quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Angola, a outra invasão silenciosa (V)


Impressões de um Boticário de Província
Segunda-feira, 7 de Novembro de 2005. Para Angola e em força !

O curso da economia é difícil de prever e mais ainda de moldar. No entanto a economia está sujeita a modas, ou melhor os pretensos vates económicos ditam orientações que muitos agentes económicos se apressam a seguir. Por vezes dá asneira. Agora vamos todos investir no economia digital, no B2B, nas marcas próprias, no retalho exclusivo, agora vamos investir no Brasil, não em Espanha...
Agora a moda é: Para Angola e em força !
Não falta quem aponte caminhos. Mas turtuosos são os caminhos do dinheiro, esse vil metal tão imprevisível e traiçoeiro como uma serpente.
E depois vêm os prejuízos, as falências, as dívidas (veja-se o caso Quintas e Quintas no Brasil, com uma rapidez de falência que vai para o Guiness). Esquecem-se tantos empresários que cada caso é um caso, que é preciso alguma gordura financeira e que, sobretudo, antes de partir se deve dominar muito bem o núcleo do negócio.
Angola pode ser um bom destino de investimentos, mas não é a Terra prometida...
Jorge de Sá Peliteiro, às 22:34

Comentários:
Angola é um mercado apetecivel...existem milionários que fizeram fortunas nestes ultimas decadas que consomem de tudo um pouco...Oproblema ainda continua aser a corrupção que torna o mercado angolano pouco apetecivel para quem goste das coisas "au point"...
por Anónimo : Terça-feira, Novembro 08, 2005

E parece que por cá a Q e Q também não está muito saudável!!
por mfc : Terça-feira, Novembro 08, 2005

In http://www.peliteiro.com/2005/11/para-angola-e-em-fora.html

Em tempo de voltar a questionar o destino e a interrogar as futuras inteligências nacionais, sobretudo em certo empresariado pretensamente cosmopolita e vagamente globalizado, que se voltou para Angola falando de crescimento económico. Mas que crescimento económico? Receberam os angolanos um país o mais pujante de toda a África com um crescimento invejado pelo mundo e destruíram-no completamente.

Chamam agora à sua lenta reconstrução, crescimento económico? Que tivessem sabido preservar o que lhe deixaram. Mas temos agora o tão voluntarioso quanto ingénuo poder político a agendar logo a “reconquista de Angola”, por muitos daqueles que – lembram-se? Ainda há pouco defendiam ao sol a manutenção dos centros estratégicos das decisões de Portugal e ao luar vendiam as suas empresas aos Espanhóis. Assim partiu então para Luanda um luzidio avião repleto de mentes grandiosas e de patrioteiros de lucro fácil e com eles a pátria do comerciante Rui, do capitalista Salgado, do banqueiro Pinto, do promotor de negócios Elias, do contrabandista Lucas e, outros “especialistas” da pia que tem sido para muitos este país.

A oportunidade que foi a viagem de Sócrates a Angola criou um problema. O problema poderá tornar-se num desafio para alguns portugueses, mas só “alguns”. Aos jovens professores e desempregados para afirmar a sua vocação essencial: burguesa, pragmática e solidária, mas em pé de igualdade, o que não será muito fácil. Seremos como povo, os últimos a sermos recebidos com dignidade. O que esperamos de um regime que nunca fez qualquer referência aos direitos humanos? Um país que tem as mais altas taxas de corrupção do mundo? Se as coisas não mudarem haverá empresário que resista a operar em Angola? Ou será que a corrupção desapareceu por artes mágicas? Não serão aspectos que mereçam debate? Ou os fins justificam os meios?
Não haja medo das palavras que elas já não levam hoje ninguém à fogueira.

A viagem do Primeiro Ministro a Angola traduziu apenas o triunfo dos porcos.
A Pátria de Fernão Lopes, Camões, Herculano, Agostinho da Silva e outros grandes, não condizia com tão apagada e vil tristeza.
Eu não voltarei a Angola!!!
ed. 2669, 20 de Abril de 2006
Eliseu Ferreira Dias

http://www.oeco.pt/?lop=conteudo&op=bca82e41ee7b0833588399b1fcd177c7&id=204da255aea2cd4a75ace6018fad6b4d&drops%5Bdrop_edicao%5D=5&drops%5Bdrop_edicao%5D=5

Eduardo Silva disse...

Pretendo visitar Angola no próximo ano. Como está a questão das minas aí em Angola? Ainda corre-se perigo ou tem muito de exagero nas matérias internacionais?

POde me dar uma dica de lugar interessante além da capital?

Abração do Brasil.

Eduardo, Floripa, SC

22 Setembro, 2008 23:30
Orlando de Castro Alto Hama
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