quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Calemas na Ilha de Luanda atemorizaram os moradores daquela comuna da cidade capital.



QUINTA, 31 DEZEMBRO 2009 15:13 HELDER LUANDINO

Fortes ondas desalojam população da ilha de Luanda. As calemas forçam famílias a passarem quadra festiva ao relento.

Calemas na Ilha de Luanda atemorizaram os moradores daquela comuna da cidade capital.

Tudo aconteceu durante esta madrugada quando os moradores da ilha de Luanda se viram invadidos pelas fortes ondas que se abateram contra as suas residências.


As calemas provocaram assim grande a destruição de haveres e um curto-circuito.

Durante as primeiras horas desta manha, o cenário registado na ilha de Luanda foi de muita agitação por parte da população que até então se encontrava apavorada com o sucedido;

As calemas causaram também consequências, aos pescadores e proprietários de viaturas,

As águas do mar invadiram ainda o asfalto desde a primeira rotunda até a floresta da ilha de Luanda causando então congestionamento ao trânsito.

Já no local a administradora municipal da Ingombota fez saber que já haviam alguns indícios do sucedido durante a tarde de quarta-feira.

Susana de Melo disse que as autoridades de direito não foram apanhadas de surpresa e que tudo estão a ser fazer para se devolver a tranquilidade a população da ilha.

Ouvíamos a administradora municipal da Ingombota Susana de Melo, que falava relativamente as calemas que desta madrugada na ilha de Luanda.

Como consequências, muitas residências foram invadidas pelas fortes ondas que se abateram, alguns pescadores perderam as suas chatas e muitas viaturas ficaram enterradas.

De realçar que foi necessário a intervenção de homens e máquinas do governo da província de Luanda e da Odebrecth que procuravam limpar a estrada e desenterrar as viaturas presas pela quantidade de areia arrastada pelas ondas.
Como consequências, muitas residências foram invadidas pelas fortes ondas que se abateram, alguns pescadores perderam as suas chatas e muitas viaturas ficaram enterradas.
De realçar que foi necessário a intervenção de homens e máquinas do governo da província de Luanda e da ODEBRECTH que procuravam limpar a estrada e desenterrar as viaturas presas pela quantidade de areia arrastada pelas ondas.

A Epopeia das Trevas (83). Porque o meu petróleo e diamantes estiveram, já aqui não restam, estão muito além do mar


O alvoroço dos novos-ricos na caça cobreada sem pausa
não deixam que descansemos, de revolver o intacto
Nem sobras, nem quebras, nem protestos
Que somos abençoados com notável cheiro em polvorosa
Dai aos novos senhores, o que é deles
A submissão dos iletrados é pertença dos escravos

Danço e não encontro o centro do meu Universo
Milénios são passados no meu rosto
Do crispar, do ranger de dentes
do rosnar eterno

Normalmente tenho a pretensão de dizer tudo
Ao silêncio imposto de todos os dias
Que nascem e escondem a minha máscara
eleita do meu coração sem deleite
Rapidamente vê-lo destroçado
o meu país, Angola

As estradas e os comboios são a nossa distracção. Alimentam muitas cargas e poucas descargas. Conjuntos de metal que circulam carregados até ao mar. Petróleo, cobre, zinco, ouro, urânio, diamantes… muitos metais raros. Depois exportam-nos, aviam-nos. Permitem-nos observar essas mercadorias -fotografá-las não porque o deus marxista-leninista está sempre presente – que impedem o nosso sustento. Depôs os marxistas-leninistas abandonam-nos oferecem-nos a abastança da fome negra. Angola, Etiópia, Libéria, Sudão, e muitos mais …

O desgosto económico, a corrupção, a arbitrariedade
Perdi as incontáveis vezes em que fui libertada
por soldados-ditadores

Para onde irei, não sei, roubaram-me o
casebre
e as orquídeas dos jardins
Sem perfume, com azedume, para onde irei
não sei
Lembrem-se de mim, ando por aí à procura
Dalgum governante honesto. Digam que nunca mais acaba
o meu tormento
Grito no mais profundo virgem florestal
digam, procurem o nosso Deus ancestral
Se o encontrarem nos círculos sagrados
quando ousarem ir ao profundo da floresta sagrada
Lembrem-se de mim, não receiem, lá estarei

Tragam-me um navio sem escravos
sem presentes e sem presidentes eternos

Tento recompor os destroços perdidos
dos barcos que encalham nos meus olhos
Passeando, sulcando o oceano das minhas lágrimas
Sempre na procura mais longa que prometi
voltar e lembrar dos vinte da praia de Jamestown

Mendiga na rua nua sem espelho para me mirar
Digam-me para voltar a lutar
e rematar, e matar
Perdi-lhes a vontade, já não os amo
odeio-os
Porque o meu petróleo e diamantes
estiveram, já aqui não restam
estão muito além do mar


«É preciso ser preto para ser angolano?
É preciso ser preto para ser da UNITA?
Para os que estão por dentro dos meandros da política angolana, as minhas posições são claras. Para os que estão por fora, em particular para os meus amigos portugueses, tais posições poderão parecer contraditórias. E isto porque, usando o mais nobre critério jornalístico (a liberdade), tanto critico o MPLA e o Governo angolano (são ambos a mesma coisa) como o faço em relação à UNITA e ao seu Presidente.

Sou angolano, nasci em Angola, lá estudei, brinquei, cresci e me fiz homem. Mesmo que tenha sido obrigado pelos acontecimentos históricos a abandonar o país onde nasci, e a utilizar a nacionalidade portuguesa dos meus pais, o meu coração esteve lá, está lá e estará sempre lá, quer o MPLA queira ou não, quer a UNITA queira ou não.

Nunca me conformarei com o estado a que o meu país chegou. Nunca me conformarei com a miséria, a fome, a indignidade, o roubo e tudo o que de mau tem acontecido no meu país. Não acredito que tudo isto seja consequência da guerra e estes últimos sete anos de paz, confirmam que todo o mal que existiu e que continua a existir se deve aos governantes do MPLA.

Duvidam? Em sete anos de paz, nada mudou. A fome, a miséria, a indignidade, a mortalidade infantil, os roubos, os assassínios e tudo o resto continuam a somar pontos na minha terra porque, de facto e de jure, poucos têm milhões e milhões têm pouco ou nada.

Portanto sou militante e conscientemente da oposição ao actual Governo angolano e ao partido que o sustenta, o MPLA.

E, quer acreditem ou não os que estão dentro, fora, ou fora e dentro, sou “militante”, ou pelo menos assim me considero, da UNITA.

Compreendo que muitas das minhas posições contra a actuação da UNITA não sejam bem aceites por muitos dos seus militantes, desde logo porque – também no Galo Negro – ser branco nada ajuda a ser considerado angolano.

Aprendi ao longo da minha vida que não me sentiria bem se ficasse quieto perante o que considero errado. E muitas das vezes não estou de acordo com a actuação da UNITA e da sua actual Direcção. Ou mais grave ainda, com a sua não actuação, um misto de passividade e lentidão que não se coaduna com quem quer ser alternativa de poder.

