políticas, porquê a necessidade
de fazer mais um? Muitos de nós já estávamos em outras organizações politicas,
porque saímos para fazer mais uma? Angola precisava ou não? – A resposta é
esta, Angola precisava e vamos dizer porquê.
Em todas as
sociedades há 4 (quatro) factores dinamizadores da mudança e a necessidade da
mudança faz-se em função do diagnóstico da situação que se vive e neste caso,
qual é o diagnóstico que fizemos de Angola, para termos a necessidade de
construir mais uma organização política, o diagnóstico foi de que Angola estava
doente.
Vivemos
ainda uma situação de autoritarismo quando, nós próprios decidimos, que
queremos uma democracia plural e liberal.
Vivemos
ainda uma situação de um pais potencialmente rico com a maioria da população a
viver em pobreza. Aqui vocês todos, a maioria sois pobres.
Aplausos
Os fundamentos da Criação da CASA
Vivemos ainda
uma situação em que temos uma governação caracterizada pela insensibilidade
para com a condição do cidadão, sobretudo onde os governantes governam para si
próprios e não para o cidadão.
Vivemos um
contexto de corrupção, clientelismo e nepotismo e não podemos aceitar aquilo
que muitos dizem: o Angolano tem uma capacidade ilimitada de aceitação da
mediocridade, não podemos.
Afinal
podemos construir todos juntos um país que realiza todos os seus filhos de
forma igual, o que hoje não acontece. Se formos a fazer um estudo da composição
do governo, veremos que é um total nepotismo, que são todos familiares de um
certo grupo que são ministros disto, ministros daquilo. Não há outros
angolanos, mesmo do próprio partido no poder, competentes também para serem
dirigentes? Existem. Mas, a natureza da governação é nepótica.
Este
conjunto de factores é que fez com que tivéssemos mesmo de criar a CASA porque
dos vários factores que podem propiciar as transformações, são claros.
Há
sociedades em que os próprios regimes ganham consciência que têm de fazer
transformações e fazem essas transformações. No nosso caso, se nós esperarmos
que o actual Presidente da República faça transformações profundas, não vai
acontecer.
Há outras
situações em que são as forças políticas da oposição que dinamizam as
transformações. Até aqui as que havia, não tinham fé de que era possível fazer
estas transformações. E, na vida ninguém faz uma coisa que não acredita, é
preciso ter fé, porque há dificuldades, há desafios, sim senhor. Mas com fé
realizam-se todas as tarefas que queremos fazer.
Há outras
sociedades que são os segmentos da sociedade civil que dinamizam as
transformações. Se formos a ver, na Primavera Árabe, aquilo que aconteceu no
Egipto, Tunísia, não foram nem os regimes, nem os partidos políticos, foi a
sociedade civil, a cidadania é que fez as transformações.
No nosso
caso, vivemos um contexto em que a sociedade civil está fragmentada e a
cidadania foi amordaçada. Por isso em Angola, não podemos esperar que vai ser a
sociedade civil a dinamizar as transformações que têm de ser feitas.
Há
sociedades onde, são as revoluções que dinamizam as transformações, em alguns
casos por revoluções violentas. Nós já tivemos muito disso, não queremos mais.
É por isso que tivemos que fazer a CASA. Para a CASA assumir o papel de
dinamizar as transformações que o país precisa e poder ascender ao poder e
transformar o país.
Aplausos
Os desafios
Neste
momento, a CASA ainda é um fenómeno político de Classe Média e da Juventude.
Temos o desafio nos próximos 4 (quatro) anos de transformar a CASA para se
tornar num instrumento político de massas e de juventude. Temos que fazer da
CASA um Grande Movimento de Massas liderado pela Juventude.
Assim
poderemos idealizar 2015. Temos um papel decisivo nas autárquicas para acabar
com a hegemonia total da gestão do país ao nível local de um só partido e
assumirmos o desafio em 2017. Vamos a luta! Por isso, dizemos, Juventude
Patriótica levante-se, a juventude angolana que se assume levante-se, vamos ao
desafio 2017.
Aplausos
Mas para
isso digo-vos, não é coisa pequena, temos que assumir o desafio de transformar
a CASA em organização política de Massas e da Juventude, porque se continuarmos
como organização política de Classe Média e da Juventude, não realizaremos os
nossos objectivos.
Vamos
encetar este processo de mudança para a nossa organização e é por isso que
convocamos o Congresso Extraordinário. O Congresso Extraordinário tem o
objectivo fundamental. Até lá, temos que Pensar e Programar; Estudar
e Compreender Angola; estudar e compreender os diversos segmentos
que fazem parte da nossa sociedade, só assim é que teremos noção das
expectativas de cada cidadão, de cada segmento social e podermos de facto corresponder
com estas expectativas.
Programar:
porque a transformação da CASA de fenómeno de Classe Média e de Juventude, para
fenómeno político de massas e de juventude, não pode ser feito de forma
empírica. Não pode ser feito sem programação, sem estruturação e é isso que nós
pedimos os jovens façam parte deste processo de pensamento e de programação,
para que chegados em Março possamos estruturar um programa de longo prazo de 5
(cinco) anos, coerente, realista, exequível, mas ambicioso e a altura dos desafios
que temos para este país.
