quinta-feira, 4 de março de 2010

Apocalipse do Apóstolo S. Quase Cinquenta Anos (1)


E os mais velhos lembram-nos num constante lamento: «Nem os colonos nos faziam isto. Onde estávamos eles respeitavam-mos. Não nos faziam assim»
E contudo ela, Angola, reduz-se a pó.
"Toda a gente sabe que é a especulação e os ‘hedge funds' que estão a puxar pelo mercado.» (Primeiro-ministro grego, George Papandreou)

Revelação da FAMÍLIA para mostrar aos esfomeados as mais desgraças que certamente mais advirão. E enviou-as pelos seus anormais buldogues. E como sempre testemunharemos mais estas profecias, porque o tempo da Nova Vida está conflituante, muito distante! Para as dezoito províncias miséria e fome sejam convosco. E mais jura a FAMÍLIA que é, que era, e que será, e mais os seus espíritos, que certamente também nos atormentarão.

É a síntese da habitual saudação do nosso príncipe, do nosso mais sábio, do nosso rei da nossa terra! Eis que tudo continuará enevoado e de cegos inundado. A FAMÍLIA é o nosso princípio e o nosso fim, porque é todo-poderosa. A FAMÍLIA abastece-se das incomensuráveis espoliações dos desangolanizados e reordena-lhes na Ilha do Mussulo e na outra da Cazanga que mantenham a miséria das províncias.

É possível em 2010 um país sobreviver sem energia eléctrica? Se o mesmo Poder teimoso é incapaz, não há dúvidas de que o é, de fornecer energia eléctrica, então torna-se impossível de fornecer mais seja o que for, porque nos dias de hoje não é possível viver sem electricidade. E daí o também ser impossível ao Poder nos governar. Quanto mais tempo o Poder permanecer, padecerá o estertor das ondas humanas nestes campos dos deserdados. Por aqui, bem governar é condomínios muralhar para neles habitar, sossegar.

E a Europa e os EUA procedem, parecem a Igreja. Comentam palavras, apenas meios discursos. Apoiam o Poder para deliberadamente exterminarem o povo angolano? Afinal o colonialismo e a escravidão agora têm outro nome: democracia. A História é, são, as revoluções periódicas quando o embuste social da fome se torna insuportável. E para continuarem com o ultraje odiento de nos despojarem de tudo, escondem-se no último invento: a democracia. Que outro sistema político implantarão a seguir? Provavelmente clones muito obedientes, democráticos... a clonocracia!

Os apagões do poder apagado, brutalizam-nos até à grande desgraça final. O MPLA já não é partido, é uma fábrica de geradores. Tem muita gente a mais, muitos parasitas, como tal ninguém trabalha e por isso não funciona. O importante é destruir, e que nascerá das ruínas? Que pátria cantaremos com tantos ineptos forjados nas universidades das ruas?! Cantaremos as mortes das morgues quotidianas. Resta-nos a fuga para a morte da incompetência popular generalizada. A liberdade do mwangolé está nos caixotes do lixo. «Não! Já não se chama Luanda!» «Então como é que se chama?!» «Agora é… outro Haiti.»
O que faremos com as multidões de analfabetos que os revolucionários universalizaram nas universidades selvagens?
Luanda só para geradores. Como se fosse possível uma empresa, um banco funcionarem permanentemente com geradores. É horroroso só de pensar nos hospitais. Isto é matar as pequenas empresas que não têm possibilidades de sobrevivência.

É exterminar uma nação, um povo, e regra geral tudo o que seja actividade empresarial. Têm que chamar os brancos ou entregar Angola à China – parece que já acontece – porque está demonstrada a inépcia, a incapacidade no trabalho. Com tanta boçalidade não se vai a lado nenhum. Depois, servindo-se do oportunismo exageram: até importam jardineiros portugueses.

Depois seguir-se-á a importação de empregados para limparem o lixo de Luanda. É que tal já aconteceu há vários anos com os filipinos. Há o risco do colapso geral ou já o atingimos? Porque abrem-se as janelas e entra, respiramos fumo dos geradores. É esta a vergonha do Continente Africano e mundial.

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