A UNITA foi dirigida durante muito tempo por alguém cuja estatura e inteligência eram suficientemente grandes para que os seus militantes estivessem descansados. Quando Jonas Savimbi foi assassinado, a UNITA considerou que a democracia interna era a única hipótese que tinha de sobreviver. E estava certa. A democratização interna fez o Partido sobreviver e fortalecer-se.

O que eu critico muitas das vezes na UNITA é a falta de acção, de actuação, a maneira burocrática e prenhe de lentidão como tudo é decidido, o arrastar das decisões, discutidas até à exaustão numa democraticidade interna que se é boa ao nível das grandes linhas, é um empecilho ao nível da execução, parecendo-me muitas vezes um claro exercício de suicídio político.

Comparativamente, o MPLA está em todas, lidera em força e com alguma qualidade (reconheço) quer as acções internas quer externas, vai somando – em Portugal, por exemplo - apoios em todos os estratos políticos, empresariais e intelectuais, para além de alargar os tentáculos do partido/regime a um cada vez maior número de empresas portuguesas.

Quanto à UNITA, qualquer branco que se aproxime é considerado suspeito... até prova em contrário. Há excepções, há sim senhor. Mas essas excepções servem apenas, e infelizmente, para confirmar a regra.

Contudo, manda a verdade que se diga que é mais fácil a qualquer branco singrar no MPLA do que na UNITA. É pena. Isso não signfica que, no meu caso, mude de trincheira ou engrosse a coluna dos que se afastam sem destino determinado.

Se, em 1975, Rosa Coutinho e todos os seus lacaios não alteraram as minhas convicções, não é agora que alguém o conseguirá fazer. Mas que somos cada vez menos... isso somos.»

Imagem: http://www.chargeseditoriais.com/

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Construir a informação do futuro


Por uma informação ao serviço do Povo, lutemos e implantemos a nossa gloriosa revolução marxista-leninista. Transformemos a novel classe operária da informação, como o exemplo a seguir dos lutadores incansáveis que sem salários dão o seu melhor. A nossa revolução prosseguirá inabalável com tais abnegados exemplos.

Vivam os camaradas trabalhadores da gloriosa Rádio Nacional de Angola sem vencimentos!
Viva a novel informação revolucionária!
O marxismo-leninismo triunfará!
«Jornalistas Da RNA Reclamam Atraso De Salários


Lisboa - Os trabalhadores da RNA reclamam em silencio pelo o atraso de salário do presente mês e responsabilizam o Ministro da comunicação social, Manuel Rabelais pelo cenário de “frustração” que enfrentam nesta quadra festiva.

Fonte: Club-k.net
Cabaz de natal fornecido pela empresa da esposa do Ministro

De acordo com informações internas, era suposto receberem, no principio de Dezembro, o ordenado do corrente mês e o décimo terceiro ao que não aconteceu. Dizem os trabalhadores que apenas receberam cabaz de natal preparado pela Sucrimat, uma empresa apresentada como pertença de uma das esposas de Manuel Rabelais.

Uma das motivações ao qual responsabilizam, o titular da comunicação social pelos atrasos dos salários prende-se pelo facto de ser o mesmo quem deveria assinar os cheques de autorização. “Tudo depende do Ministro, é ele quem autoriza os cheques, desde que ele saiu nenhum director teve autonomia” lamentou uma fonte idônea acrescentando Manuel Rabelais “reúne com os directores todas as sextas feitas” mas não aborda a questão dos seus salários.

De recordar que em Dezembro do ano passado os trabalhadores da RNA viveram um cenário idêntico. Os mesmos não podem falar publicamente ou passar a informação nos microfones com receio de sofrerem represálias. Quanto a TPA, Jornal de Angola e Angola, os seus funcionários tem os ordenados em dia segundo confirmação de fonte competente.»

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Conselho Nacional da Comunicação Social



Imagem: Mulher nua do pintor impressionista Renoir em exposição no museu do Louvre.


«1- Apreciada a queixa do Ministério da Comunicação Social contra
o Semanário Folha 8 por inserir na sua edição de 07 de Novembro de 2009 uma matéria “atentatória a ética e moral públicas”, o Conselho Nacional de Comunicação Social com base nos elementos de facto e de direito trazidos ao processo, delibera considerá-la procedente por entender que a matéria publicada por este jornal objecto do presente processo fere os princípios da deontologia profissional e constitui do mesmo modo um deliberado atentado a ética e moral públicas.»

“atentatória a ética e moral públicas”,

Vejamos o que nos diz o oficial e actual Dicionário Houaiss da Língua Brasileira:

Fodido
adjetivo e substantivo masculino
Uso: tabuísmo.
1 que ou o que está perdido, sem saída
2 que ou aquele que está em péssima situação financeira; arruinado

Iamgem: http://arteeroticauniversalmuseum.arteblog.com.br/125034/MULHER-NUA-OBRA-DE-RENOIR-PINTOR-IMPESSIONISTA/

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

As bombas


O ser humano não tem qualquer finalidade ou utilidade na génese humana. Ele é a erva daninha da Natureza. Muito especiais são os especuladores imobiliários que nos transformam em cães. Não vivemos nas cidades deles, mas sim em canis de betão. São bombas, são terroristas dos imóveis e ninguém ousa gradeá-los.

Vejam o que fizeram com a democracia. Os capitalistas alteraram-na, adulteraram-na. Só os capitalistas milionários são exímios democratas. Hoje a democracia é como a religião. É um rebanho de escravos prontos para a imolação no precipício. As democracias fabricam o terrorismo e depois vivem aterrorizadas.

Há sempre documentários diários. Não sei para que é a servidão de qualquer acontecimento mundial, este ser obrigatoriamente comentado pelo Papa vaticinador do Vaticano. Mais parece um comentador desportivo. E como é fácil ludibriar as massas sim e não católicas, garantindo que a jovem Susanna Maiolo que o atacou sofre de perturbações mentais. Porquê esconder a verdade? O que realmente aconteceu? Que amargura vive essa mulher? Que atrocidades lhe fizeram?

Imagem: http://olhares.aeiou.pt/

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Era um reino muito engraçado. Um conto de natal


A Patrícia Martinelli
Era um reino muito engraçado, tinha muito petróleo mas não tinha nada. Era um reino muito engraçado, tinha muitos diamantes mas não tinha nada. Era um reino muito engraçado, tinha uma barragem gigantesca mas não tinha luz. Era um reino muito engraçado, tinha muitos rios mas não tinha água. Então o que é que esse reino tinha?! Era um reino muito desgraçado, tinha muitos idiotas no poder.

A governança afadigava-se atípica e escusava-se, especialmente o Ministério da Energia Jingola que garantia sempre a mesma coisa, sempre o mesmo estado de sítio: «Que a iluminação pública melhorou. Novas centrais na capital geram energia sem cortes. E que estão a ser criadas condições para melhorar o fornecimento de energia à capital de Jingola. E mais, que o fornecimento de energia na quadra festiva está garantido. E lembram que na época da quadra festiva, o Ministério cria, todos os anos, um programa especial de acompanhamento e prevenção na área da distribuição de energia para se evitarem cortes e outras anomalias que perturbem o normal funcionamento de energia.»

