Pretória (Canalmoz) - As mães dos jovens estudantes que foram recentemente condenados por manifestarem contra o longo consulado do Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, queixam-se de terem sido impedidas de levarem comidas para seus filhos, na cadeia.
“Estou na cadeia de Kaboxa, em Caxito e eles dizem terem ordens superiores para não permitirem visitas aos detidos das manifestações”, disse uma das mães, em conversa telefónica ao Club-K, na manhã do último sábado (17 de Setembro), noticiou aquele grupo de informação alternativa de Angola.
A senhora cuja identidade é preservada para não ser vítima de alguma perseguição – refere o Club-K – disse que “nem a comida que trouxemos, eles recebem até agora”.
Acrescenta o Club-K que os detidos, “transformados em presos políticos, foram transferidos para diferentes cadeias nas províncias”.
“Na cadeia de Kaboxa em Caxito, estão cinco dentre eles, ‘Carbono’ Casimiro e Alexandre Dias dos Santos ‘Libertador’”.
Os jovens foram detidos quando realizavam uma manifestação no passado dia 3 de Setembro em Luanda. No seguimento da mesma, os serviços de Inteligência raptaram um dos jovens Pandita Neru, o que provocou que os seus amigos fossem até ao palácio presidencial pedir a libertação do mesmo. Ao longo do caminho, nas redondezas da Sagrada Família, a Policia Nacional reprimiu os jovens deixando dois deles em estado de desmaio. A repressão policial contou com o concurso de agentes da segurança trajados a civil que usaram porretes idênticos aos da policia Nacional.
As vitimas da violência policial, foram de seguida levadas para diferentes cadeias de Luanda e apresentadas num tribunal que os julgou por “agressão a policia”. A defesa das vitimas apresentaram recurso ao tribunal supremo denunciando, o Juiz Adão Damião por rejeitar a conversão das penas em multas, não obstante a pressões que o magistrado teve de um general do circulo presidencial que o visitou quando o julgamento decorria. (Redacção / Club-k)
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