O presidente do município de Quelimane, Manuel de Araújo,
estava na comitiva do MDM que se deslocou ao Chókwé para a inauguração da sede
distrital
Maputo (Canalmoz) – O ambiente de terrorismo
fomentado pelo partido Frelimo contra partidos políticos da oposição continua
em Gaza. No último fim-de-semana, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM)
promovia à inauguração da sua nova sede e durante o acto irrompeu pela
cerimónia adentro um grupo de insurrectos que agrediu os presentes com recurso
a pedras e paus. Fazia parte da delegação que foi agredida o presidente do
município de Quelimane, Manuel de Araújo.
O
facto deu-se quando os membros do MDM, na altura orientados pelo presidente do
município de Quelimane, estavam a instalar oficialmente a representação do MDM
a nível do distrito de Chókwè, explicou Manuel de Araújo, em declarações ao
Canalmoz.
Segundo
Manuel de Araújo, foi em plena cerimónia de inauguração da delegação quando
supostos membros da Frelimo liderados pelo chefe da mobilização e
propaganda e vereador do Conselho Município de Chókwè atacaram com
recurso a pedras, paus e outros instrumentos contundentes, toda a delegação do
MDM.
“Fomos
atacados com pedras, paus e outros instrumentos contundentes e tivemos que
pedir socorro à Polícia na nossa própria delegação”, explicou Manuel de Araújo
para depois acrescentar: “Nossos membros foram esbofeteados, e de seguida
vandalizaram a nossa sede e tiraram o mastro sem explicação nenhuma. Fomos
humilhados como se não fossemos moçambicanos”.
Presidente do município de Chókwè confirma a ocorrência
Contactado
telefonicamente pela nossa Reportagem para reagir às acusações do MDM, o
presidente do Conselho Municipal de Chókwè, Jorge Macuácua, confirmou a
ocorrência da vandalização da sede do MDM naquela autarquia, mas nega que o
ataque tenha sido feito por membros da Frelimo.
Macuácua
alega que o ataque foi perpetrado por “residentes” de Chókwè que ao se
aperceberem da existência de uma bandeira de um partido político numa
residência sem prévio aviso dirigiram-se para o local para pedirem explicações.
“Não
foi um ataque, mas, sim, um protesto dos munícipes de Chókwè contra a
existência de uma bandeira hasteada numa residência localizada num dos bairros
do município de Chókwè”, comentou Jorge Macuácua, ignorando a presença no grupo
de insurrectos do “vereador de urbanização e chefe da mobilização”, como acusa
o MDM.
A
nossa Reportagem tentou contactar o comandante distrital da Polícia de
Moçambique em Chókwè, mas ele disse-nos que estava “reunido”. Prometeu retornar
a chamada depois da reunião, mas não cumpriu a promessa e dessa forma
impediu-nos de trazer aqui a versão da Policia.
Desde
sábado que está a haver escaramuças no Chokwè perpetradas contra a sede do MDM
por alegada instigação de membros do Partido Frelimo naquele município de
Gaza.
Ontem
a delegada do MDM na província de Gza estava pessoalmente numa esquadra no
Chókwè a apresentar queixa pelo roubo da motorizada do delegado do MDM no
distrito.
Desde
sábado que tem vindo sucessivamente a impedir que o MDM estabeleça a sua sede
no Chòkwè.
A
sede do MDM foi completamente vandalizada. Trata-se de uma casa particular
arrendada.
O
MDM diz ter apresentado queixa formal à Polícia da República de Moçambique,
aguardando agora pelo procedimento judicial. (Raimundo Moiane)
Imagem: Manuel de Araújo, presidente do
município de Quelimane
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