Alheias a estes sortilégios, a tia Lwena, a tia Marta e a tia Emília denunciam à vez o seu jornal pessoal de notícias. Estão na entrada do seu prédio sentadas. A tia Emília está com a sua caixa térmica na venda de gasosa. Ela e a Marta trocam dólares e vendem cartões de recarga de telemóveis. A Lwena assiste-lhes nas conversas. São muito religiosas, muito supersticiosas, muito fanáticas. Estão como num templo de Cristo destoado no tempo. A tia Lwena inicia as últimas do seu jornal:

- Os sul-africanos estavam lá na empresa, estava tudo bem. De repente apareceram os portugueses, eles parece que são como os fantasmas, aparecem assim como do nada. Ludibriaram o meu filho com as prendas do Natal. Só lhes deixaram uísques, essas bebidas que ardem, tá a ver mana, não é?!
A Emília anui contristada. Ela tem estudos, até já trabalhou muitos anos numa farmácia. Também costuma dar dicas sobre medicamentos. Cansou-se porque o salário que usufruía não dava para o gás da cozinha. Insurge-se em defesa da sua companheira de infortúnio:

- É o elementar saudosismo colonialista, revanchista do povo que infelizmente se tornou no mais desgraçado da Europa. Esses portugueses também mana… está tudo bom, onde eles chegam fica tudo bem podre, estragam tudo.
A Marta não é muito condescendente, na verdade é agressiva. Cara de santinha mas quando se enerva gosta de exibição. E reforça as suas manas:

- É mesmo verdade manas, e então onde há vinho fazem muita confusão. São muito atrasados. Involuiram muito. Quando me chatearem vou-lhes atirar montes de pedras nos focinhos deles. Chegará o momento em que esses que nos governam e mais esses estrangeiros nos pagarão por todos os males que nos fazem. Isto é o sinal do fim dos tempos. Manas, se olharem bem para o céu já se notam alguns sinais da vinda do Senhor. Eles que se cuidem, mas não adianta porque não se salvarão, já é tarde demais. Hum! Manas, sabem que mais? A melhor?

- Não mana, conta lá, é o quê? - Agitaram-se as duas.
- Então este nosso reino também… só nos garante água, luz e protecção policial uma vez por ano. Mas que porra de reino é este?! Deve ser um daqueles universos paralelos que o meu filho me disse que viu do filme da BBC. Então só existimos uma vez por ano? Só na quadra festiva e nos outros dias… nada. É mesmo puro africanismo. Se a luz faltar é bem feito. Também tão fraca como está. Isto de sermos africanas á toa acaba quando?! Cada vez piores!
- Mana, não rogue pragas, senão vai estragar a nossa quadra festiva. Não dá fazer blasfémias porque o demónio agora anda muito… está sempre atento. Ai meu Deus, sinto que vamos ficar sem luz e sem água! Deus devia era arrasar esta merda toda. Mas não vai demorar, depressa esta merda vai acabar. – Confessou com convicção a tia Lwena.

A Emília ajunta sobre a costumeira escuridão que invade de prontidão a capital do reino Jingola.
Manas, aí numas ruas estão há quatro dias sem luz. Já se cansaram de escavar nos passeios, nas ruas… está tudo estoirado como no Iraque. Continuam nas buscas da avaria, onde o cabo está estragado. Dizem que pode demorar horas, dias, semanas, até resolverem esse mistério do cabo eléctrico.
Como é dia 24, véspera do Natal, as tias arrumam as suas tralhas e rumam para as suas casas, desejando como é obvio as recíprocas boas-festas. E o lamento habitual de todo o Jingola: «Lutámos para quê! Jingola está outra vez na mãos dos estrangeiros!

Dia 25, Natal. Está tudo numa boa. Nalguns lares jorra a ostentação da espoliação petrolífera e demais riquezas Jingolas. Nestes nunca há problemas… por enquanto. Na quase totalidade os pobres lares Jingolas jorram da atribulada miséria. Estes não têm direitos. Os senhores Jingolas aldrabaram-nos com a liberdade e forçam-nos a uma escravidão indescritível perante o escárnio das matilhas estrangeiras.

Então aconteceu: mesmo naquele momento em que todos estão de plantão para atacar os comes e bebes que invadem mesas e copos. Tumbas, a luz foi-se e em seguida a água. Então as crentes tias reúnem-se como um desses comités de especialidade, de emergência para analisarem a situação. A tia Lwena, fervorosa crente é a primeira na manifestação:
- Aiuééééé!!! Manas, manas, manas! É o sinal… ele chegou!
- Ele quem?! - Atrapalha-se a Marta.
- O Senhor, pois quem mais havia de ser?!
A Emília corrobora-as e atira-lhes a santa bênção da finalmente chegada do Senhor à Terra para redimir os vivos e julgar os mortos.
- Manas, já sabem como é!
- Sabemos mais o quê?! – Juntaram-se em coro a Marta e a Lwena.
- Atirar tudo fora, incluindo o nosso dinheiro, porque este é o derradeiro sinal da vinda de Deus. Salvemo-nos manas… e assim seja.
- Ámen! - Sentenciaram-se.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

A Epopeia das Trevas (82). Não é o armamento que ganha uma batalha, é o engenho humano


Desumanamente algemada, transportada nestes outros navios de maremotos tormentosos. Da torpe governação que suga tudo o que é dólares para eles. E para a população o abandono. Perante o silêncio e o cinismo da democracia Ocidental. Que enviam os seus bancos para nos dizimarem. Não sabem que promovem o terrorismo dos esfomeados mundiais e mais estes locais. E contudo o Iraque, o Afeganistão e o Paquistão animam-se contra o assédio deste terrorismo Ocidental.

Desprezam-me longe do luxo dos salões deles, em leilões, onde admiram, saboreiam, compram o meu ventre, os meus seios… e a exposição da minha nudez

Milhões de manos e manas lá foram sem direito a bilhete de passagem, e tantos e tantas não passaram na Passagem
Os comerciantes perante a pressão da abolição da carne para abutres e tubarões, defendem que isto afecta o seu sustento e o das suas famílias

Fiquei muito preocupada com 1880 a 1914. Obrigaram-me a assinar tratados de protecção com metralhadoras na mão. Não havia nada que não estivesse anexado. Os Brancos eram bem recebidos, retribuíam-nos com a sua poderosa metralha

Saltei da manhã e o dia viu-me. Terminou muito rápido
Durmo apenas para esquecer, ludibriar a fome que me assola
Quero que as noites acabem depressa
para conseguir viver mais um dia
De um sonho ultrajado sem final
Viver não é um sonho
é um pesadelo
uma curva sem final
na vida brutal
Não posso vender o assobio do vento
Fico como que parada, indecisa
quase como uma estatueta
de marfim

Somos multidões de estátuas estáticas
sem infinito, sem percepção do longínquo futuro
Da pensativa tristeza do pesadelo que me não abandona
De manhã desperto e outro pesadelo me espera
O pesadelo do dia a dia
das baionetas

Três condições definem o ser humano
Em pé, sentado, e deitado no eterno

Ajudei os Zulus. Derrotámos os ingleses e os Africânderes
Depois fomos vencidos, humilhados, devido aos trovões
Às tempestades das armas poderosas
Não é o armamento que ganha uma batalha, é o engenho humano

Era feliz antes deles chegarem. Estava no paraíso
não me preocupava nada com a comida
Havia-a aos pontapés. Mangas, bananas, abacaxis
lagostas, gambas, muita peixaria

Encostaram-me à parede da discriminação racial
Colaram-me um papel que me identificava
Negra sem paraíso na terra perdida
Apenas obtendo o direito autoral
de ficar calada
Os missionários enfrentavam o secular silêncio
da bondade divina. Do pouco fazer, da negação animal
irracional

Existo invisível, sem estatísticas
Sou um zero negativo

Terror no Cacuaco. Governo de Luanda deseja boas-festas



Banco Millennium Angola, um banco demasiadamente burro

O Governo provincial de Luanda ordenou a destruição das casas de mais de mil famílias no Cacuaco, arredores de Luanda.

