Pretória (Canalmoz) – Em Angola, centenas de manifestantes, sobretudo jovens, foram sábado último para as ruas da capital, Luanda, exigir a destituição do poder do presidente José Eduardo dos Santos.
Várias pessoas ficaram feridas durante uma manifestação contra o regime de José Eduardo dos Santos, líder do MPLA e presidente da República.
A Polícia reprimiu até jornalistas fazendo uso da força.
Os relatos da manifestação, que começou ao início da tarde de sábado, no Largo da Independência, em Luanda, davam conta de vários feridos, pessoas detidas e também da agressão a jornalistas, durante o protesto que tinha como objectivo exigir “a destituição de José Eduardo dos Santos” e “a democratização dos órgãos públicos”.
Uma calma tensa regressou à capital angolana, depois da manifestação anti-governamental de sábado, que foi reprimida por forças policiais, relata o jornalista Alexandre Neto na VOA.
Alguns líderes da iniciativa continuam detidos, sem qualquer contacto com os seus advogados, mas deverão ser presentes a tribunal, hoje, segunda-feira, escreveu o jornalista na VOA.
Apesar de calma a situação em Luanda, mantém-se a intenção de fazer continuar a onda de protestos.
A polícia está agora a usar homens à paisana, “geralmente de bom porte físico com postura de observador muito atento a qualquer movimento”.
“A agressão a jornalistas foi protagonizada por agentes da polícia, trajados à civil”.
“O jornalista António Cascais da Voz da Alemanha foi um dos profissionais atacado por indivíduos à civil”.
As autoridades angolanas foram contactadas pela RTP, televisão pública portuguesa, sobre a “destruição” de equipamento dos seus jornalista em Luanda, revelou a imprensa lusa.
Esta manifestação contra o presidente do MPLA e de Angola, José Eduardo dos Santos, é a primeira réplica, num país da SADC, dos acontecimentos na Líbia e de outros países da África do norte.
(Redacção / agências)
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