terça-feira, 22 de dezembro de 2009

A intolerância zero e o biãngulo das Bermudas (fim)



A vanguarda marxista-leninista vencerá. Prometer sempre a mesma coisa e não fazer nada é o nosso lema. Apesar de moribunda a nossa população confia cegamente em nós. É que as nossas forças de dissuasão vigiam. Todos são patriotas. Não existem descontentes, tudo e todos são felizes debaixo das baionetas caladas dos nossos exércitos que controlam e abatem qualquer intento de manifestação, tumulto ou revolta.

Viva a doutrina marxista-leninista. Sob o comando dos nossos deuses líderes, os nossos olhares e mentes iluminam-se como uma gigantesca árvore de Natal.
Mas porquê em pleno 2009 ainda existem coisas destas? Será que a humanidade caminha outra vez para as ditaduras férreas? E porquê os campeões da democracia apoiam ditadores e promovem a espoliação das populações em nome da democracia? E mais porquê continuamos a viver nesta ignomínia? Quando é que estas coisas acabam? Quando e como terminará esta humilhação? Este campo de concentração?

Restam três democracias: Uma só para brancos, outra só para negros e outra só para bancos. Claro que isto é discriminação democrática. É impossível a sobrevivência da democracia com o actual, sempre o mesmo sistema bancário. O terrorismo do capitalismo bancário retorna mais avassalador, inalterável. Outro Iraque, outro Afeganistão e mais outro Paquistão também. O inimigo número um da paz mundial é o horrível sistema bancário milenar que teimosamente nos afunda, nos desumaniza e espolia. Daí a força imparável do islamismo.

Em Luanda quando abrimos as janelas, aspiramos o cheiro do napalm dos geradores eléctricos do Poder anárquico e mortal. Luanda, campeã mundial dos apagões e infestada de feitiçaria. E quem subir no emprego é morto. Sempre mais um Iraque e outro Afeganistão.
E todos os dias os preços sobem. Todos sabemos qual é a origem. Ouvimos a conversa habitual que: «vamos tomar medidas!». Contra quem? Contra a FAMÍLIA?! Luanda está outro Portugal, com a mestria que se lhe conhece.
Luanda está tão maravilhosa com o napalm da civilização. Com torres, condomínios e prédios dos milhões de dólares desviados dos partidos casebres. Luanda é dos filhos de um presidente. Luanda existe, Angola já não.

É Luanda só para o CAN2010. E limpam-lhe as ruas da arraia-miúda porque parece mal com tantos estrangeiros maioritariamente africanos que estão a trafegar. Como se eles não soubessem o que é miséria. Não… é só por causa de alguns brancos que não suportam moscas verdes que rodeiam negros.
E a hipocrisia internacional à Ocidental deslava-se, apoia, força até caírem de podres os dois dedos de uma mão que nos oprime.

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