Com todo o aparato possível e imaginário – próprio dos regimes marxistas-leninistas agonizantes – de tudo o que é farda militar, arrasaram tudo o que era habitação populacional. Segundo uma testemunha, uma vitima foi ENTERRADA VIVA.

É fácil imaginar o espectáculo de terror que este governo legitimamente Nazi causa. Que boas-festas… ver crianças, seres humanos a viverem como animais no dia de Natal… sem nada, apenas… porque os terrenos são reservas do Estado. Está bom de ver que são as habituais negociatas bancárias. No Natal e Ano Novo?!!!!

Isto é um abominável crime que não pode ficar impune.
O marxismo-leninismo regressa em força. E a violência atrai violência. Isto não pode mais continuar.

Entretanto fazendeiros em Viana denunciam que chineses já são proprietários das suas terras. A continuar assim é mais guerra que aí vem. Porque a relação com este governo é de pura confrontação. Angola está uma selvajaria inqualificável. E não deve continuar assim por muito mais tempo.

Isto já faz reboliço nos nossos estômagos, e quando assim é…

Fonte: baseado no noticiário da RÁDIO DESPERTAR

Imagem: FOLHA 8

Abandono de trabalho (?). Ou colocação de estrangeiros?


Banco Millennium Angola, um banco da maiuia

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

A Epopeia das Trevas (81). Amarelo moribundo acastanhado igual aos corruptos e especuladores



O sol como uma gigantesca cortina afastada
entrou de rompante na cidade
As plantas suplicaram-lhe mais água
Preocupou, acalorou
Debalde nas cabeças em indianas filas
baldes vazios, suplicantes no gotejar
despótico das guardas especiais
e presidenciais
antes do próximo cacimbo

O sal valia o meu peso em ouro
O rei do Gana enriqueceu-se como os actuais
por causa do ouro dele.
Estes são reais e marginais que enriquecem
o petróleo

Conquistaram-me na primeira aventura europeia
Inauguraram o tráfico de escravos, ouro, marfim
Eram armazéns flutuantes com escravos do Senegal e Guiné
E depois no Golfo da Guiné.
Cobre, pano e armas da Europa
O rei do Congo deixou-se levar pelo Cristianismo
E as cobras e os camaleões ignoraram os meus feitiços

O silêncio nocturno invade a cidade
com nuvens de tiros antes da tempestade
Aqui e ali pressentem-se estrondos
A violência do silêncio invadiu a cidade

Num recanto da clínica a filha lutava com a vida da mãe
A filha com a vida nas mãos
A mãe deitada nas mãos da vida
A lida lutava escarpada nas mãos
Feita clamor, intentos tardios filiais
A mãe parecia, perecia uma beleza do eterno

A cidade secou-se e locupletou-se
de pó
Amarelo moribundo acastanhado
igual aos corruptos e especuladores
estupores. Aos espantalhos imobiliários
A chuva chegou, trouxe muitos baldes e vassouras
Choveu muita limpeza. Renasceu a esperança verde
Do formigar das pessoas com e sem destino
repintando o quadro milenar da divina fome

A América redescoberta demandava escravos para a Europa
Caribenhos plantados nas plantações e mergulhados nas pérolas
Índios minados nas minas de ouro e prata até à exaustão da morte
Trocados, substituídos pela resistência africana
Da magnanimidade colonial, original comércio português e espanhol
O lucro, o único aspecto atraente do incôndito humano competia
Ainda hoje não se fartaram os cofres da acumulação mundial
Dos holandeses, suecos, dinamarqueses, alemães, franceses, e ingleses
Fortificaram a África Ocidental
A fábula da minha escravidão lucrativa veio com a intolerante cooperação
Da avidez e conivência de africanos
que nos entregam aos estrangeiros
como mão-de-obra escrava
para pagar os luxos palacianos das suas guardas presidenciais
e governos de fingir

Sempre mais em frente, sempre mais em frente, estava a cana-de-açúcar
e as plantações de cravo-da-índia

Imagem: Angola em fotos

A intolerância zero e o biãngulo das Bermudas (fim)



A vanguarda marxista-leninista vencerá. Prometer sempre a mesma coisa e não fazer nada é o nosso lema. Apesar de moribunda a nossa população confia cegamente em nós. É que as nossas forças de dissuasão vigiam. Todos são patriotas. Não existem descontentes, tudo e todos são felizes debaixo das baionetas caladas dos nossos exércitos que controlam e abatem qualquer intento de manifestação, tumulto ou revolta.

Viva a doutrina marxista-leninista. Sob o comando dos nossos deuses líderes, os nossos olhares e mentes iluminam-se como uma gigantesca árvore de Natal.
Mas porquê em pleno 2009 ainda existem coisas destas? Será que a humanidade caminha outra vez para as ditaduras férreas? E porquê os campeões da democracia apoiam ditadores e promovem a espoliação das populações em nome da democracia? E mais porquê continuamos a viver nesta ignomínia? Quando é que estas coisas acabam? Quando e como terminará esta humilhação? Este campo de concentração?

Restam três democracias: Uma só para brancos, outra só para negros e outra só para bancos. Claro que isto é discriminação democrática. É impossível a sobrevivência da democracia com o actual, sempre o mesmo sistema bancário. O terrorismo do capitalismo bancário retorna mais avassalador, inalterável. Outro Iraque, outro Afeganistão e mais outro Paquistão também. O inimigo número um da paz mundial é o horrível sistema bancário milenar que teimosamente nos afunda, nos desumaniza e espolia. Daí a força imparável do islamismo.

Em Luanda quando abrimos as janelas, aspiramos o cheiro do napalm dos geradores eléctricos do Poder anárquico e mortal. Luanda, campeã mundial dos apagões e infestada de feitiçaria. E quem subir no emprego é morto. Sempre mais um Iraque e outro Afeganistão.
E todos os dias os preços sobem. Todos sabemos qual é a origem. Ouvimos a conversa habitual que: «vamos tomar medidas!». Contra quem? Contra a FAMÍLIA?! Luanda está outro Portugal, com a mestria que se lhe conhece.
Luanda está tão maravilhosa com o napalm da civilização. Com torres, condomínios e prédios dos milhões de dólares desviados dos partidos casebres. Luanda é dos filhos de um presidente. Luanda existe, Angola já não.

