Passado um ano do Golpe de António Indjai a
Guiné-Bissau mantém-se na mesma encruzilhada em que caiu com o Golpe, como
recorda Raúl Braga Pires neste seu apontamento no blogue Mghreb/Macherek, no semanário
Expresso.
Acresce a isto, o facto de um dos principais
intervenientes no processo golpista, o almirante Na Tchuto ter sido detido em
supostas águas internacionais (talvez tenha sido fora das 12 milhas mas foi,
claramente, detido na zona económica exclusiva caboverdiana), por tropas
norte-americanas e enviado, de seguida, para os EUA onde já está a ser ouvido
em juízo sob acusação de tráfico de droga/estupefacientes e de ter participado
na morte de agentes norte-americanos.
Só que, como recorda o jornalista Aly Silva, não é só Na Tchuto que é credor do mandato de captura
internacional devido ao tráfico de droga. Há mais e têm proveniência na
Guiné-Bissau.
E o que tem a droga a haver com o Golpe. Especula-se
que muito dado que um está interligado com o outro. Acresce que há
"demasiados" e "interessados" oficiais superiores no
poderosos serviço militar Bissau-guineense.
O certo é que um ano depois o Golpe continua a
fazer-se sentir e a comunidade internacional parece se ter desligado, de vez,
dos assuntos Bissau-guineenses para mal dos poucos pecados deste povo lusófono,
cada vez mais franco-crioulo, (ou não lá estivessem as ineficazes forças
militares da CEDEAO lideradas por nigerianos e senegaleses).
E nem Ramos-Horta, representante oficial das Nações
Unidas, parece conseguir que haja alguma evolução credível na actual situação
política do País. talvez que a proposta de Patriota, MIREX brasileiro, possa vir a ter
algum resultado.
Só que já foram várias as propostas nesse sentido e
até hoje, nada!.
Eugénio Costa Almeida, Ph.D
Investigador/Researcher do CEA (ISCTE-IUL)
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