O que interessa são as vendas. As populações que morram nos pátios da fome. Isto é também um crime contra a Humanidade porque fundamentalmente atiram com as mulheres para a subserviência da prostituição, à sua violação sistemática como escravas sexuais. E na continuação das pirâmides Angola segue a outra edificação, agora com presidentes faraós. Angola não tem energia eléctrica.
Na realidade está no caos económico e social porque espoliada, como sempre, por meia dúzia de endocolonialistas. Está um oásis para as companhias petrolíferas. As populações seguem os cortejos das seculares filas indianas para os campos negreiros da morte. Não é por acaso que as petrolíferas têm grandes lucros, tesouros escondidos… é isto o marxismo-leninismo angolano.
Quase cinquenta anos de poder ilimitado, com petróleo e diamantes mas sem universidades, deram ao povo angolano uma característica peculiar: o infame analfabetismo que o conduziu à boçalidade, à idiotice e canalhice. E isto não é uma floresta não, é uma selva profunda. Não há porto para este barco. O governo ainda não zarpou, continua ancorado, encalhado.
Há meia centúria que prometem a verdura da agricultura, mas não conseguem plantar, apenas nos prantear. Só plantam prédios destoados, despersonalizados numa Nação de poetas sem noção. Radicais acompanhados por sorrateiros Familiais. O governo está como uma barcaça hipotecada. Fundiu-se na lava do vulcão que alimentou e criou. É um governo gulagui, um governo incendiário. Agora com o assédio e a desgraça dos prédios e dos estádios deles, a água sumiu e os pátios também.
É só para eles e para os prédios e estádios deles. Enquanto eles nos governarem, os campos de concentração deles continuarão até nos exterminarem. Isto não é um governo, é uma quadrilha de dráculas com castelos impuros, dissolutos e sangrentos. E todos os vampiros mundiais aqui desembarcam e logo instalam currais. Aqui já deixaram de existir gentes, só agentes, onde só sobrevivem porcos e indigentes. Isto não é um país, é um palácio rodeado de campos de concentração e um jardim zoológico com espécies animais em vias de extinção.
E quantos mais analfabetos se formarem muito melhor. É muito fácil governá-los. Basta dar-lhes umas porretadas para lhes lembrar quem manda e quem deve obedecer. E todos os que estão no poder são forçosamente inteligentes e eleitos pelos seus deuses. E com o apoio e bênção da Santa Igreja governa-se em nome de Deus deportando a demoníaca população para as tendas dos zangos.
Governar é deportar as populações e em campos da morte as concentrar. Alteraram a História porque quando a população chegou os governantes e a FAMÍLIA reinante já cá estavam, tudo era deles. Por isso a população é inoportuna, está a mais. Está onde não pertence. Nesta democracia o crime compensa.
«O governo de Napoleão III foi marcado por uma forte militarização na Argélia e quebrou o sistema de propriedade tribal nativa, fixando árabes e berberes em minifúndios e aumentando a miséria dos agricultores. Em 1870, a região da Kabilia revoltou-se. Reprimida a insurreição, os colonos franceses apossaram-se de 500.000 hectares em detrimento da população árabe. No início do século XX, 1918, um grupo de intelectuais árabes, “os Jovens Argelinos” se organizam baseando-se em idéias nacionalistas, reivindicando melhorias para a população árabe. Nos anos 30 já se falava em supressão do governo francês e igualdade entre nativos e europeus, mas foi após a II Guerra Mundial que os problemas argelinos agravaram-se, pois, na medida em que a França deu aos colonos o direito de se estabelecerem nas melhores terras, quando mais de 1.500.000 famílias berberes não possuíam terras, provocou êxodo rural e miséria, agravando-se os problemas nas áreas metropolitanas e fazendo com que um décimo da população vivesse, então, da caridade pública. Nesse ambiente surge a chamada “Questão Argelina”, um dos maiores problemas internacionais do pós-guerra. Em maio de 1945 houve uma grande chacina de civis argelinos por soldados franceses, no massacre de Setif. A repressão francesa é intensa, militares admitem entre 6 e 8 mil mortos, nacionalistas falam de quarenta a cinqüenta mil. Em 1º de novembro de 1954, foi anunciada oficialmente a revolução argelina.» *
* In Albert Camus http://www.espacoacademico.com.br/013/13cpraxedes.htm
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