domingo, 3 de agosto de 2008

Invisível, visível


O que aconteceria se desvendássemos, falássemos, abríssemos a nossa alma? Fazer o invisível, visível? Há muito receio supersticioso. As pessoas vivem noutro mundo possuídas pelos cultos religiosos.
A História recheia-se de guerras santas, de extermínios, de cultos de libertação. Todas, asseguram-nos, são libertadoras. Então porque continuamos oprimidos? Porque não são guerras de libertação. São guerras de continuação da opressão.

Durante muitos anos da minha vida ensinaram-me que os outros povos eram atrasados, incivilizados. Necessitavam do alimento feérico da fé cristã, da condução paradisíaca. Libertar-se-iam dos seus deuses, desconheceriam a maldade, sombras, trevas do paganismo demoníaco. Em consonância os políticos arremetem-nos vida melhor, e a religião promete-nos viver no paraíso eterno.

Mas, quando um governo se responsabiliza perante os cidadãos no abastecimento mínimo de comida, chapas de zinco para refazer alojamento, e alguma roupa, isto é escravidão. Comparando os tempos, os modernos ultrapassaram os antigos. Nunca aconteceu na História tanta escravidão, submissão, como actualmente.
Gil Gonçalves

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