segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Todas as dicas para investir em Angola e Moçambique


Continuam na mesma… cada vez piores. Não entendem nada de África e muito menos de Angola. Sempre com a mesma filosofia da miséria e espoliação das populações. Como muito facilmente se vê pela pobreza dos textos que parecem naturalmente encomendados. Pois… o principal investimento que deve ser feito em Angola é o combate à corrupção. Sem isso nada adianta, fica o apenas vem para aqui para especularem no compadrio da FAMÍLIA angolana. E criar, apoiar mais desestabilização e violência sociais, o que já é um facto muito incerto. A miséria das populações já é insustentável. E a energia eléctrica… simplesmente não existe. É para angolano ver e estrangeiro ludibriar. São geradores eléctricos que geram napalm por todo o lado. E assim não se vai a lado nenhum. Não se pode viver continuamente de mentiras. Para bem investir em Angola aconselho-lhes a leitura de L’Afrique Noire Est Mal Partie de René Dumont, Éditions Du Seuil. Cultura Tradicional Bantu, de PE. Raul Ruiz de Asúa Altuna, Edições Paulinas. E também Albert Camus sobre a Argélia. Depois podem investir à vontade.
Evidentemente que nenhum aventureiro perde tempo com leituras.



«Ana Cunha Almeida 14/12/09 00:07 DIÁRIO ECONÓMICO

Quais os sectores em que vale a pena apostar e como melhor fazê-lo, num suplemento especial de 16 páginas.

Petróleo. Até agora tem sido essencialmente o sector petrolífero a dominar o mercado angolano, com um peso de 38,9% para o PIB e um potencial extractivo de 2,1 milhões de barris por ano. Mas esta é uma imagem que se pretende cada vez mais longe da nova Angola que, aos poucos, vai emergindo. É certo que o Governo vai continuar a aumentar a produção petrolífera nos próximos dois anos acima da quota imposta pela Organização dos Países Produtores de Petróleo. Segundo o Plano Nacional 2010/2011, apresentado conjuntamente com o Orçamento Geral de Estado à Assembleia Nacional, o país vai produzir 1,9 milhões e 2,02 milhões de barris de crude por dia em 2010 e 2011, segundo as previsões da Sonangol. Hoje em dia, a produção nacional esá cotada em 1,6 milhões de barris por dia. E as receitas provenientes do petróleo "irão representar apenas 40% no orçamento e a tendência será reduzi-la subsequentemente", como admitiu recentemente ao jornal "Expansão", Ana Dias Lourenço, ministra do Planeamento.

Se esquecermos o "ouro negro", passamos de imediato para os diamantes. Mas essa é uma outra área de negócio onde Angola quer ter uma nova imagem, longe da ideia de corrupção e de exploração de mão-de-obra, associada muitas vezes a esta actividade. A meta para 2010 apontava para a produção de 19 milhões de quilates, o que colocaria Angola no terceiro maior produtor de diamantes do mundo. Mas a crise deitou este objectivo por terra. O país varia entre a quarta e a quinta posição, conforme as fontes dos rankings, logo a seguir à Rússia (Alrosa), África do Sul (De Beers) e Inglaterra (BHP Billiton e Rio Tinto).

Sectores para todos os gostos

Se há uns anos, os portugueses controlavam no país os sectores da Construção e Banca, hoje, assiste-se, de forma crescente, a um investimento em sectores tão distintos como Alimentação e Bebidas, Máquinas, Madeira e Mobiliário, Cerâmica, Metalomecânica, Tecnologias de Informação, Educação, Saúde e Consultoria. "Há oportunidades em muitos sectores, incluindo a Agricultura, Pescas e Pecuária que são muito importantes para Angola", acrescenta Mira Amaral, presidente do BIC português. E reitera que "Angola não é só Luanda, os portugueses já estão a perceber e a investir noutras cidades".

Mas, a verdade é que o sector da Construção - fruto de ter sido uma das actividades que mais cedo despoletou o interesse e investimento por parte de empresas portuguesas - é aquele que ainda tem a maior fatia do bolo de investimento directo de Portugal (2,8 mil milhões de dólares, representando 46%) em Angola .

A par da Construção, Carlos Bayan Ferreira, presidente da Câmara de Comercio Indústria Portugal Angola, destaca também que as empresas com actividade na banca, telecomunicações e metalurgia "são, tendo em consideração o processo de recuperação da economia angolana, aquelas que mais se destacam no terreno, dada a sua articulação efectiva com os projectos de reabilitação das infra-estruturas nacionais e a implementação de projectos como o Programa Nacional de Habitação".

Nesta fase, o governo de Angola entende que todos os sectores são prioritários e todos, à sua maneira, têm grandes potencialidades. Ao nível da Construção e Obras Públicas ainda há muito por fazer ao nível de infra-estruturas como estradas, vias férreas, portos, aeroportos, energia, água e saneamento básico. Adjacente ao aumento da construção e da melhoria das condições habitacionais também se prevê um aumento de consumo de materiais de construção. A realização do CAN 2010 - Campeonato Africano das Nações exigiu a construção de quatro estádios, designadamente em Luanda, Benguela, Cabinda e Lubango, que impulsionou bastante este sector.

A Indústria é outro sector em ascensão. Aliás, os últimos dados de 2008 mostram que 30% das exportações portuguesas para Angola foram oriundas deste sector, e tudo graças à notoriedade dos produtos industriais portugueses. Também aqui há muito por fazer e prevê-se o aumento da instalação de novas unidades industriais, com necessidades diversas em equipamentos e serviços inerentes. Há ainda na vertente industrial, a exploração e transformação de recursos naturais nos sectores petrolífero e diamantífero.

No sector dos Serviços há grandes projectos governamentais para o desenvolvimento das Telecomunicações. Há também, como lembra o AICEP, necessidades ao nível de assessoria institucional, reestruturação da administração pública e do sector privado em áreas de consultoria, e-governence e procurement. Mas o país carece igualmente de formação em recursos humanos a todos os níveis.

Quando faamos de bens de consumo, as variáveis são outras. Angola já evoluiu bastante nos últimos anos. Houve um manifesto crescimento do consumo privado, prevendo-se para os próximos anos um grande aumento das importações. A clássia média emergente, com grande poder de compra e apetite para o consumo sobretudo de produtos de qualidade a par do desenvolvimento das redes de distribuição que abranjam a totalidade do território, chegando ao maior número de pessoas ajudam a potenciar este sector.

Na chamada distribuição organizada destaque para a criação de centros logísticos de distribuição (CLOD), sendo que o designado CLOD de Malange já foi adjudicado a uma empresa portuguesa por 160 milhões de euros, segundo o AICEP.

Em Angola existe apenas um centro comercial, o Belas Shopping, em Luanda, estando já projectados outros ‘shoppings' tanto para Luanda com para outras capitais de província.»
Imagem: http://www.chargeseditoriais.com/

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