É Luanda só para o CAN2010. E limpam-lhe as ruas da arraia-miúda porque parece mal com tantos estrangeiros maioritariamente africanos que estão a trafegar. Como se eles não soubessem o que é miséria. Não… é só por causa de alguns brancos que não suportam moscas verdes que rodeiam negros.
E a hipocrisia internacional à Ocidental deslava-se, apoia, força até caírem de podres os dois dedos de uma mão que nos oprime.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

A Epopeia das Trevas (80). E em três universos paralelos. Império, poder, miséria



A vida só tem sentido
Se a conseguirmos viver
Faltam-me beijos no meu ventre e nos meus seios
na calada das noites agitadas

Aspirei a ser culta e boa profissional. Queria viver em paz
não é política… é um facto
Nestes tempos camuflados observo um grande mérito
A mentira da harmonia racial
económica e social
O extermínio do povo da Nação Angola
desta Nação

Vieram de tão longe, passaram por aqui
e aqui ficaram
Quando deixar de viver espero deixar algo
Que a minha estadia não foi em vão
Foi alegria deixar a minha gratidão

Nesta Angola
os que lutam pela sobrevivência sucumbem
Os que governam permanecem
Os mortos vão aumentando… nunca diminuem
geneticamente invulgares

Tantos tempos perdidos na busca de Deus
E Ele está no nosso cérebro, no pensamento, na nossa mente
Arrasto-me em três dimensões. Ser, estar, ficar
E em três universos paralelos. Império, poder, miséria
A História é a inspiração dos idiotas ao poder
ou as multidões de esfomeados que aspiram a comer
Quando as democracias não funcionam
os extremos atacam e tomam o poder

Vêem-se muitos carros com enfeites
o do poder é um deles
Nunca vi tantos idiotas no poder

A chuva já chegou a Benguela
vai chover no Huambo
As crianças vão brincar muitas vezes nos lagos da chuva
As crianças serão marinheiros
a navegarem nos lagos sem vida

Tentei mergulhar no abismo da noite
Dos quase cinquenta anos de poder
E vi Angola assolada de cadáveres
da orgíaca ditadura
Restava a suavidade longínqua da música
Quanto mais me aproximava
mais ela se afastava

A música como mulher virgem
aprendendo os caminhos sem amor

A suave borboleta efémera abriu as suas asas
voou, poisou no monitor
Abriu para sempre as suas asas
coladas nas mãos do Programador do Universo

A intolerância zero e o biãngulo das Bermudas (2)


As kinguilas (mulheres que cambiam divisas) na Mutamba, na baixa de Luanda, surraram nos fiscais do GPL-Governo da Província de Luanda.
Dois mil trabalhadores do GRN-Gabinete da Reconstrução Nacional da Presidência da República de Angola, há três meses sem vencimentos manifestaram-se. Pelo menos quatro foram presos. Dos vencimentos nada se sabe. In Rádio Despertar

Se até a Caixa Social das Forças Armadas Angolanas também não paga e cortou os subsídios… nem general escapa. In FOLHA 8
Só há dinheiro para estádios e para CANS2010, 2011, 2012…

Tudo soçobra. Está na hora das demissões voluntárias dos governantes e da hipocrisia da FAMÍLIA, dos portugueses, brasileiros e chineses.
Estamos numa zorra total. Noutro Iraque, outro Afeganistão.
Estrangeiros nacionais, internacionais e angolanos de ocasião! Deixem-nos viver como bantus. Não nos imponham os vossos modos de civilização exangue sem vida. E não adianta igualar-nos ao Dubai porque faliu.

Não são bancos, são cantinas e cantineiros disfarçados de banqueiros. Se em Portugal é assim, que será com estes gentios em Angola?
A nobreza tem luz dia e noite, a plebe só no dia de Natal e ano novo. Isto é mesmo à medieval.
Quem não pega num livro é escravo do outro que lê. Um governo que fomenta o analfabetismo na população vende-a aos estrangeiros. Angola, lá porque tem petróleo não é por isso que deixe de ser mais um estado falhado.
Enquanto a população espoliada e abandonada extingue-se nos campos da morte, reunido, o Conselho de Ministros do Governo de Angola preocupou-se com o CAN 2010.

Não há nada, absolutamente nada de negócios, de economia, de finanças, etc. Apenas roubar. E quando fazem, faziam, uns negócios ficavam imensamente felizes. Convencidos que burlaram os outros, quando na realidade eles foram os verdadeiros burlados. Com estes acontecimentos é tempo de mudar as fraldas ao sistema económico, acabar com os bancos e apear os idiotas dos governos que a coberto da democracia lá se enfiaram.
Bancos do terror em Luanda sem petróleo. No dia 15 de Novembro de 2009, na agência do BPC-Banco de Poupança e Crédito da Maianga, um familiar queria levantar oitenta mil kwanzas e o funcionário respondeu que o banco não tinha dinheiro.

O meu familiar girou por quase todas as dependências bancárias de Luanda e informaram-lhe: «Estamos sem dinheiro.»
No mesmo dia desloquei-me à dependência do banco BPC na Sagrada Família para reconfirmar a anomalia bancária. Queria levantar 5.000.00, cinco mil kwanzas para pagar a taxa de circulação automóvel e a resposta reconfirmou-se: «Estamos sem dinheiro.»
Será que o dinheiro foi todo para o CAN2010? Ou bazou para o estrangeiro?!
Consegui ainda apurar que quem tem quantias de vulto vive aterrorizado, sem futuro. Imagina, receia que vai ficar sem o dinheiro depositado pois claro.

A INTOLERÂNCIA ZERO
Estamos perante mais uma manobra de diversão do timoneiro da revolução angolana.
Luanda, capital mundial dos apagões. Luanda 07Dez09. Mais um apagão das 09.55 às 17.30 horas. Em saudação ao VI congresso do MPLA obrigámo-nos a mais um corte glorioso, revolucionário apagão. Entretanto, de mais este congresso nada de novo há a assinalar, exceptuando a renovação da ditadura marxista-leninista. Convém salientar que no marxisno-leninismo não existem eleitores, população muito menos. Tudo o que for vivo é carne para canhão.

Imagem: Folha 8

Angola, a maior vigarice de todos os tempos

Angola não tem energia eléctrica. Angola está no caos económico e social. Governada por meia dúzia de colonialistas está um oásis para as companhias petrolíferas. Espoliam, dizimam pela fome as populações. Não é por acaso que as petrolíferas e os bancos têm colossais lucros, tesouros escondidos. E é isto o marxismo-leninismo.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Até a energia eléctrica o MPLA nos rouba!

Já há três dias sem luz. O MPLA desviou, desvia tudo para o campeonato do futebol deles, essa tralha a que chama CAN2010. O MPLA cobiça, rouba tudo. Que mais sabe ele fazer, nada! A não ser guerra. E prepara outra para acabar com toda a oposição por causa do golpe de estado do Plano C. Mas não a ganhara. Desta vez vai levar uma surra daquelas.
Mas não vale a pena! Isto e África, Angola, não tem qualquer valor.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

A Epopeia das Trevas (79). Não são lendas urbanas, é a realidade do rei, do chefe real sacana


Oiço todos os dias a alienação da governação:
«O nosso petróleo e diamantes»
Lutámos contra o colonialismo Ocidental
Agora lutamos contra o colonialismo Angolano
Repito-lhes! Não matem porque também serão mortos!

