Na verdade vivemos, e quando partimos para não mais voltarmos, prosseguimos sem sabermos o que é o ensino, este verdadeiro amor, este sublime desejo inalcançável. É por isso que em Luanda qualquer farda ordena. E o conceito de analfabetismo alterou-se. Quem sabe ler e escrever e não tem acesso à Internet, também é analfabeto.
Gil Gonçalves e Kandumbu Sangalo
Até que a água sem caudais, fora dos sistemas do ensino, timidamente ainda subia alguns degraus dos andares dos arruinados prédios. Agora que a desviaram para os estádios e prédios só deles, sumiu. Outra vez, sempre no regresso sem saída de 1975. Não se consegue sair deste universitário ano. Parámos no tempo sem ensino, sem tino. Os relógios avariaram, perdemo-nos e encontramo-nos no tempo da fome. É isso, fomos deportados, continuadores da gloriosa escravidão. Confeccionados e amordaçados por este temeroso, teimoso poder apoiado pelo ocidentalizado despudor.
Os bancos continuam a alimentar o sistema financeiro do terrorismo educacional. São cúmplices, espoliam as populações planetárias. E o fundamentalismo deste terrorismo alimenta-se como a marabunta. Os bancos não alteram as regras da matança dos campos de concentração internacionais, e dos alocados locais nacionais bancos demoníacos. E o fundamentalismo deles alicerça-se, grita avassalador, destruidor, vencedor: Kalunga é grande! Kalunga é grande! Acabem com a espoliação deste analfabetismo bancário e o terrorismo internacional e nacional fracassará.
Onde está a luta de libertação? Pifou?! Até este preciso momento Angola não viveu nenhuma luta de libertação. Acontecem sim, é brutas escaramuças entre descolonizados contra a opressão de alguns negreiros. O colonialismo negro tomou o poder pela força para prosseguir na campanha da mais terrível escravização dos semelhantes, com tal selvajaria que espanta o que ainda resta da civilização. Aguardamos esperançados que a verdadeira luta da nossa libertação se reinicie e a educação se pronuncie.
Que salutar apoio ao sistema nacional de ensino, as barulhentas, insuportáveis e indesejáveis igrejas em Angola importam outro inferno, outro poder. Que salutares, que dirigentes: o da Igreja e o do Governo. Qual deles dirige?! Os dois submetem-se às leis de dirigentes enfermos.
A Igreja que nos esconde, não nos ensina, o que tudo se resume a desumanas vigarices, vendedores, governadores da ignorância e da superstição. Pregadores das promessas milenárias que nunca se cumprirão. Apenas têm o desejo de que o dinheiro lhes caia facilmente nas mãos escondidas e mal disfarçadas nas costas corcundas, recurvadas. Mãos pesadas pelo chumbo que fingem informar… como na maior hipocrisia de todos os tempos. Um Deus inventado, deformado e mal informado. Formado e ainda não reformado.
Fabricantes com inúmeras fabriquetas de lascívia sexual, mundial… mestres da pedofilia. E demais indústrias de analfabetismo para dominarem e escravizarem os povos. Porque assim a dinheirama é boa trama. Com rebanhos de estuporados que trabalham para os sustentarem. Sacerdotes de um Deus que sempre reinventam. Destruidores de nações, da Humanidade e da… Liberdade de Imprensa. Sempre na vã tentativa do renascimento inquisitorial. Um Voltaire não lhes chegou, aprontam outro.
O nosso programa de reforma educativa contempla-nos com três classes de escritores angolanos. Os da corte do Politburo, os proscritos e os párias. E importam-se sistematicamente com outras classes de ensino: Importam a política portuguesa. Se o sistema político português não funciona, porquê teimar em mantê-lo? Nesta dimensão paralela procuramos inventar um sistema revolucionário de energia eléctrica.
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