domingo, 11 de setembro de 2011

A brutal repressão policial causa feridos graves num motim da Comarca do Kwanza


Kwanza Norte - Mais de 11 presidiários ficaram feridos na sequência de uma insurreição registada na última sexta-feira (9/9), na Comarca Central do Kwanza – localizado no interior da capital da província de Kwanza Norte – entre os condenados versus guardas penitenciárias, soube o Club-k junto de uma fonte que se encontrava no local.

Fonte: Club-k.net
Policia fez uso de armas de fogo
O motim que só conheceu o fenecimento, segundo a nossa fonte, após a intercessão brutal da Polícia de Intervenção Rápida (PIR), com porrete e o uso – talvez desnecessária – de armas de fogo, ao invés de gás lacrimogêneo. E como resultado da repressão, oito presidiários se encontram em estado gravíssimo, enquanto os restantes com ferimentos ligeiros.

De acordo ainda com a nossa fonte, tudo começou com uma desordem interna entre 12 sentenciados vindos da comarca de Viana, província de Luanda, que foram transferidos para a comarca local devido ao excesso de lotação que se verifica nos últimos dias naquela unidade.
“Os mesmos clamavam boas condições nas celas e contestavam a sua estadia naquela região alegando estarem distantes dos seus familiares”, revelou a fonte.

O tumulto terá persistido mais de duas horas, se notabilizou com o arrombamento de algumas celas daquele domicílio penitenciário. “Os agentes em serviço foram obrigados a intervirem da situação, mas não foram capazes de banirem o pânico e a desordem que se verificou no local”, contou a mesma fonte, salientando que está acção provocou ainda mais barafunda no seio dos presos e foi necessária a intervenção de forças especiais da unidade policial do posto comando de Catome de Baixo.

“No desenrolar da turbulência muitos dos insurgentes ficaram feridos devido à brutalidade policial que não teve outro recurso se não o uso de para repor a ordem e a tranquilidade no ciclo”, assegurou.

Após o sucedido, verificou-se a presença do delegado provincial do ministério do Interior, director do Serviço de Inteligência e Segurança do Estado (SINSE) e alguns membros do executivo local que baixaram algumas ordens ao chefe da comarca.

Importa realçar que, até ao preciso momento, é visível a presença de um cordão policial na zona circundante da comarca e a cidade de Ndalatando se encontra em estado de alerta.

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