Na igreja sem maná rogaram-me para oferecer-lhes
um carro de passageiros, que depois Deus dar-me-ia tudo
Eles para beberem, elas para despirem e vestirem

Encostei a minha formosura no ombro da suave árvore
Como um viajante muito cansado
transpirando o africano calor
do ardente opressor
Deitei-me olhando o céu
Adormeci e acordei antes da lua se despedir

O meu país ficou independente
Antes vivia com um branco, depois casámos
Só os nomes que me chamaram!

Quando o pensamento é incómodo
as portas da censura e do racismo abrem-se
Atirámos os livros para o lixo alegando que estavam serviçais
do imperialismo e do capitalismo
não serviam o comunismo
Andámos, andámos e não parámos
tentámos a alfabetização, caímos na solidão

Sou algures no país do nenhures
Dizem-me que sou como as moscas
a sobreviver
Como os restos da comida que me enviam
Sou o povo que votou na continuação
no esquecimento da escravidão

Não sei nem posso adivinhar
A minha deusa não desperta
do espelho sem imagem
Não voltarei a escutar a sua voz
Profundamente
algemada na margem do capim verde
do rio com peixe petroleado
e na superfície da água do mar

As ruínas dos confrontos militares
eram aos milhares
Lutamos para erguer, reconstruir
prosseguimos sem conseguir
Perdemo-nos no tempo das ideologias
Chumbámos nos exames das democracias
Não são lendas urbanas, é a realidade
do rei, do chefe real sacana

A intolerância zero e o biãngulo das Bermudas (1)


O biãngulo das Bermudas
Contabilidade, para quê…!
«Além disso, muitas dessas empresas mostram erros de contabilização que revelam a reduzida preparação técnica de quem as lidera, sentenciou o ministro, para quem, «sem contabilidade não é possível gerir». Augusto Ferreira Tomaz. Ministro dos Transportes de Angola.» In http://semanario-angolense.com/home/

É o biângulo das Bermudas e os estranhos desaparecimentos de milhões de dólares nos vértices de Luanda e Lisboa. É que no triângulo das Bermudas o que costumam desaparecer são aviões e navios. No biângulo é só dinheiro que se evapora. E tal como no triângulo tudo permanece inexplicável. Grande magia de alguns dos nossos feiticeiros? Parece como os concursos da nomenclatura. São sempre os mesmos que ganham sempre os mesmos prémios. Perante tal quantidade incontornável de acções criminosas é impossível Angola sobreviver-lhes.

Brevemente soçobrará. E quantas mais forças policiais ou congéneres, mais as coisas se complicam. Torna-se impossível o controlo e o pagamento de salários a tanta e tanta gente. E em consequência os desmandos abundam incontroláveis. Se o poder é incapaz, ineficaz de manter os sistemas da electricidade e da água a funcionarem, também será incapaz, incompetente de sanar seja o que for. A não ser apenas interesses pessoais como é prática. É por isso que funciona como um governo de grupos familiares. E isto constata-se facilmente nas leis exaradas que não funcionam. São apenas para casebre ver.

Há bancos a mais, não funcionais. Tal e qual como os ministérios com ministros e vice-ministros a mais. É tudo megalómano. Depois quando se dá por ela o dinheiro não chega. Aí temos outro Dubai. As estruturas de betão estão abaladas.
Mais um revolucionário, glorioso apagão marxista-leninista das 08.00 às 17.00 horas. E injustificam-se como se só eles existissem. Nunca ninguém chega a saber porque os cortes sistemáticos (anunciam a queda do regime?) acontecem. Aqui não há povo. Apenas um só povo e um só palácio que tartamudeia como a luz.

O carro cheio de polícias parou. Lestos alguns saltaram e não se preocuparam com a única coisa honesta que existe em Luanda: os vendedores honestos das ruas. Espoliaram todos os óculos de uma quase criança. Tinha aí doze ou catorze anos. E carregaram-nos, ele e dezenas de óculos. A explicação porque só roubaram os óculos da criança? Para estarem devidamente equipados no CAN2010.

Ontem pelas 17.00 horas vejo uma jovem zungueira na rua com apenas duas vassouras para vender. Há algo de muito errado porque ela quase não consegue manter-se em pé. Deve ter aí uns vinte anos. Chamo a Lwena para garantir que não estou errado. E num lamento estuporado exclamo:
- Lwena, olha… assim quer dizer que ela está completamente na miséria!
- Sim… é!.. deve estar com fome… acho que é por falta de comida.

Hoje pelas 11.00 horas da manhã outra zungueira está com uma pequena banheira com umas parcas coisas para vender. Senta-se, mas pouco depois não suporta a posição, deita-se e dorme. É a fome que a desfaleceu. Um segurança acorda-a e impede-a de dormir. Ela fica especada como uma vítima de um campo de concentração nazi antes de ir para a câmara de gás. Dir-se-ia que escapou do gás mas perecerá no campo de concentração de Luanda.
O governo das trevas encetou o plano final da exterminação do povo angolano.

Imagem: FOLHA 8

Albert Camus. Seu rei Massinissa ficou famoso por sua frase "a África para os africanos".


No monumento dos mártires, em Argel, há uma cripta dedicada aos mártires da Argélia, conhecidos e desconhecidos, que deram suas vidas ao longo dos cento e trinta anos de luta pela independência.

http://www.algosobre.com.br/historia/administracao-colonial.html

Aos olhos do mundo, a Argélia parece uma nação nova. É o segundo maior país da África - um pouco menor que o Sudão - e um grande país, com uma história de mil anos. Os argelinos lembram isso ao mundo com o monumento localizado no alto da capital, Argel. É uma obra-prima da tecnologia moderna, simbolizando a nação e seu povo.

O islamismo é o único traço cultural comum em uma diversificada população de trinta milhões de habitantes. Os antigos habitantes da região eram chamados "amazich" ou "homens livres". Essa palavra simboliza também o desejo de liberdade cultivado pela Argélia durante séculos.

O país ocupa parte do território do antigo reino da Numídia. Seu rei Massinissa ficou famoso por sua frase "a África para os africanos". O neto de Massinissa, o rei Jughurtha, lutou heroicamente contra o Império Romano. Os sóis simbolizam os algerianos de hoje, que devem sua liberdade aos oito anos de luta sangrenta contra uma das grandes potências militares da época, o exército francês. A guerra foi de 1954 a 1962, pondo fim a cento e trinta anos de ocupação colonial.

Tudo começou no palácio do Rei de Argel. Em 30 de abril de 1827, o rei Hussein estapeou o cônsul francês com um abanador de mosca. Esse incidente, seguido do fogo ateado a um navio francês, em 1829, seria pretexto para a conquista francesa da Argélia.

O porto de Argel foi bloqueado e ocupado pelas tropas francesas. As primeiras tropas chegaram em Sidi-Ferruch em junho de 1830. Argel capitulou no mês seguinte, mas os movimentos de resistência contra a França duraram décadas. Um dos principais heróis da resistência foi o emir Abd El Kader, que lutou com sucesso durante quinze anos. Como as tropas inimigas eram mais numerosas, ele acabou se rendendo. Depois de anos em prisões francesas, voltou a viver na Argélia, sendo um exemplo para os argelinos.

