segunda-feira, 18 de maio de 2009

Los Desperados


«Na TV Zimbo há notícias da iminência de um grande êxodo de portugueses. Patrícia Delgado, ela teria sido despedida por alegada malversação de fundos que lhe coube administrar. O documento de viagem estava retido pela administração da empresa, que só aceitaria libertá-lo se a titular justificasse como e onde foi que gastou o dinheiro que está sob sua responsabilidade.»

SEMANÁRIO ANGOLENSE

«MédiaNova começa a «queimar gorduras»
Depois de uma entrada fulgurante no mercado, comprando e contratando tudo o que havia, a MédiaNova, ao que parece, entrou em contenção de despesas. Proprietária de um canal de televisão, de uma estação de rádio e de um jornal, a mega editora entrou numa vaga de despedimentos. O processo de «queima de gorduras» iniciou no jornal O País com a avaliação de vários jornalistas, angolanos e estrangeiros, tendo, na sequencia, alguns
deles sido notificados de que os seus serviços foram dispensados, enquanto que outros já perceberam que seguirão o mesmo caminho.

Alguns jornalistas, particularmente estrangeiros, pretendem evitar o constrangimento de serem despedidos, pelo que querem antecipar-se, solicitando, eles próprios, o fim do vínculo com a editora. Estão nestas circunstâncias o português Carlos Blanco (Editor de Internacional), que, estando neste momento em gozo de férias em Portugal, já fez saber que quando regressar a Luanda não renovará o contrato.

Outro português que está com o coração nas mãos é Luís Faria, editor de Economia. Constou-lhe que não lhe renovarão o contrato. Manuel Ricardo Ferreira, que responde pela área do Planeamento, só continuará ao serviço do jornal se aceitar uma significativa redução do salário. Do «regimento» luso que serve O País por enquanto só Hélder Sousa (Rato) tem tido sonos tranquilos. Ele era até recentemente editor de Cultura, tendo sido substituído por Vladimir Prata, que saiu do Jornal de Angola. Hélder Sousa deve a renovação do seu contrato, por mais um ano, ao facto de dar formação na Rádio Mais e na TV Zimbo.

Intocáveis, também por enquanto, são os portugueses que fazem a revista Vida. Todo os outros vivem sob enorme stress, preocupados com a perspectiva de verem rompidos os respectivos contratos. Do contingente de angolanos do jornal já foram despedidos a designer Amor de Fátima e os jornalistas Manuel Francisco Mucomo (Fançony), Fernando Manuel e Raimundo Ngunza. Também o designer brasileiro Luiz António recebeu carta de desvinculação.

Na TV Zimbo há notícias da iminência de um grande êxodo de portugueses. Informações coincidentes sugerem que muitos deles, nomeadamente produtores, já foram avisados que os seus vínculos não serão renovados. Fontes da casa disseram ao Semanário Angolense que, entre eles quem já viu o cartão vermelho foi Patrícia Delgado. Ela teria sido despedida por alegada malversação de fundos que lhe coube administrar. Porém, embora já tenha a carta de despedimento na mão, falta-lhe o passaporte para empreender a viagem de regresso ao seu país.

As fontes do SA dizem que até ao fim da semana passada o documento de viagem de Patrícia Delgado estava retido pela administração da empresa, que só aceitaria libertá-lo se a titular justificasse como e onde foi que gastou o dinheiro que está sob sua responsabilidade. Entre o contingente de angolanos quem parece de pedra e cal é Guilherme Galiano «Kabangu », director de programas.

As fontes do SA disseram que a administração da estação tem em muito alta conta o desempenho do antigo apresentador do programa Kandandu, da Televisão Pública de Angola. Amílcar Xavier, director de Informação, e o seu adjunto, Paulo Julião, não correm, por enquanto, qualquer risco, mas à administração da empresa já começa a faltar paciência para aturar as reiteradas manifestações de narcisismo da dupla, sobretudo do primeiro. Na Rádio Nacional de Angola e na Televisão Pública de Angola, onde teve curta passagem, Amílcar Xavier também ficou conhecido pelo narcisismo.»

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