sábado, 26 de janeiro de 2013

JES admite conflito de interesses entre MPLA e administração pública


O presidente angolano, José Eduardo dos Santos, admitiu um conflito de interesses entre quadros do MPLA e da administração pública, não excluindo a possibilidade de sanções. As declarações foram feitas durante a reunião do comité central do MPLA, em Luanda.
Na abertura da VI sessão ordinária do Comité Central do MPLA, o presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, anunciou a adopção de uma nova política de quadros. O líder do partido criticou o conflito de interesses existente entre quadros do MPLA e da administração pública.
Para José Eduardo Dos Santos, o país precisa de uma política de quadros actualizada, coerente, realista e eficaz que estabeleça critérios efectivos de formação, remuneração, de avaliação do desempenho, de ascensão por mérito próprio.
“A política de nomeação de quadros para cargos de direcção e chefia na administração pública é muitas vezes vinculada a cargos electivos partidários, mas nem sempre o perfil desses quadros que estão mais familiarizado com o trabalho político de massas, e de organização e funcionamento interno é adequado para as tarefas administrativas e para exercer a autoridade do Estado e ao seu nível”, sustentou.
“Esta situação é demasiada evidente ao nível dos municípios e comunas, particularmente, nos grandes centros urbanos como Luanda. Por outro lado, alguns militantes que ocupam funções partidárias e político-administrativas não tratam no exercício das suas obrigações os assuntos de forma objectiva, na base das leis e dos regulamentos do Partido, e colocam questões subjectivas e pessoais, acima dos interesses gerais gerando contradições, atritos e incompatibilidades com outros quadros. Estas situações surgiram na Lunda – Norte, entre o 1º secretário do Partido e o Ex - governador provincial, e os dois foram substituídos”, lembrou.
José Eduardo Dos Santos frisou que tal situação surgiu antes na Província do Uíje, e mais recentemente, em Cabinda e no Kuando – Kubango, situações estas que já foram superadas.
“A situação mais grave é que temos hoje na cidade de Luanda, onde estas contradições e incompatibilidades do género estão a prejudicar o trabalho do Partido e do Estado”, afirmou.
Por esta razão, sublinhou, o Bureau Político está estudar o assunto para tomar as medidas que se imponham.
Angola NP
ANGOLA24HORAS.COM

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