Durante a ocupação, os franceses enfrentaram constantes períodos de rebelião, em geral violentas. Os franceses controlavam as leis, a forma de governo, a educação e as instituições sociais. Os argelinos viviam como cidadãos de segunda classe. No período colonial havia uma forma de apartheid, em que quase um milhão de habitantes de origem européia tinha mais direitos legais que os dez milhões de argelinos muçulmanos. As várias promessas quebradas finalmente suscitaram a revolução que germinava há anos.

A guerra começou em primeiro de novembro de 1954, com uma insurreição liderada por um pequeno grupo que criou a Frente de Libertação Nacional, a FLN. Em dois anos, a FLN já controlava dois terços da população muçulmana. Após oito anos de uma guerra sangrenta, a Argélia finalmente conseguiu a independência.
http://www.tvcultura.com.br/aloescola/historia/cenasdoseculo/internacionais/argelia.htm


Os primeiros assaltos proletários em abril de 2001 em Cabila
Em 18 de abril de 2001, explodiram os primeiros distúrbios em Beni-Douala (região de Tizi-Ouzou, na Grande Cabila, 100 km a leste de Argel), depois do assassinato de um jovem estudante como conseqüência da repressão da polícia. Segundo a versão oficial, o estudante foi morto "por uma rajada de metralhadora, disparada acidentalmente por um agente".

Nos dias seguintes, "os distúrbios se estendem a muitos povoados de Cabila, causando dezenas de feridos e importantes danos materiais". (1) "A manifestação de protesto contra o espancamento e prisão de 3 estudantes onde se gritavam palavras de ordem hostis ao poder de Amizour, explodiu em confrontos que se estenderam a toda a região denominada Pequena Cabila". (2)

No sábado, 21 de abril, já "são centenas, muito jovens, freqüentemente estudantes secundaristas, os que manifestavam sua raiva lançando pneus queimando, pedras e coquetéis molotov contra as delegacias de polícia sitiadas de Beno-Douala, El-Kseur e Amizour". (3)

No domingo 22, em Amizour, apesar dos apelos à calma lançados pelas famílias das vítimas e os dirigentes da FFS (Frente das Forças Socialistas, atualmente partido de oposição), "os manifestantes atacam a brigada à pedradas, incendeiam dois veículos da delegacia, assim como a sede da daira [´subprefeitura´] e as dependências do estado no município, e saqueiam os tribunais." (4)

Imagem: http://coromandal.files.wordpress.com/2009/09/albert_camus.jpg

Os cortes revolucionários da energia eléctrica marxista-leninista em Luanda



A nossa revolução contemplou-nos com mais dois majestosos, gloriosos cortes de energia eléctrica nos dias 13 de Dezembro das 15.23 às 20.55 horas e dia 14 de Dezembro das 19.00 às 00.15 horas.

São cortes extraordinários, revolucionários. São os sacrifícios da opção marxista-leninista. É a imolação, a evolução da nossa gloriosa revolução.

O importante é o nosso Politburo funcionar o resto é para liquidar, população incluída, não é para olvidar.

Os estragos continuados da nossa digna opção marxista-leninista continuarão. As nossas forças vigiam e estão preparadas para rechaçar qualquer golpe contra-revolucionário do inimigo imperialista. Com o marxismo-leninismo seremos invencíveis.

Os nossos únicos líderes iluminados garantem a continuação da nossa luta. Ela dominará no Céu e na Terra. Não existirão forças capazes de se oporem aos nossos desígnios. O nosso marxismo-leninismo fortalece-se a cada momento. Não dorme, não come, sempre desperto, atento, porque o imperialismo nunca desarma. Quer-nos forçar ao regresso da escravidão, ao despojo das nossas riquezas. Tudo e todos em Angola são pertença do nosso partido, o inesquecível, o inquebrantável – o invencível MPLA – e apenas dos membros da cúpula do Politburo. Não, não é para mais ninguém. Para a população continuamos a garantir-lhe a fome, o colonialismo e a escravidão.

Os cortes de energia eléctrica continuarão sem apelação porque assim o exige a nossa estrondosa revolução. E das cinzas nascerá o novo homem electrocutado.

O marxismo-leninismo ensina-nos que exterminaremos a energia eléctrica. E provaremos ao mundo a força do marxismo-leninismo sem energia.

Que vivam para sempre os ensinamentos do marxismo-leninismo.

Abandono de trabalho (?). Ou despedimento subtil?


Banco Millennium Angola, um banco da eleição atípica

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A Epopeia das Trevas (78). Um país de futebolistas, cheio de pés, vazio de cabeças


Olho para o cimo e vejo mais alto
um céu, uma montanha que todos os dias
quero alcançar
Depois sinto que ainda não sou capaz
quando o serei?
Falta-me o equilíbrio, a harmonia da tolerância
e uma infinidade de carinhos.
Como procurar
a equidade nos seres humanos e dificilmente a encontrar
Perversos na noite negra, cada vez mais distorcida

Saio do subdesenvolvimento construindo estádios de futebol
Um país faz-se com livros, com futebóis não
Um país de futebolistas, cheio de pés, vazio de cabeças
A bola é redonda, as mentes quadradas, obtusas
Encostam muralhas no meu cérebro para bloquear as suas funções
Injectam-me informação contrariada
partidarizada
para que me mova ao contrário

As explosões das granadas musicais, das festas, farras da surdez neurónica e patológica
Idiotas de mentes fechadas, que nunca se abrem
A feitiçaria expande-se, impõe-se
comanda. É outro treino
noutro reino
Carreguei e descarreguei muito sal para a Europa
e muita liberdade para alguns, pouca, insignificante para nenhuns
Que chegou dos russos e cubanos comunismo para mais alguns anos
agora rastreados pela FAMÍLIA
portugueses, brasileiros e chineses

Os jasmins são um conjunto de pensamentos
Várias harmonias perfumadas de futuro
São ruas perdidas pelo equilíbrio do nosso desentendimento
Sem equilíbrio não alcançamos o nosso ámen
Quando olho para os jasmins recordo a virgindade dos campos
Da terra livre e apaziguadora que me espoliam debaixo dos pés

Seguindo a lei da sobrevivência, lembrei-me, sou predadora
Antes chamavam-me meu lindo serafim
Os meus piores inimigos são os que me governam

Nesta parcela do Continente Negro
O colonialismo e a escravidão continuam
na cor diferente
O inferno da maldade dos homens é igual
A cor mudou os colonialistas não
Receio andar nas ruas, a minha Angola criminaliza-me
Pratico a minha autodestruição
Viciei-me no atirar baldes de águas contaminadas

Aproxima-se o Natal das noites tenebrosas, dos dias sem esperança
Das famílias, das mães longe dos seus filhos órfãos
Enviados para os céus bíblicos
pelo dilúvio das armas depois silenciosas (?)
Que tentam disparar amor e paz
Na tentação dos pais que perdoem aos seus filhos
Das promessas presentes aos corações solitários
Ainda não conquistados em encontros inesperados

Das névoas das cacimbas das minhas lágrimas
Que hei-de transformar em rio
para que mais este Natal não fique seco

E como o melhor que temos
sabemos é continuar, destruir
só nos resta o arrasar, o desabar
das nossas ruínas mentais


O VI Congresso da Ditadura Marxista-leninista (fim)



