sexta-feira, 1 de maio de 2009

No paraíso do além


Não, não és como o Fernando Pessoa disse. Não és apenas lembrada duas vezes por ano. No dia do teu nascimento e no dia da tua morte. És lembrada, conservada cada dia, em todo o momento.

Primeiro ano. Primeiro aniversário, outro renascer

Imagino-te nessa paisagem a caminhares
Eternamente a fitares
Numa ode de paz e harmonia
Que na terra te barraram
Lembra-te de mim
Estou também no embarque final
para me acostar, encostar
a ti

Permanecem os teus ternos sorrisos
Sempre presentes, enchentes
No sussurrar das copas dos pinhais
E olivais

Estás no paraíso eterno
da morte
eu continuo, aguardo na selva
da vida desumana

Sem comentários: