terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Robin Hood. Os pobres vêem-no como livre e generoso, os ricos e poderosos temem-no.


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Nota: Esta página é sobre o herói mítico da Inglaterra. Se procura outros significados da mesma expressão, consulte Robin Hood (desambiguação).

Robin Hood na Floresta de Sherwood

Robin Hood (conhecido em Portugal como Robim dos Bosques) é um herói mítico inglês, um fora-da-lei que roubava dos ricos para dar aos pobres, aos tempos do Rei Ricardo Coração de Leão. Era hábil no arco e flecha e vivia na floresta de Sherwood. Era ajudado por seus amigos "João Pequeno" e "Frei Tuck", entre outros moradores de Sherwood. Teria vivido no século XIII, gostava de vaguear pela floresta e prezava a liberdade. Ficou imortalizado como "Príncipe dos ladrões". Tenha ou não existido tal como o conhecemos, "Robin Hood" é, para muitos, um dos maiores heróis de Inglaterra.

Versões da história
No entanto o herói não é de fato um ladrão errante que vive em florestas. A história começa quando Robin of Locksley, filho do Barão Locksley é um cruzado e viaja com o Rei Ricardo para catequizar os hereges. Prisioneiro, ele foge e retorna a Inglaterra. No entanto, ao chegar em casa percebe que muitas coisas aconteceram. Aproveitando a ausência do Rei Ricardo, o príncipe John, o segundo herdeiro direto, assume seu trono, aumenta os impostos e mata o pai de Robin, destruindo também seu castelo. Não tendo onde morar, Robin Hood encontra um grupo de homens que moram na floresta e os lidera em uma batalha com o príncipe. Ele quer reaver sua posição nobre e também ajudar aos que se tornaram pobres graças a ganância de John.Ele era um moço de classe média, que costumava roubar riquezas, dos ricos para dar ao pobres entanto até que um dia ele roubo de um rei que tinha um reino muito poderoso e ficou furioso, quando descobriu que foi roubado, e mandou então caçar e matar o pobre Robin Hood e ele foi para a floresta, chegando lá, eles atacarão e Robin Hood se, defendeu dos ataques, que aconteceu quasem morreu, mas até sim sobreviveu, e hoje ele fica conhecido como um héroi.

Na História, Robin Hood, que ganha o apelido por usar um hood (tipo de chapéu com pena) vence o príncipe John e casa-se com Maid Marian, sobrinha de Ricardo. No fim da história, Ricardo Coração de Leão reaparece após sua derrota em terras estrangeiras e nomeia Robin Hood cavaleiro, tornando o nobre novamente.

Se existiu de facto, viveu algures no século XIII. Uma das primeiras referências a tal personagem é o poema épico Piers Plowman, escrito por William Langland em 1377. A compilação Gesta de Robin Hood, de 1400, sugere que as histórias que compõem a lenda circulavam bastante anos antes.

Para quem vive hoje em Nottingham, cidade no centro de Inglaterra que serve de cenário à maioria das baladas iniciais, Robin continua a existir. Além das estátuas, há as ruas batizadas com o seu nome ou o festival anual que lhe é dedicado. E há também o que resta da Floresta de Sherwood, onde é possível encontrar a árvore em redor da qual o bando de Robin se reunia em conselho. É claro que, caso tenha vivido em Yorkshire, a floresta não era a de Sherwood mas a de Barnsdale. No convento de Kirklees, hoje em ruínas, existe também aquela que se pensa ser a sua campa e onde se pode ler: "Aqui jaz Robard Hude".

"Robin Hood" é, desde sempre, por motivos que as versões às vezes alteram, um fora-da-lei. As referências históricas que sustêm as várias teorias da sua existência prendem-se, aliás, na maior parte dos casos, com registos de comparência em tribunais. Por Robin ter existido como "Robin Hood", por a lenda ser já contada ou por simples coincidência, parece ter havido antes de 1300, na mesma região, pelo menos cinco homens acusados de actividade criminal conhecidos pela alcunha de "Robinhood".

Existem muitos candidatos a ter em conta, e se quiser acreditar que Robin existiu. De acordo com a investigação de Joseph Hunter, em 1852, Robin era Robert Hood e tornou-se fugitivo por ter ajudado o Conde de Lancaster, que se rebelara contra a cobrança abusiva de impostos do Príncipe João, que por sua vez, usurpara o trono de seu irmão, o Rei Ricardo (apelidado de "Coração de Leão", desaparecido numa cruzada).

