sábado, 24 de setembro de 2011

Luanda. A bancarrota do sistema da energia eléctrica (01)




Hoje, 24 de Setembro, mais um gigantesco corte no abastecimento de energia eléctrica das 05.52 até às 17.10 horas.
É impossível uma manifestação a exigir o fim imediato dos cortes na energia eléctrica? Da água, da miséria e da fome?
Quem não nos consegue abastecer de energia eléctrica e água, deve abandonar de imediato o poder. É que não podemos viver como se estivéssemos assolados por terramotos, vulcões, ciclones e todas as intempéries conhecidas e desconhecidas. O que não falta por aí é gente capaz, competente, para dirigir os actuais incompetentes que apenas adquiriram o mestrado da corrupção sem diploma passado, claro, quem sabe se até o tem.
E o que dizem os donos eternos de Angola? «O MPLA governa e dirige Angola desde a independência». E mais nos garantem: «Temos que aprofundar a democracia». E: «O Ocidente impôs-nos a democracia». Claro, em mediocracia nunca pode coexistir a democracia.
E a célebre invenção, invasão marxista-leninista: O MPLA tem responsabilidades históricas, da paz e justiça social, do desenvolvimento económico. O MPLA conseguiu a independência de Angola. Não devemos copiar os outros, isto aqui não é nenhuma primavera. Mas já foi um Inverno/Inferno russo/cubano e agora chinês/brasileiro/português/JES-MPLA.
O marxismo-leninismo é por excelência a única forma de governo que permite governar em paz as massas. Porque neste regime não há descontentes, há pão, água, luz e trabalho para todos. Só este sistema político permite a felicidade duradoura dos povos. Perguntem ao povo angolano se está ou não feliz. Claro que está. E não é necessária essa coisa da democracia que só complica a vida das pessoas, onde toda a gente fala e ninguém se entende. Já viram o que é gastar milhões e milhões de dólares com partidos políticos? Poupa-se muito dinheiro, não é?! O nosso querido Estado, o nosso querido Líder, sempre cada vez mais sábio, não necessita ir a universidades, o nosso super-estimado Politburo, garantem-nos tudo o que é necessário e desnecessário para enfrentarmos a vida. E todos os que se opõem a esta mais que provada clarividência, o local indicado é nos canis, sim são piores que os cães, sem direito a pão nem água. No nosso mais que perfeito marxismo-leninismo ninguém necessita de alimentação, de água e energia eléctrica, pois que o Estado garante-nos as trevas que nos sustentam adequadamente.
E armados com os ensinamentos do nosso ultrapoderoso, ultramoderno, destacado, o primeiro dos primeiros, o que originou o super-homem, nunca permitiremos que vozes discordantes penetrem no nosso seio e tentem dividir-nos. Só a classe política marxista-leninista está apta a governar o proletariado. Aos maledicentes surra e prisão com eles. Lá longe, muito longe desterrados para que ninguém saiba que nesta bela e portentosa pátria existam presos políticos.

Advertência: não se intrometam na nossa vida, na nossa corrupção, vereis do que somos capazes. É que ainda não viram nada. Os acontecimentos dos últimos dias são apenas uma pequeníssima amostra. Os nossos laboratórios fabricam poderosas armas para que o TERROR triunfe. Ao inimigo garantimos um palmo das nossas prisões.



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