quarta-feira, 28 de setembro de 2011

“Estados africanos aplicam taxas muito elevadas a produtos originais e isso propicia pirataria”



- diz Sanna Eskelinen, responsável pelo investimento e relações sociais da Nokia, na Finlândia
Helsínquia (Canalmoz) – A gigante finlandesa de fabrico de telemóveis, a Nokia, acusa os Estados africanos de aplicarem taxas aduaneiras muito elevadas a produtos originais que entram nos seus países, o que faz com que o custo ao consumidor final seja muito elevado. Sanna Eskelinen, responsável pelo investimento e relações sociais da Nokia, na Finlândia, disse ao Canalmoz / Canal de Moçambique durante uma visita àquela multinacional finlandesa, que a Nokia pretende trabalhar com governos de Estados africanos para tentar convencê-los a reduzir as taxas aduaneiras aplicadas a celulares importados.
Sanna Eskelinen considerou ainda que o custo dos celulares originais, causado pelas taxas aduaneiras nos países importadores, cria espaço para a comercialização de celulares pirateados, conhecidos como ‘celulares chineses’.
Aparentemente semelhantes aos genuínos, os celulares contrafeitos são menos duradouros e não possuem todas as funções dos originais.
Sanna Eskelinen, responsável pelo investimento e relações sociais da Nokia, reconheceu que “a pirataria está a ameaçar os produtos da Nokia” uma vez que “a maioria dos clientes africanos não sabe diferenciar o telemóvel original do falso”, mas voltou a repisar que “a solução para esse problema passa pelo trabalho conjunto com os governos”.
A reportagem do Canalmoz visitou a sede da Nokia em Helsínquia, onde teve a oportunidade de se inteirar da forma como esta multinacional trabalha, particularmente nos países africanos.
Moçambique é dos poucos países onde a Nokia não possui investimentos directos em áreas sociais e nem tem projectos para tal, pelo menos a curto prazo.
No Kenya a Nokia criou um programa de registo de nascimento de crianças a partir de telemóvel, enquanto na África do Sul, a Nokia criou um software de ensino de matemática baseado no currículo de 10ª classe local.
“Em Moçambique não temos nenhum projecto social, por enquanto (…) nos próximos anos pensamos em levar os projectos a Nigéria, Zâmbia e Tanzânia”, disse Sanna Eskelinen, responsável pelo investimento e relações sociais da Nokia. (Borges Nhamirre, em Helsínquia)

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