Garantem-me que a guerra é necessária
e que o homem é necessário para ela
para que haja violência nas palavras
Guerra!.. Na minha África (?) do contrabando de armas
E dos campeões do poder corrupto
e vitalício
Como rochas afastando-se do luar antes da tempestade
E a chama do fogão possuindo
a cafeteira líquida antes da ebulição
O fardo pesado na formiga leve antes da fome
dos Invernos sem vida
O sol vigoroso brincando com as folhas das árvores
antes das queimadas
Negros que deixaram de serem homens
perseguidos pelo sono das madrugadas
Sempre caminhando antes do sol nascer
A encosta deixando rolar a pedra
antes do solo plano
O barulho do cair da chuva no fritar das batatas
antes de tragadas
Os esgotos não canalizam, edificam a democracia incipiente
Sim! O ar livre dos esgotos, esgota o caudal democrático
na refulgente riqueza dos novos-ricos
do petróleo, do diamante luminescente
Riqueza incomparável na pobreza miserável
Os meus pés da fome não andam, rastejam
como as serpentes que enfeitiçam
Nos trilhos dos caminhos sinuosos, impetuosos
soçobram os rios auríferos, petrolíferos, diamantíferos
Nos pontos fracos dos calcanhares ricos
Resta-me a realeza dos tormentos
dos lamentos intemporais
tanta riqueza à minha volta
nesta cidade sem revolta
Vejam! A pobreza deixou de ser
tristeza
Neste mar imenso, profundo, com pessoas rasas
Pequenas, superficiais com meios poderosos
imensos e profundos, lançam dejectos intensos
nos mares lamacentos e infecundos
Enquanto o chapéu de palha que esconde a cabeça
do sol quente e teimoso
Avista-se a carroça com as rodas de madeira
no caminho cheio de pedras chiando
O homem sentado quase adormecido
chicoteia o cavalo
que indiferente arrasta tudo isto
seguindo no indiferente caminho
Perdido na escuridão, na solidão sonolenta da minha alma
Descobriram-me nas Montanhas da Lua
No monte Quilimanjaro, no Lago Vitória, Tanganica
e a minha tanga
Antes deles, passei lá as férias com as minhas amigas
Agora sinto medo do mar
estão tubarões nos seus altares dos holocaustos
Nos pedestais, multidões de condenados e esfomeados
sofrem os horrores dos ditadores democratas sem democracia
noite e dia
e que o homem é necessário para ela
para que haja violência nas palavras
Guerra!.. Na minha África (?) do contrabando de armas
E dos campeões do poder corrupto
e vitalício
Como rochas afastando-se do luar antes da tempestade
E a chama do fogão possuindo
a cafeteira líquida antes da ebulição
O fardo pesado na formiga leve antes da fome
dos Invernos sem vida
O sol vigoroso brincando com as folhas das árvores
antes das queimadas
Negros que deixaram de serem homens
perseguidos pelo sono das madrugadas
Sempre caminhando antes do sol nascer
A encosta deixando rolar a pedra
antes do solo plano
O barulho do cair da chuva no fritar das batatas
antes de tragadas
Os esgotos não canalizam, edificam a democracia incipiente
Sim! O ar livre dos esgotos, esgota o caudal democrático
na refulgente riqueza dos novos-ricos
do petróleo, do diamante luminescente
Riqueza incomparável na pobreza miserável
Os meus pés da fome não andam, rastejam
como as serpentes que enfeitiçam
Nos trilhos dos caminhos sinuosos, impetuosos
soçobram os rios auríferos, petrolíferos, diamantíferos
Nos pontos fracos dos calcanhares ricos
Resta-me a realeza dos tormentos
dos lamentos intemporais
tanta riqueza à minha volta
nesta cidade sem revolta
Vejam! A pobreza deixou de ser
tristeza
Neste mar imenso, profundo, com pessoas rasas
Pequenas, superficiais com meios poderosos
imensos e profundos, lançam dejectos intensos
nos mares lamacentos e infecundos
Enquanto o chapéu de palha que esconde a cabeça
do sol quente e teimoso
Avista-se a carroça com as rodas de madeira
no caminho cheio de pedras chiando
O homem sentado quase adormecido
chicoteia o cavalo
que indiferente arrasta tudo isto
seguindo no indiferente caminho
Perdido na escuridão, na solidão sonolenta da minha alma
Descobriram-me nas Montanhas da Lua
No monte Quilimanjaro, no Lago Vitória, Tanganica
e a minha tanga
Antes deles, passei lá as férias com as minhas amigas
Agora sinto medo do mar
estão tubarões nos seus altares dos holocaustos
Nos pedestais, multidões de condenados e esfomeados
sofrem os horrores dos ditadores democratas sem democracia
noite e dia
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