“Desemprego no mundo vai atingir um nível
inédito de 202 milhões em 2013
Por Agência
Lusa. http://www.ionline.pt
O desemprego no mundo vai ultrapassar o
patamar dos 202 milhões de pessoas em 2013 e bater o recorde absoluto de 199
milhões, datado de 2009, estimou na segunda-feira a Organização Internacional
do trabalho (OIT), noticia a AFP.
No seu relatório anual sobre as tendências
mundiais do emprego, publicado em Genebra, a OIT estima que, “apesar de uma
recuperação moderada do crescimento da produção” esperada para este ano e para
o próximo, “a taxa de desemprego deverá aumentar de novo e o número de
desempregados no mundo crescer 5,1 milhões em 2013, e ultrapassar os 202
milhões, e mais três milhões em 2014”.
Em 2012, o desemprego tornou a subir
“deixando 197 milhões de pessoas sem emprego”, o que representa mais quatro
milhões do que no ano anterior.
Durante uma conferência de imprensa, o
diretor-geral da OIT, Guy Ryder, deplorou “a deterioração da situação do
desemprego em todo o mundo”, para mais estimando que as perspetivas “não são
boas”, uma vez que “as tendências vão na má direção”.
Ryder acusou “as incoerências políticas, em
particular na Zona Euro, com uma abordagem dos problemas na base do caso a
caso”, responsabilizando-as pelas repercussões negativas nas decisões de
investimento, o que diminuiu o crescimento de emprego.
Por outro lado, quando foram criados empregos
ficaram inacessíveis aos desempregados de longa duração, “porque exigem
competências que não têm”.
Também os jovens são particularmente afetados
pelo desemprego. A OIT adianta que “73,8 milhões de jovens estão desempregados
no mundo e a diminuição da atividade económica provavelmente colocar mais meio
milhão no desemprego até 2014”.
A OIT salienta ainda que a crise fez aparecer
um novo fenómeno, o dos jovens desempregados de longa duração, relativo aos
jovens que ficam desempregados “assim que chegam ao mercado de trabalho”, uma
situação que diz ser inédita.
Hoje, nas economias desenvolvidas, 35 por
cento dos jovens desempregados estão sem emprego há pelo menos seis meses, o
que compara com 28,5 por cento em 2007.
Perante esta situação, há cada vez mais
jovens a sair do mercado de trabalho, o que faz com não estejam “nem no
trabalho, nem no desemprego, nem na escola, nem em formação”.”
*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo
acordo ortográfico
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