segunda-feira, 15 de abril de 2013

Guiné-Bissau, o Golpe foi há um ano. Eugénio Costa Almeida




Passado um ano do Golpe de António Indjai a Guiné-Bissau mantém-se na mesma encruzilhada em que caiu com o Golpe, como recorda Raúl Braga Pires neste seu apontamento no blogue Mghreb/Macherek, no semanário Expresso.

Acresce a isto, o facto de um dos principais intervenientes no processo golpista, o almirante Na Tchuto ter sido detido em supostas águas internacionais (talvez tenha sido fora das 12 milhas mas foi, claramente, detido na zona económica exclusiva caboverdiana), por tropas norte-americanas e enviado, de seguida, para os EUA onde já está a ser ouvido em juízo sob acusação de tráfico de droga/estupefacientes e de ter participado na morte de agentes norte-americanos.

Só que, como recorda o jornalista Aly Silva, não é só Na Tchuto que é credor do mandato de captura internacional devido ao tráfico de droga. Há mais e têm proveniência na Guiné-Bissau.

E o que tem a droga a haver com o Golpe. Especula-se que muito dado que um está interligado com o outro. Acresce que há "demasiados" e "interessados" oficiais superiores no poderosos serviço militar Bissau-guineense.

O certo é que um ano depois o Golpe continua a fazer-se sentir e a comunidade internacional parece se ter desligado, de vez, dos assuntos Bissau-guineenses para mal dos poucos pecados deste povo lusófono, cada vez mais franco-crioulo, (ou não lá estivessem as ineficazes forças militares da CEDEAO lideradas por nigerianos e senegaleses).

E nem Ramos-Horta, representante oficial das Nações Unidas, parece conseguir que haja alguma evolução credível na actual situação política do País. talvez que a proposta de Patriota, MIREX brasileiro, possa vir a ter algum resultado.

Só que já foram várias as propostas nesse sentido e até hoje, nada!.
Eugénio Costa Almeida, Ph.D
Investigador/Researcher do CEA (ISCTE-IUL)

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