quarta-feira, 10 de setembro de 2008

A extinção da UNITA


Tal e qual como o fim do furacão Ike, a UNITA avassalou-se. Porque não soube cumprir as regras básicas da informação. Por exemplo, a Rádio Despertar quando foi para o ar não se propagandeou… não se publicitou massivamente. Pessoalmente soube da sua existência alguns meses depois, por intermédio de alguém que me disse que a Rádio Despertar da UNITA estava no ar.

A UNITA perdeu, perdeu-se, desvaneceu-se, evaporou-se… extinguiu-se, porque lhe faltou a experiência de comunicações rádio nas cidades. Nem vale a pena falar de TV. Não conseguiu, desfez a sua vozearia, perdeu-se nos sem voz. Apenas beneficiou das limitações da Rádio Ecclesia.

Samakuva, nunca esteve, nunca atingiu o magnetismo, o poder de comunicar, o saber lidar, levar, dominar a população. Tímido, hesitante, esteve sempre certo no lugar errado.

Enquanto um partido da oposição não conseguir uma grandiosa manifestação popular, continuará tudo na mesma, ou pior.
Mas, um partido, sozinho a governar, é muito perigoso. Não esquecer que a África Negra é muito susceptível a convulsões políticas e sociais tumultuosas. É a democracia somente para exportação

Entretanto a UNITA pode expandir-se numa grande empresa diamantífera, já tem alguma experiência. Expandindo o que já possui, pode criar a seguinte denominação empresarial: UNITA, Explorações Diamantíferas Angolanas, Sarl. Ou numa grande empresa de transportes: UNITA, União Nacional e Informal de Transportes de Angola, Sarl.

Lembro-me de Fernando Heitor… também só falava na rádio. E hoje em Luanda está provado que só uma minoria lá atura, suporta os políticos. Porque, não é?!.. As pessoas têm mais que fazer, para sobreviver. Heitor terminou... derrotado por Aquiles, como na Guerra de Tróia.

Para recordação e saudade resta a melancolia do cantar dos galos… algures aí nas capoeiras.

Eternos inadaptados
Consummatum est
In memoriam

Gil Gonçalves

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