terça-feira, 25 de novembro de 2008

A Uma Deusa Desconhecida


“As coisas que escreves dão tanta alegria ao meu ser que me desfaço em falas, em risos, em alegrias.”

A tua boca parece-me magoada, porque está sempre enclausurada (?)
Os teus lábios carnais perdidos e sensuais,
perseguem o teu nariz respirador
O teu ventre delgado olha para os teus seios mate
Que de olhos feridos vê tudo encarcerado
Mas o teu corpo ainda canta, encanta, moreno
Como uma morena do amor sereno, serena

A ilusão do amor é a escravidão da pessoa amada
Nunca obtemos o que ansiamos
Na sua dimensão mais complexa
É um beco sem saída que começa nas palavras
E se unem no tempo quando iniciada uma contagem
Dos momentos infindáveis
Em tempos muito distantes, passados, isso não existia
Alguém o inventou, ou se lembrou

Ó extraordinária doçura desconhecida
Me dera saber da tua conjuntura
Do teu íntimo roseiral
Ainda não perscrutado mas, digno e ambiental
De perfume tão elementar e ansiado desejo imortal

A tua alma endossa-me para a maravilhosa
paisagem da tua gruta tibetana

Desejo no centro do teu regato
o meu deleitoso leito
E lá morar, alugar-te e continuar com o sonhar
Descansar e não mais te triangular

Tudo é composto de partituras
Musicais ou não

Os jasmins são um conjunto de pensamentos
Várias harmonias perfumadas de futuro
São ruas perdidas pelo equilíbrio do nosso desentendimento
Sem equilíbrio não alcançamos o nosso ámen

Quando olho para os jasmins recordo a virgindade dos campos
Da terra livre e apaziguadora que me foge debaixo dos pés

Gil Gonçalves

1 comentário:

Anónimo disse...

Obrigado...
Tanks a lot
Tank you
Mercy Beaucup
Dank
Siabonga
Moxeleliwu
Karibu