terça-feira, 26 de agosto de 2008

Fendas Humanas


Falar de mim… sou um eterno, terno descontente. As coisas não podem ser como são. Temos o ancestral direito de as ver na sua realidade, na sua totalidade. “ Sou um filho do universo, e tal como as árvores e as flores tenho o direito de o habitar”.

Gosto de ver as abelhas a colher mel nas flores divinas, inventadas por Deus.

Gosto de ouvir e ver o prateado das calmas ondas do mar. O ir e voltar do ondular fortifica-me a mente. Por isso ganhei uma grande amizade com o mar.

Faço o impossível por compreender e viver no Verbo Humano. Faço de todos os dias uma fortaleza com fendas humanas nas muralhas.

Faço a cada instante um efeito borboleta, afasto-me da teoria do caos, da teoria da impossibilidade e caio num universo paralelo.

Na solidão, só com a minha meditação. Faço agora tudo, porque sinto uma grande amizade pairar-me. É o desejo da tua orbita.

A música medieval que me acompanha invade-me o cérebro. Ele rejubila e lembra-se de contentamento, que existe um nome, um ser humano que anseia viver.
Gil Gonçalves

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