Para que serve a ciência económica, se continuamos cada vez mais miseráveis, mais esfomeados?! Será porque as fórmulas matemáticas são complexas e talvez por isso não funcionam? Ou serão ciências esotéricas, palacianas…
As igrejas desempenham um óptimo trabalho. Pacificam, tornam tão humildes estes fiéis, tão submissos, que quando os nacionais aqui chegam - os angolanos são estrangeiros - não tem dificuldades em renovar a recolonização.
Comparo-me, sou como
Margens adormecidas despertadas pelo mar sem sono
Alto o luar querendo iludir o mar
Perto a aragem da noite revela as sombras
Dos mangais na vegetação marginal
Depois de uma angustiante e longa ausência
Fito-me para longe dos tormentos por momentos
Indecisa, perdida, que o amor não vê
Corremos loucos uns contra os outros
Desviamos o encontro dos nossos olhos
Não conseguimos abraçarmo-nos durante uma eternidade
E prometemos que seríamos escravos dos novos senhores
Vejo príncipes e princesas tão distantes e tão próximos
Como uma estrela embandeirada, enganadora
Tudo tão próximo e tão distante
Com petróleo e diamantes excessivos preparo a fuga
O regresso do insucesso, da ecuménica economia
Para as praias da braça das barcas da ignomínia
Regresso forçado para os colonizadores, que me esperam
Além dos Açores
Perdida nas marés negras petrolíferas e diamantíferas
Das forças, forcas policiais, militares e políticas do desespero
Das crónicas epidemias mortais
Gil Gonçalves
As igrejas desempenham um óptimo trabalho. Pacificam, tornam tão humildes estes fiéis, tão submissos, que quando os nacionais aqui chegam - os angolanos são estrangeiros - não tem dificuldades em renovar a recolonização.
Comparo-me, sou como
Margens adormecidas despertadas pelo mar sem sono
Alto o luar querendo iludir o mar
Perto a aragem da noite revela as sombras
Dos mangais na vegetação marginal
Depois de uma angustiante e longa ausência
Fito-me para longe dos tormentos por momentos
Indecisa, perdida, que o amor não vê
Corremos loucos uns contra os outros
Desviamos o encontro dos nossos olhos
Não conseguimos abraçarmo-nos durante uma eternidade
E prometemos que seríamos escravos dos novos senhores
Vejo príncipes e princesas tão distantes e tão próximos
Como uma estrela embandeirada, enganadora
Tudo tão próximo e tão distante
Com petróleo e diamantes excessivos preparo a fuga
O regresso do insucesso, da ecuménica economia
Para as praias da braça das barcas da ignomínia
Regresso forçado para os colonizadores, que me esperam
Além dos Açores
Perdida nas marés negras petrolíferas e diamantíferas
Das forças, forcas policiais, militares e políticas do desespero
Das crónicas epidemias mortais
Gil Gonçalves
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