terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Marcolino Moco, O Robin Hood Agolano. (1)



«Injustiça gera injustiça, violência mesmo branda gera violência.» *
«Façam-se eleições presidenciais já, com actual ou com a nova constituição» *
Na sua gloriosa luta contra outra vez a infeliz ditadura do proletariado do nosso Politburo, o nosso Robin Hood Moco alerta-nos para o mau pastor que leva as suas ovelhas para outro precipício. Manos! Despertem! Notem que a ditadura ganha-nos terreno porque a democracia esmorece, adormece. Vale-nos este lutador, qual Robin Hood Moco, que sem dúvida vale por milhões de nós que nada fazemos além de opositores submissos, estóicos. Lutem! Os campos de concentração nazis estão, aterrorizam-nos nas nossas portas.

Há homens que nasceram para presidentes de clubes de futebol, mas para presidentes da república não.
Há homens que arrastam populações para campeonatos de futebol. Os nazis divertiam-se muito com essas coisas. Milhões de dólares gastos no CAN2010, e nas tendas rasgadas populações têm por companhia a vozearia da demência bajuladora. Tudo para o CAN2010, para as populações a promessa de que com mais muitos anos no poder eterno a miséria acabará e a água e a luz nunca jorrará, nunca iluminará. Os milhões de dólares do petróleo dividem-se entre os que se fingem de governantes democratas. Até dão para comprarem brutos carros Aston Martin em Portugal, que já vão só neste ano em mais de vinte.

«O Aston Martin, também conhecido como o carro do James Bond, é um dos mais procurados pelos "pobres" dos mwangolês que vão à Tuga fazer umas comprazitas. Só este ano mais de 20 rukas dessa gama já passaram para as "nossas" mãos e para os nossos engarrafamentos». «O costureiro Augustus disse à SIC que 70% da sua clientela é angolana, numa altura em que se prepara para abrir mais lojas em Luanda e Benguela.» «Este creme exclusivo é para pele, custa 12 mil euros e tem o nome de cada cliente. Os angolanos disputam este produto com a malta do Dubai.» In http://morrodamaianga.blogspot.com/

Nunca tão poucos gastaram tanto em tão pouco tempo.
E depois aqui na banda com esgares de crocodilo juram que não dá, porque a conjuntura internacional está deficitária, numa depressão. E que aqui na banda não se despede ninguém. Mas, por exemplo os despedidos são aos milhares nas empresas de construção estrangeiras por falta de pagamentos. E somam outros milhares pelo somatório dos anúncios de abandonos de trabalho (?) no Jornal de Angola. Com o pretexto da desconjuntura económica e financeira e como ensinam os manuais do marxismo-leninismo, agora é que é roubar como nunca se roubou.

Quem não pega num livro é escravo do outro que lê. Um governo que fomenta o analfabetismo na população vende-a aos estrangeiros. Esta é sem dúvida a autópsia do povo angolano pelo poder quadrilheiro quase cinquentenário.

Tudo o que se diz ser ficção mais tarde acaba por ser realidade. E todos os aventureiros políticos na generalidade acabam assim: Que valor tem pois um general sem soldados? É como um livro sem páginas.

Imagem do petrofaminto: FOLHA 8

1 comentário:

Calcinhas de Luanda disse...

Qual é a diferença entre um colonialista branco e um colonialista negro?
É que o branco vêm-se melhor ao longe.