terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Delegação do MDM no Chókwè destruída por membros da Frelimo


O presidente do município de Quelimane, Manuel de Araújo, estava na comitiva do MDM que se deslocou ao Chókwé para a inauguração da sede distrital
Maputo (Canalmoz) – O ambiente de terrorismo fomentado pelo partido Frelimo contra partidos políticos da oposição continua em Gaza. No último fim-de-semana, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) promovia à inauguração da sua nova sede e durante o acto irrompeu pela cerimónia adentro um grupo de insurrectos que agrediu os presentes com recurso a pedras e paus. Fazia parte da delegação que foi agredida o presidente do município de Quelimane, Manuel de Araújo.

O facto deu-se quando os membros do MDM, na altura orientados pelo presidente do município de Quelimane, estavam a instalar oficialmente a representação do MDM a nível do distrito de Chókwè, explicou Manuel de Araújo, em declarações ao Canalmoz.
Segundo Manuel de Araújo, foi em plena cerimónia de inauguração da delegação quando supostos membros da Frelimo liderados pelo chefe da mobilização e propaganda  e vereador do Conselho Município de Chókwè atacaram com recurso a pedras, paus e outros instrumentos contundentes, toda a delegação do MDM.
“Fomos atacados com pedras, paus e outros instrumentos contundentes e tivemos que pedir socorro à Polícia na nossa própria delegação”, explicou Manuel de Araújo para depois acrescentar: “Nossos membros foram esbofeteados, e de seguida vandalizaram a nossa sede e tiraram o mastro sem explicação nenhuma. Fomos humilhados como se não fossemos moçambicanos”.

Presidente do município de Chókwè confirma a ocorrência

Contactado telefonicamente pela nossa Reportagem para reagir às acusações do MDM, o presidente do Conselho Municipal de Chókwè, Jorge Macuácua, confirmou a ocorrência da vandalização da sede do MDM naquela autarquia, mas nega que o ataque tenha sido feito por membros da Frelimo.
Macuácua alega que o ataque foi perpetrado por “residentes” de Chókwè que ao se aperceberem da existência de uma bandeira de um partido político numa residência sem prévio aviso dirigiram-se para o local para pedirem explicações.
“Não foi um ataque, mas, sim, um protesto dos munícipes de Chókwè contra a existência de uma bandeira hasteada numa residência localizada num dos bairros do município de Chókwè”, comentou Jorge Macuácua, ignorando a presença no grupo de insurrectos do “vereador de urbanização e chefe da mobilização”, como acusa o MDM.
A nossa Reportagem tentou contactar o comandante distrital da Polícia de Moçambique em Chókwè, mas ele disse-nos que estava “reunido”. Prometeu retornar a chamada depois da reunião, mas não cumpriu a promessa e dessa forma impediu-nos de trazer aqui a versão da Policia.
Desde sábado que está a haver escaramuças no Chokwè perpetradas contra a sede do MDM por alegada instigação de membros do Partido Frelimo naquele município de Gaza. 
Ontem a delegada do MDM na província de Gza estava pessoalmente numa esquadra no Chókwè a apresentar queixa pelo roubo da motorizada do delegado do MDM no distrito.
Desde sábado que tem vindo sucessivamente a impedir que o MDM estabeleça a sua sede no Chòkwè.
A sede do MDM foi completamente vandalizada. Trata-se de uma casa particular arrendada.
O MDM diz ter apresentado queixa formal à Polícia da República de Moçambique, aguardando agora pelo procedimento judicial. (Raimundo Moiane)
Imagem: Manuel de Araújo, presidente do município de Quelimane  

Sem comentários: