zé, 12/05/09 10:03
e quem ignora o despejo de acções a short logo pela manhã para pôr a cotação a descer??
isto é canibalizar os pequenos accionistas... esta gente dos bancos de investimento e hedge funds não aprenderam nada com a crise...continuam com as mesmas práticas... já sabem que se correr mal os Estados e os contribuintes... ajudam...
Diário Económico
No plano nacional:[1]
(1) Restabelecer o poder do povos de planejar e realizar o seu próprio desenvolvimento, individual e coletivamente, do espaço local e comunitário até o nacional e global, combinando gestão social com gestão estatal, usando as finanças como um meio apenas, pois o fim deveria ser o desenvolvimento dos potenciais materiais e imateriais do ser humano, pessoa e coletividade, seu bem estar e felicidade. O desenvolvimento endógeno, democrático, solidário e sustentável tem como referências a satisfação das necessidades humanas, a realização plena dos seus direitos, em particular os direitos à vida digna, ao controle democrático dos bens e recursos produtivos, ao bem estar e à felicidade. Um tal desenvolvimento não pode ser avaliado e medido pelos atuais indicadores de riqueza. Há que alargar o conceito de riqueza para incluir nele aquelas que correspondem ao desenvolvimento cultural, psíquico e espiritual da pessoa e das coletividades. A organização e articulação das classes sociais oprimidas, propondo e construindo concretamente relações sociais de produção autogestionárias e solidárias dentro e à margem do sistema do capital é indispensável e urgente. Tal processo terá o poder de atrair crescentes contingentes de trabalhadores desempregados, precarizados e informalizados, e também de políticos e de empresários conscientes das suas responsabilidades ecossociais para o campo da economia responsável, plural e solidária.
(2) Que o dinheiro dos fundos públicos seja canalizado prioritariamente para as vítimas dos especuladores, a fim de ajudá-los a reconstituir sua vida econômica familiar e comunitária, viabilizando sua solvência e aumentando também seu poder aquisitivo. Seria a medida imediata mais justa e durável. Isto aliviaria a crise de liquidez e de insolvência na ponta da economia real, em vez de atuar apenas na ponta das instituições financeiras. Infelizmente, os governos parecem dispostos apenas a medidas paliativas, como dar seguimento à prática hoje generalizada de passar fundos públicos para os bancos – os grandes ganhadores do cassino global - e as empresas que preferiram arriscar especulando do que investindo na produção. Isto corresponde a não mais que adiar a explosão final.
(3) Reestruturar a arquitetura financeira nacional a serviço de um modo de desenvolvimento orientado para as necessidades e aspirações das pessoas, comunidades e da Nação. Isto implica:
· eliminar o mito de um Banco Central independente, fazendo desta instituição responsável pela política monetária e fiscal um serviço ao plano nacional de desenvolvimento endógeno e soberano;
· controlar as entradas e saídas de capitais e os mercados monetários e financeiros, colocando como referência para eles o plano nacional de desenvolvimento soberano do país e não as estratégias de expansão de cada corporação;
· promover políticas que controlem ou eliminem as instituições e os mecanismos que promovem ou favorecem a especulação, como os derivativos, os mercados de futuro e outros;
· religar as finanças e a moeda com a economia real, criando regulações, limites e regras compulsórias para os fluxos de capital e a emissão das diferentes formas de dinheiro por agentes privados;
· fazer uma política de juros baixos e com teto limitado, que responda às necessidades dos consumidores e do setor produtivo, e não seja instrumento de usura;
· adotar e utilizar o controle do câmbio como instrumento de financimento da política de desenvolvimento endógeno e soberano;
· revogar a renúncia fiscal sobre investimentos estrangeiros em bolsas brasileiras e em terras e águas do território nacional;
· democratizar a gestão dos orçamentos públicos, incluindo a realização da auditoria integral da dívida pública da União, para lançar as bases técnica e jurídica para a renegociação soberana do seu montante e do seu pagamento, considerando também as dívidas histórica, social e ambiental, das quais o povo trabalhador é o credor;
· controlar os investimentos em pesquisa e desenvolvimento da tecnologia, a fim de que as inovações sejam criadas e introduzidas em função do desenvolvimento humano e social, autogestionário e sustentável;
promover o controle das finanças das comunidades por elas próprias, através de medidas como: a descentralização do dinheiro, o estímulo à multiplicação de instituições autogestionárias de poupança e crédito, os bancos comunitários e os bancos éticos, o uso de moedas complementares e a legislação adequada para apoiá-las.
In Marcos Arruda. Economista e educador do PACS – Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul (Rio de Janeiro), da Rede Jubileu Sul Brasil, co-animador de ALOE – Aliança por uma Economia Responsável, Plural e Solidária, e sócio do Instituto Transnacional (Amsterdam). Ladislau Dowbor
Foto: http://soulofthegarden.com/Images/IncencePassionVineCU2.jpg
[1] Desejo referir, a quem deseja detalhes de propostas dirigidas às autoridades brasileiras, a leitura de Gonçalves (2008) e Lesbaupin (2008).
e quem ignora o despejo de acções a short logo pela manhã para pôr a cotação a descer??
isto é canibalizar os pequenos accionistas... esta gente dos bancos de investimento e hedge funds não aprenderam nada com a crise...continuam com as mesmas práticas... já sabem que se correr mal os Estados e os contribuintes... ajudam...
