Hotel Goma
O caminho berlinense da nova africana partilha encetou-se, nestas independências que nos conduziram ao regresso vertiginoso do Neolítico. Outra vez piores que o colonialismo e a escravidão que ainda não acabaram.
São mais importantes as palavras de Barack Obama, ou os seus actos?! Há milénios que nisto permanecemos. Falar… falar… e as coisas em cada época complicam-se. Não consigo conceber Barack Obama como todos fazem… escuro. Quando penso nele e noutras pessoas, vejo-as da cor do sol. Não interessam as palavras dos políticos, se não conseguimos ver o seu conteúdo.
O quisling do Ruanda uniu-nos
Quando abracei a minha querida amiga Tatiana Rusesabagina
Resta sempre a lembrança da Ocidental matança
Que as guerras dos negros só a eles pertencem
Tem o direito ancestral adquirido de se matarem como bem entenderem
É a guerra deles, é entre eles. Que se matem, que óptimo!
Exterminarem-se! Quantos mais melhor porque incomodam muito
São desvios da civilização, convertidos à força, à forca do cristianismo
Como sempre os Brancos fugiram
Deixaram, abandonaram nas ruas feitas de pó
Que não se comoviam perante o necrotério
Cemitério ao ar livre, improvisados
Massacrados, esquartejados, assim ficaram os corpos, e os seus restos
Abandonados.
Desprotegidos, entregues ao sol que no solo os requeimava
Decompunha-os. Parecia tudo tão irreal, como sementes lançadas à terra
Sem estar lavrada. Agricultores loucos que plantam cadáveres
E aguardam que nasçam plantas para renovar, continuar a matar
Estimular o ódio para que sirva de pretexto ao genocídio
E depois apelidá-lo de Estados Bárbaros
Antes eram as cruzadas para libertar Jerusalém
Agora são para libertar Negros, e todos os dias há
Cruzadas negras, matanças de pagãos
Cadáveres espalhados, habituados porque perderam
A importância, ganharam o desprezo da abundância
A África Negra é um Ruanda diário
Os campeões da democracia são perenes na convivência
Conveniência, apoiam as ditaduras amigas que garantem a sua sobrevivência
É como a literatura militante, defende o passado
Obscurece o presente, elimina o futuro
Somos nómadas, passamos o destempero a fugir dos tiros
E das catanas
Somos alimento para chacais, hienas, e abutres
E os partidos políticos partem-se na mama, da dinheirama
Há muitos brilhos diamantíferos, mas os sonhos petrolíferos permanecem escuros, obscuros
Gil Gonçalves
Imagem: RDC http://www.elpais.com/articulo/internacional/ejercito/garantiza/seguridad/Rutshuru/Congo/elpepuint/20081028elpepuint_10/Tes
O caminho berlinense da nova africana partilha encetou-se, nestas independências que nos conduziram ao regresso vertiginoso do Neolítico. Outra vez piores que o colonialismo e a escravidão que ainda não acabaram.
São mais importantes as palavras de Barack Obama, ou os seus actos?! Há milénios que nisto permanecemos. Falar… falar… e as coisas em cada época complicam-se. Não consigo conceber Barack Obama como todos fazem… escuro. Quando penso nele e noutras pessoas, vejo-as da cor do sol. Não interessam as palavras dos políticos, se não conseguimos ver o seu conteúdo.
O quisling do Ruanda uniu-nos
Quando abracei a minha querida amiga Tatiana Rusesabagina
Resta sempre a lembrança da Ocidental matança
Que as guerras dos negros só a eles pertencem
Tem o direito ancestral adquirido de se matarem como bem entenderem
É a guerra deles, é entre eles. Que se matem, que óptimo!
Exterminarem-se! Quantos mais melhor porque incomodam muito
São desvios da civilização, convertidos à força, à forca do cristianismo
Como sempre os Brancos fugiram
Deixaram, abandonaram nas ruas feitas de pó
Que não se comoviam perante o necrotério
Cemitério ao ar livre, improvisados
Massacrados, esquartejados, assim ficaram os corpos, e os seus restos
Abandonados.
Desprotegidos, entregues ao sol que no solo os requeimava
Decompunha-os. Parecia tudo tão irreal, como sementes lançadas à terra
Sem estar lavrada. Agricultores loucos que plantam cadáveres
E aguardam que nasçam plantas para renovar, continuar a matar
Estimular o ódio para que sirva de pretexto ao genocídio
E depois apelidá-lo de Estados Bárbaros
Antes eram as cruzadas para libertar Jerusalém
Agora são para libertar Negros, e todos os dias há
Cruzadas negras, matanças de pagãos
Cadáveres espalhados, habituados porque perderam
A importância, ganharam o desprezo da abundância
A África Negra é um Ruanda diário
Os campeões da democracia são perenes na convivência
Conveniência, apoiam as ditaduras amigas que garantem a sua sobrevivência
É como a literatura militante, defende o passado
Obscurece o presente, elimina o futuro
Somos nómadas, passamos o destempero a fugir dos tiros
E das catanas
Somos alimento para chacais, hienas, e abutres
E os partidos políticos partem-se na mama, da dinheirama
Há muitos brilhos diamantíferos, mas os sonhos petrolíferos permanecem escuros, obscuros
Gil Gonçalves
Imagem: RDC http://www.elpais.com/articulo/internacional/ejercito/garantiza/seguridad/Rutshuru/Congo/elpepuint/20081028elpepuint_10/Tes
Sem comentários:
Enviar um comentário