terça-feira, 4 de agosto de 2009

Campos de concentração nazis que parecem de Luanda. Chelmno


Anatomia de um inferno. A resistência de Chelmno

O Exército Vermelho aproxima-se. Antes de fugirem, os SS destroem os últimos vestígios do empreendimento de extermínio. Depois executam os judeus que compõem a mão-de-obra das faxinas. É o que relata a testemunha Miszcak, ao mesmo tempo que refere a última tentativa de revolta destes infelizes:

«Começaram a liquidação dos últimos judeus. Fizeram-nos sair em grupos de cinco. Ordenaram-lhes que se deitassem por terra e derramaram-lhes tiros de revólver na nuca. Desta vez, os judeus revoltaram-se. Um deles, Max Zurawski, armado com uma faca, conseguiu furar o cerco dos guardas e fugiu. Os guardas não conseguiram descobri-lo. Os alfaiates judeus partiram o portão que dava para o bosque. Dois alemães entraram no bosque. Um deles era Lenz. Os judeus mataram-nos. Então, foram apontadas metralhadoras para o interior do armazém de mantimentos. Começaram a disparar e atearam fogo ao edifício.»
Não houve sobreviventes.


Marcel Rubi, O Livro da Deportação.
Tradução de António Moreira e Maria Piedade Moreira.

Foto: Condenados de Chelmno preparam-se para entrar na câmara de gás.

http://anatomiadeuminferno.blogspot.com/2008/06/resistncia-de-chelmno.html?zx=6d52978bcc8eeb3b

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