Em 1998, Tony Molyneux-Smith publicou um livro onde sustenta que a origem da lenda é Sir Robert Foliot, lorde de uma família que escolheu usar o nome de "Robin Hood" para esconder a sua verdadeira identidade como protecção numa sociedade violenta.

Em todos os casos, o herói escolheu a vida clandestina da floresta depois de ter sido injustiçado e a sua opção faz escola, acabando por formar um exército com o qual se opõe à maldade que o rodeava.

Os pobres vêem-no como livre e generoso, os ricos e poderosos temem-no. Na história de Pyle, tal como em muitas outras, Robin veste de verde, maneja o arco como ninguém, não teme nada e vive livre e feliz, rodeado de amigos que se ajudam a cada nova ameaça.

A lenda espalhou-se primeiro nas baladas medievais, passou aos poemas e chegou ao teatro. A história foi escrita, ilustrada, encenada e filmada vezes sem conta até se tornar eterna e versão mais conhecida, provavelmente seja a com texto e ilustrações de Howard Pyle. Mas como notou o escritor Roger Lancelyn Green, foi só no final do século XVIII, depois de as baladas, romances e peças antigas serem coligidas e reimpressas por Joseph Ritson, um amigo de Walter Scott, “que Robin dos Bosques entrou realmente na literatura” (R. L. Green, As Aventuras de Robin dos Bosques , publicações Dom Quixote, Lisboa, 1990, p. 10). Note-se que Ritson, um conhecido escritor e antiquário, fornecia ao próprio Walter Scott material para escrever os seus romances históricos, notavelmente Ivanhoe .

Robin Hood no cinema
Robin Hood teve diversas adaptações para o cinema, entre elas:
Robin Hood, de 1922, com Douglas Fairbanks no papel principal;
As Aventuras de Robin Hood, de 1938, com Errol Flynn no papel principal -- considerado a versão mais marcante do filme;
Rogues of Sherwood Forest, de 1950, com John Derek no papel de Robin;
Robin Hood, de 1973, em formato de desenho animado, e lançada pelos Estúdios Disney. Nessa versão, todos os personagens da história foram transformados em animais, que agiam como humanos: "Robin Hood" e "Lady Marian", por exemplo, viraram raposas e o "Príncipe João" e o "Rei Ricardo" viraram leões.
Robin Hood, o príncipe dos ladrões, lançada em 1991, com Kevin Costner no papel principal;
A comédia Robin Hood: Men in Tights, de 1993, dirigida por Mel Brooks.

Robin Hood na televisão
Robin Hood está atualmente nas telas na rede de televisão inglesa BBC.

Robin de Locksley (que mais tarde se torna Robin Hood) regressa das Cruzadas, onde lutava ao lado do Rei da Inglaterra, quando descobre que a sua terra natal mudou, e para pior. O xerife assumiu o comando e homens terríveis aterrorizam a população.

Robin Hood e os quadrinhos
Robin Hood serviu de principal inpiração para a criação do personagem Arqueiro Verde (Green Arrow). Oliver "Ollie" Queen, personagem de banda desenhada do universo DC, criado por Mort Weisinger e Greg Papp, é um milionário náufrago, que aprende a usar arco e flecha para sobreviver na ilha deserta, passando três meses nela, até o dia em que um grupo de plantadores de maconha desembarcou na ilha para fazer a colheita. Queen os pegou de surpresa, tomou o barco dos traficantes e os entregou à Guarda Costeira. Embora tenha se mantido anônimo, a imprensa local publicou a história e o chamou de Robin Hood moderno.

Por ironia, assim que Queen anunciou que estava são e salvo, sua reapresentação à alta sociedade foi num baile de máscaras beneficente, aonde ele compareceu disfarçado de Robin Hood. Mas, após os meses na ilha, Oliver havia passado a enxergar a vida de forma diferente. Ele não tinha mais paciência para as futilidades e fofocas dos ricos ociosos. Assim, quando um assaltante apareceu na festa, o mascarado Queen assumiu o controle da situação e, armado apenas com suas flechas falsas e a habilidade que desenvolveu na ilha, deteve o ladrão.

Esse ato heróico foi perigoso, porém estimulante, mais divertido do que qualquer coisa que ele tivesse feito em anos. Sem querer, Queen havia encontrado uma maneira de praticar e defender a ética em que acreditava. Já possuía até mesmo um alter ego pronto: o assaltante preso na festa repetira incansavelmente pra a imprensa que um "arqueiro verde grandalhão" o havia dominado, levando os jornais locais a cunhar o nome "Arqueiro Verde".

Imagem: http://www.bbcshop.com/content/ebiz/bbc/invt/bbcdvd2245/bbcdvd2245_2d_lrg.gif

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