segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Os sentenciados dos escombros da desgovernada jangada petrolífera


Presume-se que a mulher deve esperar, imóvel, até ser cortejada. Mais ou menos como a aranha espera a mosca. Bernard Shaw
A riqueza de uma nação mede-se pela riqueza do povo, e não pela riqueza dos príncipes. Adam Smith
Para os detractores: se nunca escreveres, nunca cometerás erros.
E a nova centralidade da rota da derrota do nosso basquetebol é como a mesma coisa que substituir o comandante de um navio prestes a afundar-se.
Com doses desmedidas de futebóis, religiões, e álcoois, teremos um povo fácil de espoliar, de colonizar. Como é bom um governo assim governar, sem se chatear.
Quanto mais tarde demorarmos na faina do mar, não pescaremos, sem peixe ficaremos, apenas o nosso PIB prefabricado, descartável, comeremos.
Fernando Pacheco, da ADRA, e o sucesso da nossa agricultura: Jovens confessaram-me que em Luanda ganham mais a roubar do que a trabalhar na agricultura em Malanje. E ainda mantém a estrutura leninista, isto é, a centralização de tudo.
A História é a constante luta entre espoliados e espoliadores, e as revoluções também. Em Angola é o descalabro alcoólico das multidões, e que por isso mesmo se tornam facilmente espoliáveis e que nunca ascenderão ao poder? Com tamanha inversão de valores, perda da identidade cultural, um super analfabetismo, sob domínio total da feitiçaria, um ambiente de poluição sonora incrível, meios de informação estatais e a maioria privados que difundem apenas a lavagem das mentes etc., sem futuro plausível à vista, o que espera, como será, como se comportará o mwangolé nos próximos dias?
Qual é a responsabilidade que cabe às igrejas na destruição da sociedade angolana e a quem imputar culpas de quem as deixa andar, nos governar?
Jamais se esqueçam das nossas mães, das nossas esposas, das nossas mulheres, das nossas angolanas, tão esquecidas, tão impunemente abandonadas. As imagens passadas estão gravadas, bem nítidas no coração da minha memória fotográfica. Os teus sorrisos de orgulho perseguem-me quando me vias, protegias, nas minhas brincadeiras de criança sempre no desafio do perigo eminente, e as tuas mãos e o teu coração sempre em estado de alerta, como se fosses uma grande águia protectora com duas grandes asas acolhedoras e voasses, e com as tuas garras carinhosamente me agarrasses e suspendesses no teu enternecedor regaço.
E por entre o riso, correria e gritaria o tempo dos anos decorria e o corpo de criança já não se via, juvenil se sentia.
O amor maternal é único na Natureza e no Mundo, e se ele desaparecer, da vida apenas restará uma réstia de lembrança, de uns tempos em que existiu uma espécie a que alguém chamou humana. E abandonado aos dias da vida memorizava cada gesto, cada som… descobria, antevia o futuro. Dos monstros da maldade humana me protegias, quase que não dormias. Humanos e desumanos pertencem à mesma espécie animal. E quando na minha ingenuidade de criança arrancava as flores que tu carinhosamente regavas, acarinhavas como se fossem outras crianças, teus filhos, e entre gritos e gestos ríspidos esmagava-as, mostrando que entre nós humanos a violência está sempre presente. Mas facilmente corrigida pelas lições de demonstração da mamã que nos explica que as flores quando maltratadas também choram. E no ribombar das tempestades, e no alaranjar dos raios acordava de pavor, porque ouvia o estremecer ensurdecedor do desconhecido, gritava desesperado: Mamã! Mamã! Mamã! E tu sempre amorosa: «pronto meu filho, não tenhas medo, a mamã já está aqui.» E cheio de tranquilidade e felicidade readormecia colado ao seu corpo, num desejo de que tal nunca acabasse, e que a minha mãe jamais me faltasse.
Enquanto vivemos não reconhecemos o valor merecido das nossas mães. E depois da sua partida para sempre, deitada nos braços da morte lembramo-nos, desejamos, sentimos a falta da sua presença, dos seus ternos conselhos, das suas constantes palavras transformadas em sorrisos. O tempo passa, perece, mas o amor de mãe nunca se esquece, para sempre permanece.
Ouço cânticos na Igreja Adventista do Sétimo Dia, em Umbundu. Celestiais. Um pedaço, ou todo, do céu caiu nas cabeças dos "sulanos?".
Para Vicky, a permissividade da Administração tanzaniana com esses feiticeiros tem uma explicação clara: "Há gente no Governo bem formada, bem-educada, que acredita nos feiticeiros. Políticos, ministros, líderes religiosos, polícias e empresários recorrem a eles! Há políticos que visitam os feiticeiros durante as campanhas eleitorais para beber as poções mágicas que supostamente lhes farão ganhar as eleições. E logo essa gente é a que tem que decidir se aos feiticeiros se lhes permite ou não continuar com as suas práticas." Não, não é em Angola, mas não há nenhuma diferença. Trata-se de uma reportagem na Tanzânia do EL PAÍS. Blancos de la magia negra. (Brancos, (albinos) da magia negra)
Morrer de amor é suicídio?
O maior perigo para a democracia e paz mundial é um ditador disfarçado de democrata.
Duas dúvidas: uma, porque será que existem muitas obras paradas em Luanda? As chuvas vão iniciar, e já “choveu” apenas da humidade, 82%. Entretanto, conforme relato dos bombeiros, três jovens faleceram à procura de água numa obra parada?
