quarta-feira, 20 de maio de 2009

O Príncipe Imperfeito


Além de discursar, o quê que um político sabe mais fazer (!)

Luanda – Por volta das vinte horas do dia 18 de Maio, três chineses foram apedrejados num dos muitos prédios em construção do general Led, este nas traseiras da Pomobel, a cem metros do Zé Pirão. Não há notícias de feridos, exceptuando o cão guarda que levou pedregulho. Chamaram os chineses porque os angolanos estavam a aldrabar nos pilares. Com esta é a terceira vez que se partem pilares e paredes do primeiro andar. O dinheiro sai-lhe donde? Que rubrica do OGE, Orçamento Geral do Estado, é-lhe destinada? Ele é funcionário da Presidência da República de Angola. O general enviou as suas milícias para o terreno e ordenou que disparem a matar, que ele depois resolve. À mínima suspeita… PUM! PUM! Já está, estão mais mortos inocentes. É o efeito destruidor espontâneo. Fonte: email recebido.


E o rei José Sócrates de Portugal, o Príncipe Imperfeito, atiçou os seus súbditos:
- Reembarquem nas naus para Ocidente e reencontrarão o reino de Angola. Falem com o rei de lá que é muito meu amigo e por lá fiquem. Digam-lhe que depois enviarei alguns Magalhães para os seus filhos. Colonizem aquilo outra vez. Encham os porões das naus com as riquezas sonegadas desta outra vez aos nativos. Encham a nossa Pátria renascida com o ouro, petróleo e diamantes. Finquem-se e de lá não arredem pé nunca mais. Angola é nossa é tudo nosso. Vão e rapinem!

Na nau dos quintos vai o recém-nomeado pelo Príncipe imperfeito José Sócrates, o ministro da economia de Angola, Armando Vara. Mal desembarcado esperam-no os costumeiros órgãos da informação revolucionária. E claro como novo ministro da economia compete-lhe definir as políticas de Angola para o crédito à habitação. E avança a sua credibilidade:
- Nunca haverá créditos para ninguém.
Um repórter mais audacioso mas, receoso da suspensão que lhe cairá se soltar a língua, como aconteceu ao Ernesto Bartolomeu da TPA, Televisão Pública – antes Popular – faz-se de idiota, que é o melhor.
- Desculpe-me lá senhor Varo….
… Vara
… Pois… então se um banco não dá crédito… então serve para quê (?!)
- A hora da África chegou, a de Angola ainda não, esperem pacientes mais cinquenta anos.

Entretanto num pedaço de terra a sete horas de distância, que teimoso afastou-se, – quem será que o afastou? – da África para eternamente idiotizar e criar problemas à EU, o Príncipe mais que Imperfeito sonha que Angola está no Império Romano, e ele claro é o imperador. E o sonho vira pesadelo, pesa-lhe na cabeça e grita o politicamente incorrecto.
- Armando Vara… Varo!.. Varo!.. o que é que fizeste das minhas legiões?!

O despertar Imperfeito ainda o assola, sacode a casmurrice que lhe teima na cabeça, aflige-se como sempre:
- Porra! Merda! É que isto começa a ficar tão emaranhado, tão ofuscado, que depois ninguém conseguirá desenlaçar o enredado. Acoitamo-nos por lá, em Angola, e forçaremos mais outra vez os nativos à escravidão. Não têm outra solução. Aquilo vai ferver e não se sabe quem vai arrefecer.

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