sábado, 12 de dezembro de 2009

O VI Congresso da Ditadura Marxista-leninista (2)


Todas as pessoas são iguais perante a lei do MPLA. Quem não o for ou não o aceitar é proscrito, antipatriota, anti-revolucionário… anti-tudo sem quaisquer oportunidades. Iguais perante a lei… quem tiver dinheiro para pagar a soltura da prisão ou fazer esquecer ou desaparecer o processo judicial. Mas a clarividência do nosso Chefe máximo continua, acentua-se. Afinal ele é o nosso timoneiro incontestado e esclarecedor:
«O meio para a materialização destas intenções é a realização da democracia política, económica, social e cultural, consagrando o princípio segundo o qual todas as pessoas são iguais perante a lei e têm as mesmas oportunidades.»

Os bancos em Angola são pioneiros no crédito à população. Os micro-créditos funcionam plenamente. Vê-se pelo enxame populacional estabelecido nas ruas, ruelas e esquinas. Os bancos em Angola desenvolvem um exemplar combate contra o analfabetismo promovendo o ensino e a criação de bibliotecas. Expandiram o ensino à distância pela Internet. Devido a isto até um êxito notável aconteceu na agricultura. Em especial os bancos portugueses investem parte dos lucros na literatura. Não, não! Quem disse que os bancos portugueses levam tudo daqui e não deixam nada (!).

Os bancos em Angola não promovem a destruição dos casebres para depois financiarem condomínios e outras coisas de betão. Estes bancos sabem o que fazem, investem muito bem. De tal modo que Luanda não tem mais nada para destruir. Já a destruíram. E continuam impunes no roubo de terrenos, taxas elevadas, sistema informático… «Não temos sistema». Claro que têm poder associado a outros irresponsáveis e de má-fé da nossa praça. É por isso que não lhes custa nada mandarem assassinar quem se lhes atravesse no caminho.
Antes dos bancos chegarem vivíamos numa boa. Quando se arrastaram para aqui atrás dos preços elevadíssimos do petróleo a nossa vida infernizou-se. Instalam-se com as suas dependências do terror que mais parecem gozar do estatuto de embaixadas. E desmandam, criminalizam. Esta tralha já não dá mais para suportar e lamentavelmente terá que rebentar.

Os bancos em Angola dão-nos um futuro de abastança. A população sorri-lhes pelos níveis de riqueza almejados. Milhares, milhões de desempregados confirmam-no. Que farão os bancos para contrariarem tal desastre social que provocaram? Conseguirão sobreviver aos ataques das hordas esfomeadas, desempregadas, abandonadas, espoliadas, torturadas, escravizadas?!

Angola não tem guerra, mas tem gente a mais com armas. Em Angola, os bancos dão desenvolvimento económico e social. Angola tem muito petróleo. Por isso tem muitos bancos com muitos milhões de lucros que fazem milhões de populações muito felizes. Mas mesmo assim alguma sacanagem terrorista bancária apresenta nos seus balanços em Angola prejuízos. E ninguém contesta, para quê?! O terrorismo internacional bancário é mesmo assim. Será sempre assim?! Os angolanos com habitações muito condignas, muito bons empregos, água e luz sem interrupções. Sem os bancos o povo angolano seria muito infeliz. Bancos em Angola são a nossa felicidade. Em Angola, os bancos apoiam o bem-estar e a felicidade das populações.

E José Eduardo dos Santos corrobora mais uma vez com a notabilidade que o caracteriza. Afinal quase cinquentenário no poder, este dá-lhe o mérito de Guru, o único com experiência em Angola para governar eternamente nesta Angola e depois lá na outra no azul do céu estelar. E assim nasce-lhe sabedoria, a eloquência. Ele é como… ele é o nosso pai:
«É igualmente a aplicação racional do princípio da regulação do sistema financeiro, e do bancário em especial, harmonizado com o da livre iniciativa económica dos empresários e da adopção de uma política fiscal progressiva, que garanta a geração constante de riqueza, uma redistribuição equilibrada do rendimento nacional e a eliminação das assimetrias regionais.»

Imagem: http://www.chargeseditoriais.com/

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