Mergulhadas, submergidas no submarino do álcool bento das companhias petrolíferas, que prometem o habitual desenvolvimento social mas sempre insustentável e o cumprem na terra do nunca. E votam nas promessas às avessas, até à exaustão. No retorno aos dízimos, à dizimação. Da intransparente, insolvente governação. Empenhada a curto prazo na urgente dissolução da nossa habitação.
Os elementos dos lamentos da incurável congestão. Os fantasmas existem, subsistem, perseguem-me nos meus sonhos, pesadelos. Quanto mais ignorância melhor governação.
Glória aos descendentes da hipocrísia na Terra. Num movimento de libertação e um pedaço de pano como bandeira, um hinista, um poetastro, e tiros de canhão.
Mais uma nação, outra opressão.
Com balanço sempre positivo.
Hábitos de regozijo incutidos sem apelo devassam, grassam na lotaria das ruas que já não o são. Os prémios principais são buracos, lodaçais. Ruas escavadas devido à intensa prospecção dos sentimentos petrolíferos.
Oh! Que noites, que festivais, que mãe com séquito de pardais, para onde caminhais?!
A criança adianta-se, nefasta apressada. Pára, volta-se, incita o andamento. A mãe carrega a idade do sofrimento, sem lamento. Na cabeça, uma carga que não alivia a sobrevivência. Nas costas, o peso recente da infelicidade nascida, adormecida. Pela mão, a contrariedade da criança arrasta-se esforçada na contra-mão do pão.
É a mãe, das mães da negra miséria. Dos indistintos dias, das inextinguíveis noites. Das malditas companhias petrolíferas que deixam os nossos sonhos inacabados. Porque já nos usurparam o direito de dormir!
Ó negra miséria, decerto no incerto caminhais. As ruas alagadas de campos petrolíferos, pastos negros, prados negros que não servem para comer, nem para beber.
Muitos poetas, advogados, economistas, muitos engenheiros mas, poucos verdadeiros, os outros são falsários. Com balanço sempre positivo.
Povo analfabeto, nunca será independente.
Conhecimento é liberdade.
A miséria é negra, da cor do petróleo.
O poder temporal é momentâneo, o do petróleo sem espírito eterniza, universaliza o terrorismo.
Gil Gonçalves
Os elementos dos lamentos da incurável congestão. Os fantasmas existem, subsistem, perseguem-me nos meus sonhos, pesadelos. Quanto mais ignorância melhor governação.
Glória aos descendentes da hipocrísia na Terra. Num movimento de libertação e um pedaço de pano como bandeira, um hinista, um poetastro, e tiros de canhão.
Mais uma nação, outra opressão.
Com balanço sempre positivo.
Hábitos de regozijo incutidos sem apelo devassam, grassam na lotaria das ruas que já não o são. Os prémios principais são buracos, lodaçais. Ruas escavadas devido à intensa prospecção dos sentimentos petrolíferos.
Oh! Que noites, que festivais, que mãe com séquito de pardais, para onde caminhais?!
A criança adianta-se, nefasta apressada. Pára, volta-se, incita o andamento. A mãe carrega a idade do sofrimento, sem lamento. Na cabeça, uma carga que não alivia a sobrevivência. Nas costas, o peso recente da infelicidade nascida, adormecida. Pela mão, a contrariedade da criança arrasta-se esforçada na contra-mão do pão.
É a mãe, das mães da negra miséria. Dos indistintos dias, das inextinguíveis noites. Das malditas companhias petrolíferas que deixam os nossos sonhos inacabados. Porque já nos usurparam o direito de dormir!
Ó negra miséria, decerto no incerto caminhais. As ruas alagadas de campos petrolíferos, pastos negros, prados negros que não servem para comer, nem para beber.
Muitos poetas, advogados, economistas, muitos engenheiros mas, poucos verdadeiros, os outros são falsários. Com balanço sempre positivo.
Povo analfabeto, nunca será independente.
Conhecimento é liberdade.
A miséria é negra, da cor do petróleo.
O poder temporal é momentâneo, o do petróleo sem espírito eterniza, universaliza o terrorismo.
Gil Gonçalves
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