Outra: o nosso “Super-homem” anunciou que as casas da cidade (?) do Kilamba Kiaxi, o preço mínimo seria sessenta mil dólares, mas não, já chegam aos duzentos mil. Claro que a opacidade da corrupção lucrará com o diferencial, como sempre, como se fosse eterna. A medida adequada seria, será, a venda das casas a pagar em prestações mensais durante vinte, ou trinta anos. Já estão podres de ricos devido à desenfreada espoliação e especulação e ainda querem mais? Sempre mais?
E com a nossa miséria conquistaremos o mundo.
Benguela, hoje, 19Ago. Empresa de limpeza VISTA, responsável pela recolha do lixo de Benguela, gerida por portugueses, trata os trabalhadores angolanos como lixo, afirmaram os trabalhadores. Os gestores da Empresa VISTA impediram pela força verbal e física uma greve que os trabalhadores pretendiam efectuar como protesto pelas condições desumanas. Há casos de trabalhadores tuberculosos devido à escravidão de trabalho a que são submetidos, e recusam-lhes qualquer auxílio, garantiram. Enquanto os portugueses vivem principescamente, aos trabalhadores angolanos servem-lhes… pão e kissangua. A empresa VISTA tem ligações com o executivo de Benguela. Da Rádio Ecclesia, José Manuel em Benguela.
Os defensores do nosso Politburo dizem-nos amiúde que os seus opositores só criticam, não sabem discernir o que está bom e o que está mal. Bom, a questão é que não há nada de bom. Vejamos a opinião de Chiquita Bacana Kundi no Facebook: Até os chineses já mandam e podem!!!! A pontos de desviarem a conduta da água da Epal, para a fabrica de gelo deles. Na China a pena mínima que um angolano apanharia se isso fizesse, seria a pena capital. Aqui, eles acham normal fazerem essas besteiras.
E no entanto, tudo isto me cheira ao incipiente e notável perfume da oposição dos comunicados perfumados. Isso não é oposição, é distracção, é futebol. É uma democracia de campeonato de futebol da terceira divisão, onde só existe lucidez para pontapear a bola. Tudo à volta a desmoronar-se e que daqui a pouco ninguém praticamente poderá sair de casa sob risco de ser assaltado, ou alguém em qualquer parte da cidade ou arredores demolir-nos as habitações para mais uma negociata selvagem, a miséria extrema-se, até já ultrapassou os níveis de sobrevivência de qualquer campo de concentração, e vem um qualquer ideólogo e chama-lhe de idealismo. Assim não dá, fiquem para aí nos vossos discursos insalubres, palustres, ultrapassados pelos acontecimentos. Políticos precisam-se, bom, parece que basta-nos o Abílio Kamalata Numa, que até agora é a pessoa que exerce política de facto e de jure. Libertem-me deste pântano sem lucidez, da inépcia.
“Parte da sociedade britânica está doente” - diz o primeiro-ministro britânico desgastado com os tumultos. Sim, quando os dirigentes são maus, não sabem dirigir, dizem que a culpa é da sociedade que eles erigiram. Que bom se eles conseguissem demitir o povo.
Klm 30, Viana, 11Ago, descontrolo total? Conforme testemunhos de cidadãos que prometem manifestação contra o terror protagonizado por elementos da Polícia Militar das FAA- Forças Armadas Angolanas, que perseguem mulheres, dando a entender que as querem violar, tiros à toa, ameaça de dispararem para extorsão de dinheiro e outros bens. Isto foi o que noticiou a Rádio Ecclesia
Mas, o que significa o secretismo do pacote eleitoral do nosso Politburo? Entretanto, Bornito de Sousa, na Assembleia Nacional “ataca” frontalmente a Rádio Ecclésia e a Rádio Despertar de estarem há dois anos a “incitarem” à fraude eleitoral. Significa que brevemente estas duas rádios se “incendiarão/desmaiarão” misteriosamente?
Entretanto o "aquecimento global" ferve na aldeia global Angola.
E a feroz repressão sobre o mwangolé intensifica-se. A sua vida já nem um kwanza furado vale. É por demais consabido que estas coisas em qualquer parte do mundo onde aconteceram, e acontecem, sempre terminaram em grandes tragédias. A questão é: será possível que os que nos impõem tal terror, a cada dia mais ameaçador desconhecem essas hecatombes? Será que acham que por aqui tais acontecimentos são impossíveis de acontecer? Que só acontecem nos outros países? Mas afinal as coisas acabam por nos baterem à porta. Eis o debate… participe.
O que se passou no dia da infâmia na Assembleia Nacional com deputados do MPLA a chamarem “sulanos” aos deputados da UNITA, cria um precedente perigoso para a divisão de Angola, em Angola do Norte e Angola do Sul?
João Melo, o multifacetado cientista patrocinado pela bajulação do nosso Politburo, classifica o abandono da UNITA da AN, manobra demagógica. Que comparada com quase quatro dezenas de anos de pódio do MPLA, dá sem sombra de dúvidas milhares de manobras demagógicas. O que é uma coisa ínfima, sem expressão. A corrupção e o poder eterno também são manobras demagógicas?!
E mesmo que pronunciassem “sulanos” não justifica tanta diatribe insultuosa. Por aqui se vê que a hipocrisia democrática dos recalcamentos da psicanálise de Sigmund Freud (1856-1939) como o “vão-se embora, saiam daqui de vez”, revela a mestria da tal intolerância política. O radicalismo do “maioritário” acentua-se. Os deputados do MPLA deveriam pura e simplesmente accionar os regulamentos internos da AN para decidirem as sanções adequadas, mas não, até o presidente da AN fez remate final abraçando a UNITA. Entretanto o barco da democracia naufraga, não há por aí um navio salva-vidas?
E tudo a corrupção violou.

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