Só a militância conta, a inteligência não.
Com toda a falsidade das eleições, sonhos desfeitos e asas partidas, apátridas, o poder do Mpla não voará, e por terra cairá.
Reconheci-te na janela doutro avião,
Os nossos desasaram-nos
numa tarde angolana sempre infindável
Demasiado pálida, sem serenidade
Agastada, atropelada na trapalhada da muita chuva trivializada
Sonhei que corria para ti e abraçámo-nos
Travámo-nos durante um milénio sem asas para voar
Já sem História
Que nos persegue
Da doce ternura apunhalada
Enquanto a chuva vergastava a nossa fragilidade
Porque o Universo deixou-nos
Sem aviões, sem Taag
Somos apenas um frágil país
Como um homem e uma mulher fingindo amarem
Despertei, perdi-te para sempre, viajo na esperança
De encontrar-te à janela de um dos nossos aviões
Perdi o carimbo dos manuais do meu Caminho. Nunca mais o encontrarei
Já não sei andar, farto-me de palmilhar
Porque só sabia voar
Desviaram-se do bom senso, voltamos a nos matar
Com tanta terra para lavrar, só o vento sabe semear
Chuva a alagar, as águas vão espalhar
Quem me vai governar?!
Ah! E quando há prémios nacionais de cultura e arte
As famílias do polvo vencem-nos sem tentáculos
Que graça terrífica: ainda não conseguiram copiar os métodos da governação salazarista
Regressaram ao salazarismo. A cidade capital atabalhoada
E as províncias na Idade Média
Minha Angola não! República ONGs
No auge da exploração e escravidão. De povos abandonados ao seu azar
Agora sem asas para voar
Gil Gonçalves
Com toda a falsidade das eleições, sonhos desfeitos e asas partidas, apátridas, o poder do Mpla não voará, e por terra cairá.
Reconheci-te na janela doutro avião,
Os nossos desasaram-nos
numa tarde angolana sempre infindável
Demasiado pálida, sem serenidade
Agastada, atropelada na trapalhada da muita chuva trivializada
Sonhei que corria para ti e abraçámo-nos
Travámo-nos durante um milénio sem asas para voar
Já sem História
Que nos persegue
Da doce ternura apunhalada
Enquanto a chuva vergastava a nossa fragilidade
Porque o Universo deixou-nos
Sem aviões, sem Taag
Somos apenas um frágil país
Como um homem e uma mulher fingindo amarem
Despertei, perdi-te para sempre, viajo na esperança
De encontrar-te à janela de um dos nossos aviões
Perdi o carimbo dos manuais do meu Caminho. Nunca mais o encontrarei
Já não sei andar, farto-me de palmilhar
Porque só sabia voar
Desviaram-se do bom senso, voltamos a nos matar
Com tanta terra para lavrar, só o vento sabe semear
Chuva a alagar, as águas vão espalhar
Quem me vai governar?!
Ah! E quando há prémios nacionais de cultura e arte
As famílias do polvo vencem-nos sem tentáculos
Que graça terrífica: ainda não conseguiram copiar os métodos da governação salazarista
Regressaram ao salazarismo. A cidade capital atabalhoada
E as províncias na Idade Média
Minha Angola não! República ONGs
No auge da exploração e escravidão. De povos abandonados ao seu azar
Agora sem asas para voar
Gil Gonçalves
1 comentário:
Terrific, very nice
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