quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
A Epopeia das Trevas (70). Desta minha desgraça, o petróleo enegrece-me
Não sou independente, ressalto a minha personalidade
Não realizei este sonho… continuo muito infeliz
O meu descontentamento porque nunca serei feliz
Proibiram-me de admirar as grandiosas obras de arte
Que humanos semelhantes produziram
Apesar que sou uma obra-prima
Não me deixam transmitir os meus sentimentos
Tudo o que sinto e penso, um oceano de perenidades
Uma beleza de imensidades, uma importação de sem serenidades
Uma ténue demonstração de beleza, uma mostra fugaz de humanidade
Da qual o ser humano parece amedrontar-se
E só a demonstra quando vê destruição?!
Aí a sua vida parece protegida
nesse elo desconhecido
A genialidade despertou-me a maldade
da Ocidental civilização atómica
Chegou a independência dos libertadores
negros
Com novas promessas, novos colonizadores
As trombetas tocam, alteram a tranquilidade
Os ditadores comerão as suas palavras
e durante milénios serão odiados
Os medíocres acompanhá-los-ão
com ou sem quatro estações
Não sou genial, apenas procuro o Caminho
da independência que me espoliaram
nem nas ruas posso vender
para sobreviver
porque logo soltam os cães
todos me querem morder
Desta minha desgraça, o petróleo enegrece-me
O sol reflecte-se na pele branca
Na minha absorve-se
De manhã sou azul do céu, à tarde amarela do sol
À noite sou chocolate Jasmim da Noite
Algo tão fundamental como o amor
Que aparece tão distante, longínquo
Como por vezes me parece o meu desespero
Tanta maldade me fizeram
e fazem. Desfazem-me
Não acredito em nada!
Não surge ninguém em quem acreditar
Só ditadores e corruptos eleitos nas falsas eleições
que o Ocidente me impõe
Acredito em mim como um ser divino
Procuro o apoio, a saída da desesperança
da tortura das palavras
dos meus manos intelectuais (!)
Das torturas, tonturas do meu coração
Alguém em quem confiar com todas as minhas forças
Acreditar, confiar, amar ninguém
Que esteja sempre por perto e me diga:
Levanta-te e caminha que te amparo
No infinito dos céus e dos tempos
No finito terror bancário dos números sem universo
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