«No seu discurso de abertura do VI congresso do MPLA, partido a que preside, José Eduardo dos Santos referiu-se ao termo akuakuiza (os vindos de outros lugares), expressão que indica a aversão dos nativos de determinadas regiões do país (Angola) em relação aos quadros de outras proveniências. Dizia JES que "tal comportamento é pernicioso" ao desenvolvimento do país e pediu mesmo o seu "enérgico combate". Se o apelo de JES já peca por tardia, pois os técnicos e quadros doutras regiões há muito são catalogados como estrangeiros no seu próprio país, JES cometeu igualmente um lapso ao não ter apelado ao combate generalizado destas práticas separatistas e tribais a todos os níveis e sectores de actividades do país, referindo-se somente ao combate dentro do seu partido. De um homem que preside o maior partido e o país esperam-se, sempre, discursos de Estado e não circunscritamente partidários, como foi desta vez. Resta-nos agora aguardar que o MPLA, partido que governa Angola, inicie a luta contra a exclusão ou xenofobia interna e que esta luta se estenda no mais curto espaço de tempo a todos os segmentos da sociedade angolana. JES terá também de orientar um minucioso estudo sobre as causas deste destrato que sofrem os angolanos que se dirigem em missões de trabalho a outras províncias (bem identificadas), para se saber se estarão por trás disto sentimentos meramente separatistas, políticos, ou se motivados por "atraso" cultural (acentuada iletracia), falta de oportunidades ou doutra índole, pois regiões há onde se preza mais o estrangeiro branco do que o negro angolano doutra província.» In http://mesumajikuka.blogspot.com/

Só o que faz a Ajapraz, o Fundo Lwiny, a Fesa, o Movimento Nacional Expontâneo, e tudo o mais partidário está certíssimo. Desde que se idolatre o Chefe está tudo bem. Quem não o fizer incorre no crime, está ao serviço de um partido político, contraria o Chefe Supremo. E José Eduardo dos Santos adverte, discorda:

«Entretanto, exprime também a sua discordância com o facto de algumas ONG’s estarem a realizar tarefas e missões que competem aos partidos políticos.»

Em Luanda os fiscais do GPL- Governo da Província de Luanda, acompanhados por polícias e civis saqueiam, espoliam os bens da população. Isto mais parece outro Ruanda. Os próximos dias apresentam-se muito sombrios. É o retorno à barbárie. Esfomeados saqueiam outros esfomeados. Uma vendedora para reaver a sua panela com comida, o fiscal pede-lhe um cartão de recarga para o seu telemóvel. Entretanto o petróleo vai jorrando milhões de dólares que sustentam a FAMÍLIA opressora e a sua máquina de terror à Robespierre. E clamam que libertaram o povo angolano. As mulheres espoliadas enfurecidas gritam-lhes: «Devia vir mais o tempo das bombas para acabar com vocês!» Mas o nosso querido Líder tranquiliza-nos quanto à situação, emancipação da mulher angolana e assegura-nos:

«A mulher angolana é a principal guardiã do nosso legado histórico e cultural. É ela quem melhor transmite às novas gerações os valores positivos da nossa cultura, as nossas línguas, tradições, usos e costumes e as bases iniciais para a socialização das nossas crianças. É um papel insubstituível que devemos preservar e enriquecer com a contribuição do homem.»

Albert Camus. A França que mobilizou no seu auge mais de 400.000 tropas para a Argélia.


Em vastidão do território que tinha que ser patrulhado a Argélia é maior por isso nesse aspecto foi mais dificil para os franceses, Angola tem 1.264.314km quadrados, Moçambique 784.961km quadrados e a Guiné 36.125km quadrados, o que dá um total de 2.085.400km quadrados, a Árgélia possui 2.204.860km quadrados sendo por isso maior que as 3 colonias portuguesas juntas.

http://www.algosobre.com.br/historia/administracao-colonial.html

O PIB francês é muito superior ao portugues, em 1960 tinhamos 2.5 biliões de dólares enquanto o da França era 61 biliões.

Em poderio humano e económico aplicado à guerra foi mais complicado para Portugal do que para a França, em 1961 tinhamos 79.000 tropas e um orçamento de defesa de 93 milhões de dólares enquanto que a França tendo uma população na ordem dos 60 milhões tinha mais de um milhão de tropas e um orçamento de mais de 3 mil milhões de dólares.
no fim da guerra Portugal possuia um exército de 217.000 homens estando colocados em África 150.000 e o orçamento militar crescera para 523 milhões de dólares mesmo assim menor que a França que mobilizou no seu auge mais de 400.000 tropas para a Árgélia.

Em termos de numero de forças rebeldes para combater também foi pior para Portugal, em Angola havia 6.200 homens da UPA, 4.700 do MPLA e 500 da UNITA dando um total de 11.400 rebeldes em Angola, embora eles também lutassem entre si. Na Guiné o PAIGC possuia 6.500 homens e em Moçambique a FRELIMO tinha 9.600 guerrilheiros, dando um total de 27.500 rebeldes nas 3 colónias, na Árgélia a França combatia 8.000 homens do FLN. Na Argélia havia 50 soldados franceses por rebelde enquanto que na guerra portuguesa era 5 portugueses por rebelde.

Um erro que os franceses cometeram frequentemente e que Portugal salvo a operação "Nó Gordio" sempre tentou evitar era as "grandes operações" que envolviam milhares de tropas, eram dispendiosas, levavam muito tempo a organizar e era dificil de manter segredo o que levava as forças rebeldes a evitar o confronto, atacando aquartelamentos enfraquecidos pelos seus efectivos estarem mobilizados nessas operações, os franceses com o tempo também as deixaram de fazer, Portugal dedicou-se a fazer pequenas patrulhas de homens, regularmente, tendo contacto directo com as populações, ajudando-as mas ao mesmo tempo mostrando força militar, a pressão constante das patrulhas era muito mais eficaz por ser discreta e pouco dispendiosa.

A tortura era formalmente proibida por Portugal, nunca foi aceite ao contrário dos franceses na Argélia, era vista como algo que afastaria os aliados e afastaria-nos do nosso objectivo de conseguir a lealdade da população, incluindo os guerrilheiros capturados, sendo a experiencia francesa um exemplo a não seguir, porque afastou cada vez mais os argelinos da França mesmo tendo sucessos militares. É errado dizer que os portugueses nunca utilizaram tortura mas não era aceite pelos comandantes e a informação revelada era considerada suspeita, sendo a pratica de tortura pelos portugueses muito limitada. Quando um guerrilheiro era capturado era, no possivel, bem tratado, muitos até se juntavam às forças portuguesas.

Em numero de militares mortos na Guerra da Argélia foi superior ao da Guerra Colonial, nas colónias morreram durante 13 anos 8.500 portugueses sendo 6.000 europeus e os restantes africanos, na Argélia morreram mais de 17.000 franceses em 8 anos de guerra.

A Argélia pode ter sido mais intenso a nivel de combate mas a guerra de guerrilha exigiu mais de Portugal do que da França, uma maior percentagem da população combateu e morreu e um maior investimento financeiro em relação aos recursos existentes.
http://forumdefesa.com/forum/viewtopic.php?p=39921&sid=a334e28b84764d00a2fe80b5bbd01620
Imagem: http://recollectionbooks.com/bleed/Encyclopedia/Camus/camusQuote2.jpg