quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Manifestações contra José Eduardo dos Santos. Sindicato português de jornalistas exige sanções a agressores de jornalistas em Luanda


Pretória (Canalmoz) - O Sindicato dos Jornalistas portugueses exigiu, esta terça-feira, a identificação e punição dos autores das agressões aos jornalistas que faziam a cobertura da manifestação de sábado, em Luanda.
“Consideramos ser de exigir que sejam identificados e punidos os responsáveis pelas agressões que se verificaram, nomeadamente contra os jornalistas, que são objecto da nossa preocupação”, disse o presidente do sindicato, Alfredo Maia.
“As agressões físicas foram alegadamente praticadas por cidadãos à civil e sem identificação quando tentavam impedir que dois operadores de câmara da RTP África, bem como o correspondente da “Voz da América” recolhessem material. Os profissionais viram-se ainda despojados dos seus equipamentos, destruídos pelos agressores”.
Alfredo Maia frisou que “os jornalistas não podem ser impedidos de realizar o seu trabalho, que consiste em observar e narrar o acontecimento e não em posicionarem-se ao lado dos seus autores ou dos alvos das manifestações”.
“Os jornalistas são os olhos e ouvidos de que o mundo necessita para ter a informação sobre os acontecimentos”, acrescentou o presidente do Sindicato dos Jornalistas portugueses a propósito de agressões de que foram vítimas jornalistas que reportavam em Luanda, manifestações contra a continuidade do presidente José Eduardo dos Santos no poder em Angola.
“Naturalmente, nós partilhamos a preocupação do sindicato dos jornalistas angolanos com as condições de trabalho dos jornalistas nesse país e endereçamos também o nosso protesto pelos incidentes verificados”, referiu o sindicalista português.
Para o presidente do sindicato de jornalistas de Portugal, a audiência do julgamento sumário de 21 jovens detidos, no sábado, durante a manifestação que pedia a saída do Presidente José Eduardo dos Santos, deve ser alvo do envolvimentos dos jornalistas.
“Eu creio que em relação a este aspecto concreto, da protecção e dos direitos dos cidadãos, os jornalistas devem empenhar-se para escrutinar o mais possível o funcionamento do aparelho judicial no sentido de dar conta ao mundo do que se está a passar com estes cidadãos, no sentido de verificar se os seus direitos vão ser respeitados ou não”, sublinhou ainda Alfredo Maia na imprensa portuguesa.(Redacção)

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