E os petroleiros do paganismo democrático navegam… incipientes mas contentes… na paz que o petróleo chama.
Mais uma Somália. Porque, cada general fará da sua zona um castelo. E como são muitos, muitos castelos.
As guerras são todas iguais. Os contendores têm razão. O lado que ganha assume que a sua luta era a correcta, a da razão. O perdedor é sempre o execrável.
Foram julgados e condenados por não pertencerem à equipa petrolífera e diamantífera.
Quer queiramos quer não, participamos da guerra de Tróia. Tudo o que até agora se passou, desses tempos, são imitações que teimamos nelas persistir. Quem não conhecer a guerra de Tróia, fatalmente, sem se dar conta, terminará nessa tragédia. Este é o destino, o nosso destino. Primeiro o Estado Novo, depois a Revolução dos Cravos, a descolonização exemplar, a opressão da libertação… e a miséria agenda-se. Não há libertadores, descolonizadores. Há renovação de opressores.
Neste reino Petrolífero, algures no Golfo da Guiné, o cidadão honesto que goste de trabalhar, tenha ideias para o bem da comunidade, que revele sabedoria, é acusado de antipatriota, e sumariamente julgado, executado com a pena de reclusão.
Chegaram duas matinais. Vou para a janela atraída pelo barulho da chuva. Mas que grande chuvada. É tão imponente que a rua parece um rio.
Faz-me lembrar a minha epopeia, o meu reino, que ainda vive na eternidade do passado, confunde-se ou convive com o presente, à procura do seu futuro. Posso afirmar que tenta sobreviver das ruínas arqueológicas. Vivemos perdidos no tempo presente, misturados, baralhados no passado e no futuro.
Gil Gonçalves
Mais uma Somália. Porque, cada general fará da sua zona um castelo. E como são muitos, muitos castelos.
As guerras são todas iguais. Os contendores têm razão. O lado que ganha assume que a sua luta era a correcta, a da razão. O perdedor é sempre o execrável.
Foram julgados e condenados por não pertencerem à equipa petrolífera e diamantífera.
Quer queiramos quer não, participamos da guerra de Tróia. Tudo o que até agora se passou, desses tempos, são imitações que teimamos nelas persistir. Quem não conhecer a guerra de Tróia, fatalmente, sem se dar conta, terminará nessa tragédia. Este é o destino, o nosso destino. Primeiro o Estado Novo, depois a Revolução dos Cravos, a descolonização exemplar, a opressão da libertação… e a miséria agenda-se. Não há libertadores, descolonizadores. Há renovação de opressores.
Neste reino Petrolífero, algures no Golfo da Guiné, o cidadão honesto que goste de trabalhar, tenha ideias para o bem da comunidade, que revele sabedoria, é acusado de antipatriota, e sumariamente julgado, executado com a pena de reclusão.
Chegaram duas matinais. Vou para a janela atraída pelo barulho da chuva. Mas que grande chuvada. É tão imponente que a rua parece um rio.
Faz-me lembrar a minha epopeia, o meu reino, que ainda vive na eternidade do passado, confunde-se ou convive com o presente, à procura do seu futuro. Posso afirmar que tenta sobreviver das ruínas arqueológicas. Vivemos perdidos no tempo presente, misturados, baralhados no passado e no futuro.
Gil Gonçalves
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