Neste
entretanto, somos parte das instituições da República de Angola. Estamos no
Parlamento e vamos fazer parte do Conselho da República. Mas, como CASA, temos
que ser actuantes, firmes, sérios e patriotas, dentro dessas instituições.
Podemos iniciar a ter orgulho deste pequeno grupo parlamentar, mas que vai dar
um contributo inestimável neste país.
O papel dos deputados
As premissas
da nossa participação em órgãos institucionais, serão em 1° lugar contribuir
para a estabilidade deste país. O nosso conceito de estabilidade passa pela
existência de instituições fortes e de processos políticos sérios e credíveis.
É isso que garante a estabilidade. Nós CASA, não aceitamos a lógica de que
estabilidade passa por líderes fortes e autoritários. Isto não é verdade e a
história provou no caso da República da Côte d’Ivoire, teve um líder forte e
autoritário, não construiu instituições e processos políticos fortes e sérios e
quando desapareceu o país desabou.
Nós queremos
que a estabilidade repouse sobre processos políticos sérios e credíveis e
instituições públicas fortes. A Assembleia Nacional tem que ser forte; o Poder
Executivo forte no seu papel; o Poder Judicial também forte no seu papel
independente.
Nós vamos
contribuir para a afirmação da Democracia em Angola. Democracia Plural,
transparente e onde todos possam participar de forma igual.
Vamos
contribuir para forçar o actual governo a melhorar a qualidade da governação
criticando, interpelando e apresentando mecanismos, apresentando propostas de
soluções para os diversos problemas que os angolanos têm.
Vamos
contribuir para que os actuais governantes compreendam que os recursos do país
têm de ser aplicados para a melhoria da qualidade de vida do cidadão.
Não podemos
continuar a aceitar sermos um país potencialmente rico com a maioria de
cidadãos pobres.
Não temos
desavenças com os ricos. O país tem de ter ricos, mas façam com honestidade e
com trabalho sério.
Vamos
contribuir para que em termos de visão de construção do país que nós queremos,
tenhamos a capacidade de dialogar e todos podermos dar o nosso In-Put. E por
isso, os desafios de 2015 e 2017 têm de ser encarados como um momento para
fazermos a viragem da construção deste país que nós queremos para todos.
Em todas as
sociedades, lá onde a juventude se assumiu como factor dinamizador das
transformações, as transformações ocorreram. Lá onde a juventude é apática,
demissionária e fatalista, não há transformações. É por isso que depois de um longo
período de estagnação, hoje assistimos ao revivalismo da nossa juventude, mas é
preciso fazer com que a juventude assuma. É preciso fazermos com que a
juventude deixe a apatia, não haja medo, porque o medo torna vulnerável todos
aqueles que têm medo.
Temos mesmo
a obrigação de acreditar que podemos construir um país que realiza os seus
cidadãos. Temos de acreditar!
Temos de
acreditar que nesse emaranhado de angolanos, há aqueles que aceitam o
sacrifício e aceitam a liderança para uma Angola diferente. É isso que eu quero
deixar hoje para vós, Juventude.
Da mesma
maneira que houve o cepticismo quando criamos a CASA porque há os que não
acreditaram, hoje quero vos dizer: acreditem pois, há uma liderança da CASA que
está disponível e pronta para fazer as transformações.
E vocês
juventude Patriótica têm de fazer parte desta Liderança Nova por Angola. Essa
nova liderança por Angola do futuro; esta nova liderança com visão, com coragem
patriótica, mas tem de ser necessariamente incorruptível.
Aplausos
Temos mesmo
que acreditar, temos mesmo que ter fé, mas depois temos que trabalhar para
transformar esta fé em realizações. Não virão génios fazer o nosso trabalho,
não virão especialistas, sereis vós angolanos normais, comuns que ireis
protagonizar as transformações.
Em todos os
períodos da história, e da humanidade, os actores das grandes transformações
não se dão conta do papel histórico que representam no momento em que o fazem;
são outras gerações. Então aceitem que vós próprios fareis estas transformações
e os vossos filhos, vossos netos, vão ler na história: “Houve, os jovens da
CASA, uma Nova Liderança moderna, visionária e corajosa que desenvolveu o
processo político que permitiu fazer as transformações patrióticas que levaram
Angola ao rumo positivo.
Aplausos
Vou terminar
mais uma vez com duas palavras:
Fé e Convicção.
Os jovens
têm de assumir com fé e convicção que nós podemos; podemos ser um factor
positivo para as transformações que este país precisa e por isso peço-vos neste
vosso encontro, trabalhem de forma séria e profunda, sobretudo lancem os
alicerces para desenvolvermos este processo que vai nos levar até ao Congresso
que é:
Pensar e Programar.
Muito
Obrigado
Imagem: Chivukuvuku,
responde as questões dos jornalistas .
article.wn.com
Sem comentários:
Enviar um comentário