Diário Económico
No plano nacional:[1]
(1) Restabelecer o poder do povos de planejar e realizar o seu próprio desenvolvimento, individual e coletivamente, do espaço local e comunitário até o nacional e global, combinando gestão social com gestão estatal, usando as finanças como um meio apenas, pois o fim deveria ser o desenvolvimento dos potenciais materiais e imateriais do ser humano, pessoa e coletividade, seu bem estar e felicidade. O desenvolvimento endógeno, democrático, solidário e sustentável tem como referências a satisfação das necessidades humanas, a realização plena dos seus direitos, em particular os direitos à vida digna, ao controle democrático dos bens e recursos produtivos, ao bem estar e à felicidade. Um tal desenvolvimento não pode ser avaliado e medido pelos atuais indicadores de riqueza. Há que alargar o conceito de riqueza para incluir nele aquelas que correspondem ao desenvolvimento cultural, psíquico e espiritual da pessoa e das coletividades. A organização e articulação das classes sociais oprimidas, propondo e construindo concretamente relações sociais de produção autogestionárias e solidárias dentro e à margem do sistema do capital é indispensável e urgente. Tal processo terá o poder de atrair crescentes contingentes de trabalhadores desempregados, precarizados e informalizados, e também de políticos e de empresários conscientes das suas responsabilidades ecossociais para o campo da economia responsável, plural e solidária.
(2) Que o dinheiro dos fundos públicos seja canalizado prioritariamente para as vítimas dos especuladores, a fim de ajudá-los a reconstituir sua vida econômica familiar e comunitária, viabilizando sua solvência e aumentando também seu poder aquisitivo. Seria a medida imediata mais justa e durável. Isto aliviaria a crise de liquidez e de insolvência na ponta da economia real, em vez de atuar apenas na ponta das instituições financeiras. Infelizmente, os governos parecem dispostos apenas a medidas paliativas, como dar seguimento à prática hoje generalizada de passar fundos públicos para os bancos – os grandes ganhadores do cassino global - e as empresas que preferiram arriscar especulando do que investindo na produção. Isto corresponde a não mais que adiar a explosão final.
(3) Reestruturar a arquitetura financeira nacional a serviço de um modo de desenvolvimento orientado para as necessidades e aspirações das pessoas, comunidades e da Nação. Isto implica:
· eliminar o mito de um Banco Central independente, fazendo desta instituição responsável pela política monetária e fiscal um serviço ao plano nacional de desenvolvimento endógeno e soberano;
· controlar as entradas e saídas de capitais e os mercados monetários e financeiros, colocando como referência para eles o plano nacional de desenvolvimento soberano do país e não as estratégias de expansão de cada corporação;
· promover políticas que controlem ou eliminem as instituições e os mecanismos que promovem ou favorecem a especulação, como os derivativos, os mercados de futuro e outros;
· religar as finanças e a moeda com a economia real, criando regulações, limites e regras compulsórias para os fluxos de capital e a emissão das diferentes formas de dinheiro por agentes privados;
· fazer uma política de juros baixos e com teto limitado, que responda às necessidades dos consumidores e do setor produtivo, e não seja instrumento de usura;
· adotar e utilizar o controle do câmbio como instrumento de financimento da política de desenvolvimento endógeno e soberano;
· revogar a renúncia fiscal sobre investimentos estrangeiros em bolsas brasileiras e em terras e águas do território nacional;
· democratizar a gestão dos orçamentos públicos, incluindo a realização da auditoria integral da dívida pública da União, para lançar as bases técnica e jurídica para a renegociação soberana do seu montante e do seu pagamento, considerando também as dívidas histórica, social e ambiental, das quais o povo trabalhador é o credor;
· controlar os investimentos em pesquisa e desenvolvimento da tecnologia, a fim de que as inovações sejam criadas e introduzidas em função do desenvolvimento humano e social, autogestionário e sustentável;
promover o controle das finanças das comunidades por elas próprias, através de medidas como: a descentralização do dinheiro, o estímulo à multiplicação de instituições autogestionárias de poupança e crédito, os bancos comunitários e os bancos éticos, o uso de moedas complementares e a legislação adequada para apoiá-las.
In Marcos Arruda. Economista e educador do PACS – Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul (Rio de Janeiro), da Rede Jubileu Sul Brasil, co-animador de ALOE – Aliança por uma Economia Responsável, Plural e Solidária, e sócio do Instituto Transnacional (Amsterdam). Ladislau Dowbor
Foto: http://soulofthegarden.com/Images/IncencePassionVineCU2.jpg
[1] Desejo referir, a quem deseja detalhes de propostas dirigidas às autoridades brasileiras, a leitura de Gonçalves (2008) e Lesbaupin (2008).
Sem comentários:
Enviar um comentário