– diz Jeremias Vunjanhe, da Acção Académica para o
Desenvolvimento das Comunidades (ADECRU)
Maputo
(Canalmoz) - A Acção Académica para o Desenvolvimento das Comunidades (ADECRU)
rejeita a “Nova Aliança para a Segurança Alimentar e Nutricional em África”,
ontem lançado em Maputo, alegando que é uma “imposição do G8 e é imperialista,
representando um novo retorno para África das grandes companhias
mercantilistas”.
“Nós
como associação rejeitamos que essa iniciativa seja implementada em Moçambique
por ser imposta e que vai flexibilizar a usurpação de terras”, disse Jeremias
Vunjanhe.
O
activista do meio ambiente defende que a iniciativa significa uma abertura dos
mercados africanos às grandes multinacionais vindas do Japão, dos Estados Undos
e de todos os países membros do G8.
Vunjanhe
entende ainda se tratar de uma “abertura forçada para os países africanos,
particularmente Moçambique, para aceitar as políticas estrangeiras”, o que, na
sua opinião, vai contribuir para o aumento do fenómeno de usurpação de terras
em Moçambique.
“Pensamos
ainda que esta iniciativa vem flexibilizar o processo de arrendamento de terras
e futuramente uma proposta de privatização das mesmas em Moçambique”, destacou.
Lei de Terra e de sementes
Na
opinião do nosso interlocutor, Moçambique só tem uma saída para se ver livre do
fenómeno de usurpação de terras: garantir que a Lei de Terra e todo o
regulamento de posse em Moçambique não seja alterado e que a lei sobre
fertilizantes e sementes se mantenha igualmente intacta.
A
proceder assim, o Governo de Moçambique vai evitar o sucedido no Zimbabwe,
garantido desta forma que os camponeses, a larga maioria, consigam alimentar as
suas famílias e o País.
Vunjanhe falava ontem em Maputo na cerimónia
do lançamento de “Nova Aliança para a Segurança Alimentar e Nutricional em
África”. (André Mulungo)
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